MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
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Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvaquarta-feira, 24 de abril de 2024
Novo Livro MIL: "Henrique Gabriel: Imagética do pensamento & pintura objectual de culto"
Novo Livro MIL: "Machado de Assis (Mestres da Língua Portuguesa)", de Jorge Chichorro Rodrigues....
"Machado de Assis (Mestres da Língua Portuguesa)", Lisboa, MIL/ DG Edições, 2024, 156 pp.
ISBN: 978-989-35619-4-2
Novo Livro MIL: "O Espírito Contemporâneo", de Eugénio Aresta...
"O Espírito Contemporâneo", de Eugénio Aresta, Lisboa, MIL/ DG Edições, 2024, 324 pp.
ISBN: 978-989-35619-2-8
terça-feira, 23 de abril de 2024
Ainda disponíveis: "Obras Escolhidas de Manuel Ferreira Patrício"
Também no jornal Público: Do luso-tropicalismo como uma heterodoxia dos nossos tempos
Se há teoria que foi e continua a ser,
nos tempos de hoje, grosseiramente deturpada é a do “luso-tropicalismo”, de
Gilberto Freyre. O equívoco de base é (quase) sempre o mesmo: ver essa teoria
como uma mera descrição da realidade – em concreto, do império ultramarino
português – e não como um paradigma, um ideal, a cumprir. Tendo sido
perspectivado como uma mera descrição da realidade, o “luso-tropicalismo” foi,
fatalmente, (mal)visto como uma caução do império ultramarino português. E o
próprio Eduardo Lourenço não escapou a esse equívoco de base, ao ter-se
referido a ele como “um nefasto aventureirismo intelectual, incoerente e
falacioso”[1].
Neste ponto, Eduardo Lourenço caiu no
mesmo equívoco de base daqueles que, ainda hoje, renegam a obra de Almada Negreiros
– por ter sido, inequivocamente, um artista do regime do Estado Novo – ou o
Fernando Pessoa da “Mensagem – por ter sido, igualmente de forma inequívoca, um
protegido de António Ferro. Curiosamente, bem mais compreensivo foi Eduardo
Lourenço quanto ao “movimento da ‘filosofia portuguesa’”, ao tê-lo
caracterizado como uma “reacção, em boa parte justificada, contra o pendor
mimetista e o consequente descaso que ele implica de inatenção a nós próprios”[2].
Perspectivado como uma mera descrição da
realidade, o “luso-tropicalismo”, obviamente, suscita as mais ambivalentes
reacções. Mesmo o tão celebrado fenómeno da miscigenação padece de uma
ambivalência de base – por um lado, foi um fenómeno positivo, por ter promovido
o cruzamento étnico, ao contrário do que aconteceu noutras experiências
imperiais europeias (sendo que este facto não deveria ser de todo desprezível,
como em geral acontece); por outro lado, tudo isso aconteceu sob uma hegemonia
pré-determinada – não só étnica como de género. Por regra, como sabemos, esses
cruzamentos deram-se entre homens “brancos” e mulheres “negras”. E as poucas
excepções que existiram foram apenas isso: excepções que confirmam a regra.
Ora, nestes nossos tempos em que a separação étnica é de novo agitada como bandeira político-social – desde logo, por movimentos de “extrema-direita”, mas também por movimentos de “extrema-esquerda”, que defendem a impossibilidade de qualquer sã convivência étnica –, o “luso-tropicalismo” de Gilberto Freyre – se perspectivado como um paradigma, um ideal, a cumprir, e não já como uma mera descrição da realidade – é, decerto, uma visão a ter em conta nos tempos de hoje, em prol dessa possível e desejável sã convivência étnica. Num tempo em que se chega a defender publicamente que um “branco” não pode sequer traduzir um texto de um “negro”, a visão de Gilberto Freyre é decerto heterodoxa e, por isso, mais pertinente do que nunca.
O MIL, a(s) Esquerda(s) e a(s) Direitas(s)...
Agostinho da Silva, primeiro inspirador da CPLP...
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Cabo Verde é o segundo país dos PALOP com mais estudantes no Ensino Superior em Portugal
O relatório “Perfil do Estudante dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) nas Instituições do Ensino Superior em Portugal”, referente ao período de 2015 a 2021, revela que Cabo Verde se destaca como o segundo país dos PALOP com o maior número de candidatos inscritos nas Instituições de Ensino Superior (IES) em Portugal. Com um total de 22592 inscritos, o país evidencia uma preferência por áreas como Ciências Empresariais e Administração, Engenharia e Tecnologias Afins, e Saúde
Segundo o relatório agora revelado, do total de 22.592 inscritos, 9158 estão no ensino universitário, dos quais 5106 são mulheres e 4052 homens. No ensino politécnico, 13434 estudantes estão inscritos, sendo 7525 mulheres e 5909 homens.
