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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cá como lá...

Cabo Verde: Continua a aumentar o número de diplomados que não encontram emprego

O número de indivíduos com um curso superior em Cabo Verde no desemprego aumentou de 802 em 2006 para 1.377 em 2008, uma conclusão da investigadora cabo-verdiana Arlinda Cabral, citada domingo pelo diário digital "Asemana".

Os dados constam do seu projecto de investigação académica no âmbito da preparação do Mestrado, e que deverá evoluir no entanto para a tese de doutoramento a ser realizado na Universidade Nova de Lisboa.

Este projecto foi apresentado no III Encontro Nacional sobre Investigação e Desenvolvimento que decorreu na cidade da Praia.

De acordo com os dados do projecto, em 2006 o número de diplomados desempregados em Cabo Verde era de 805. Em 2007 subiu para 880 e em 2008 para 1.377. O estudo revela ainda que, em 2006/07, os estudantes que regressaram foram na maioria bolseiros, correspondendo a 88,14 por cento, contra 10,84 por cento de estudantes/não bolseiros, ou seja, os que custeiam os seus estudos.

Para a investigadora Arlinda Cabral, este crescimento é exponencial e, por isso, obriga a um questionamento.

“Se estamos a referir que Cabo Verde precisa que os seus quadros regressem, como podemos cruzar este aspecto com um aumento de número de desempregados com um curso superior? Perante essa situação aparentemente contraditória, urge saber que mercado de trabalho temos para absorver os quadros com nível de ensino superior e aqueles que se encontram a formar”.

Cabral garante que, com este projecto, pretende saber como é que se processa a inserção profissional desses diplomados no mercado de trabalho, o que implicaria fazer um ponto da situação, isto é, de que forma é que estão a ter acesso ou não a este mercado. “Em primeiro lugar tenho que dizer que a inserção profissional é um processo e há que dar um período de três anos pelo menos, para se saber qual o percurso que o diplomado fez para chegar a um determinado ponto. Isto é, se está inserido num determinado trabalho, se está inactivo ou em processo de formação pós graduado, e compreender como é que chegou a tal situação”, refere.

O estudo não aponta ainda conclusões. E para se chegar a esse ponto, implica procurar conhecer as condições do mercado cabo-verdiano em termos de absorção, uma vez que “não existe excesso de mão-de-obra qualificada, mas sim a capacidade do país em dar ou não resposta na capacitação e qualificação de quadros”, sublinhou.

Segundo Arlinda Cabral, é interessante também compreender quais os recursos estratégicos e mecanismos que os diplomados utilizam para se inserirem no mercado. Se é através da rede de concurso público, redes sociais de amigos, criação do auto emprego, e saber também qual é a avaliação que fazem da sua situação.

Nesse aspecto, a investigadora considera que é necessário uma articulação entre o mercado de trabalho e as instituições de ensino superior, nomeadamente as universidades, os poderes centrais e locais, as entidades empregadoras, as associações e as ordens profissionais, como forma de se propor um diálogo mais aberto e constante entre eles.

Em jeito de conclusão, a investigadora propõe a criação de agentes com interesse na matéria e que antecipadamente se pronunciem sobre as necessidades, para que possa haver uma planificação adequada às necessidades do mercado que, cada vez mais, se torna mais exigente e o estabelecimento de uma “massa crítica” alargada nessa matéria.


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