Os estudantes cabo-verdianos demonstram preferência por determinadas instituições de ensino. Nos institutos politécnicos, destacam-se o Instituto Politécnico de Bragança (5361 estudantes), seguido pelo Instituto Politécnico de Lisboa (1096) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (994).
Quanto às universidades mais procuradas, destacam-se a Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Évora.
No que diz respeito às áreas de estudo mais populares entre os estudantes cabo-verdianos em Portugal, as principais são Ciências Empresariais e Administração (4481 estudantes), Engenharia e Tecnologias Afins (3731) e Saúde (2722).
O relatório também aborda o número de inscritos por ciclos de estudos. No curso de doutoramento/3º ciclo, há 736 estudantes cabo-verdianos, sendo 432 homens e 304 mulheres.
No mestrado/2º ciclo, estão inscritos 5634 estudantes, sendo 3.096 mulheres e 2538 homens. Já no curso de licenciatura/1º ciclo, encontram-se inscritos 14058 estudantes, com 8070 mulheres e 5988 homens.
Destaca-se ainda a liderança do Instituto Politécnico de Bragança como a instituição mais procurada por estudantes cabo-verdianos em termos de número de inscritos.
Além disso, o relatório menciona a presença de estudantes cabo-verdianos em cursos de especialização, pós-licenciatura, especialização tecnológica e cursos Técnico Superior Profissional, evidenciando a diversidade de áreas de estudo exploradas por essa comunidade académica em Portugal.
Relatório
Clara Carvalho, do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa, explicou à Lusa que algumas instituições implementam um “Semestre Zero”, permitindo aos alunos familiarizarem-se com a pedagogia e o sistema de ensino, o que tem mostrado ser muito eficaz.
O relatório concluiu que os estudantes africanos não enfrentam falta de competências académicas, mas enfrentam desafios significativos de integração devido à falta de familiaridade com os conteúdos, o método de ensino e, frequentemente, barreiras linguísticas, além de dificuldades económicas em muitos casos.
Entre as recomendações, os autores sugerem a criação de provas de ingresso para estudantes dos regimes especiais que não tenham realizado exames nacionais nos seus países, bem como a implementação de um período de preparação e integração ou um Ano Zero para alunos sem experiência prévia em exames em Portugal.
Além disso, são propostas medidas como a agilização do processo de vistos e o estabelecimento de contactos directos entre instituições de diferentes países para facilitar a integração dos estudantes.
Nos últimos anos, o sistema de ensino superior em Portugal registou um aumento significativo no número de estudantes dos PALOP, com destaque para um aumento de 900% entre 2015 e 2021 entre os estudantes guineenses.
O relatório aponta Angola como o país com maior número de alunos em Portugal durante o período analisado (2015-2021), embora Cabo Verde e a Guiné-Bissau tenham sido os países com maior crescimento nos últimos anos, sendo hoje os dois países com mais estudantes. Sheilla Ribeiro – Cabo Verde in “Expresso das Ilhas”
7 de Maio, Lançamento novo Livro MIL "A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma Escrita Pré-Romana a Sul da Lusitânia", de Rui Martins...
Vamos Celebrar Camões: quando o Estado não o faz, a Sociedade Civil, em vez de se queixar, diz "Presente!"
X CILB: Colóquios Internacionais Luso-Brasileiros
Artes & Letras em diálogo global: Camões, ontem e hoje!
25 - 29 de Novembro de 2024
Torquato Tasso considerou-o o único rival que temia e dedicou-lhe um soneto, Cervantes afirmou-o o "cantor da civilização ocidental", Friedrich Schlegel assinalou-o como expoente máximo na épica e August-Wilhelm Schlegel disse que “vale uma literatura inteira”… em Camões ressoa toda a literatura ocidental e o seu verbo repercute-se nas Letras e nas Artes que lhe sucederam. Referência identitária da comunidade portuguesa, em particular, com a qual o seu mito se entrelaça na morte (Almeida Garrett, Domingos Sequeira), informa, indelevelmente, as literaturas de uma lusofonia cuja geografia percorreu e agiganta-se na representação do Homem entre vida e morte, amor e sofrimento, guerra e paz, “numa mão, a espada e, noutra, a pena”. Camões foi vate de um mundo em transformação e é um Autor global de um mundo globalizado. É essa sua dimensão imensa nas Letras e nas Artes de ontem e de hoje que este encontro convida a perscrutar.
Esta edição do CILB está associada às Comemorações de Camões 500 Anos do programa Exposição Universal da Matriz Portuguesa®.
inscrição: info@movimentolusofono.org
Para a Revista NOVA ÁGUIA: envio de textos até final de Junho.
para mais informações: https://coloquioslusobrasi.wixsite.com/cilb2018