"Raiz di polon: a dança contemporânea cabo-verdiana como forma de expressão filosófica", de Elter Manuel Carlos
MIL/ DG Edições, 2025, vol. I, 114
pp.
ISBN: 978-989-36224-2-1
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
"Raiz di polon: a dança contemporânea cabo-verdiana como forma de expressão filosófica", de Elter Manuel Carlos
MIL/ DG Edições, 2025, vol. I, 114
pp.
ISBN: 978-989-36224-2-1
"O Advento do Quinto Império", de António de Abreu Freire
MIL/ DG Edições, 2025, 141 pp.
ISBN: 978-989-36224-7-6
ISBN: 978-972-8958-26-8
Para encomendar: info@movimentolusofono.org
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/filosofia-nova-aguia
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Questões de
antropologia filosófica e outros textos, Lisboa, MIL/ DG Edições, 2025, 204
pp.
ISBN: 978-989-36224-3-8
https://us06web.zoom.us/j/81451717166
ID da reunião: 814 5171 7166
Para encomendar: info@movimentolusofono.org
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/filosofia-nova-aguia
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Cinquenta anos depois da nossa
descolonização dita “exemplar”, é de facto, tempo, mais do que tempo, de pedir
enfim desculpas – como tanto têm reclamado os detractores da nossa história.
Por uma vez, esses detractores,
em cada vez maior número, têm razão: temos a obrigação de pedir desculpas por
uma descolonização tão “exemplarmente má”.
E não estamos a falar em
particular dos chamados, mal chamados, “retornados” – muitos deles nascidos em
África e que, de um momento para o outro, se viram obrigados, em muitos casos
apenas por terem um tom de pele mais claro, a regressar a um país que mal ou
nada conheciam.
Sabemos que muitos deles não
gostarão de ouvir o que se segue, mas di-lo-emos na mesma: se o seu sacrifício
fosse o sacrifício necessário para que os países donde vieram prosperassem,
então poderíamos, no limite, considerar que esse tinha sido um sacrifício
“aceitável”, por mais que “tragicamente aceitável”.
Na verdade, porém, não foi nada
disso que se passou. Com a expulsão dos chamados, mal chamados, “retornados”,
esses países ficaram altamente depauperados a nível de mão-de-obra qualificada,
o que desde logo inviabilizou qualquer miragem de real prosperidade. Para além
disso, a prometida “libertação” nem chegou a ser sequer uma miragem. Basta
dizer que, sem excepção, todos os novos regimes políticos que então emergiram
foram regimes de partido único.
Cinquenta anos depois de todo
esse processo, é de facto, tempo, mais do que tempo, de pedir enfim desculpas.
Nós pedimos: a todos os chamados, mal chamados, “retornados” e, sobretudo, a
todos os povos irmãos lusófonos, cuja prometida “libertação” foi realmente uma
farsa, como, cinquenta anos depois, ainda é visível. Aluda-se apenas, para o atestar,
ao que se tem passado, nestes últimos tempos, em Moçambique.
Renato Epifânio
ID da reunião: 814 5171 7166
Prestes a completar trinta anos de existência, importa reconhecer que a CPLP continua muito aquém – cada vez mais aquém, é caso para dizê-lo, com genuína amargura – do projecto idealizado por, entre outros, José Aparecido de Oliveira e Agostinho da Silva.
Há, decerto, razões mais estruturais e mais conjunturais para esse facto. Conjunturalmente, o realinhamento geopolítico provocado, em particular, pela guerra na Ucrânia levou a um evidente deslaçamento da CPLP enquanto tal: basta verificar as votações que se têm realizado na ONU a esse respeito, em que Portugal e o Brasil têm estado, recorrentemente, nos dois lados opostos da barricada.
Nos países africanos de língua oficial portuguesa também se verificou, em geral, uma indisfarçável regressão aos tempos da “Guerra Fria”, em que as ex-colónias portuguesas estiveram em grande medida alinhadas com a União Soviética, resultado da forma como o processo da descolonização foi conduzido, inclusivamente a partir de Portugal.
Timor-Leste tem sido mais compreensivo com a posição da Ucrânia – dado o paralelo com a invasão que sofreu por parte da Indonésia (outro evidente resultado da forma como o processo da descolonização foi conduzido, inclusivamente a partir de Portugal), mas, para os timorenses, a guerra na Ucrânia é uma questão demasiado distante, um assunto intestino entre os europeus, o que se compreende. Para mais, as boas relações com a China, aliado estratégico da Rússia nestes tempos, são, cada vez mais, um imperativo em toda a Ásia.
Com o Brasil a apostar cada vez mais nos chamados BRICs, não se antecipam, no imediato, horizontes mais auspiciosos para este projecto prestes a completar trinta anos de existência. Em Portugal, quem ainda aposta neste projecto divide-se também: se há quem proponha uma refundação da própria CPLP, outros há que, provavelmente de forma mais realista, defendem que Portugal deve sobretudo apostar no reforço das relações bilaterais com os países da CPLP que mais se mostrem disponíveis para esse comum desiderato.
Dito isto, importa igualmente reconhecer que, apesar de tudo, há algumas áreas em que a cooperação lusófona tem funcionado – por vezes, até à margem da CPLP. A par da área da Educação (basta verificar o número, felizmente bastante elevado, de jovens provenientes de outros países da CPLP a estudar em Portugal), a área da Saúde é decerto uma delas – talvez mesmo a mais flagrante. Por tudo isso, e como sinal da nossa não desistência no projecto da CPLP, iremos atribuir o Prémio MIL Personalidade Lusófona de 2025 ao Professor Doutor Óscar Dias, como símbolo de excelência dessa cooperação lusófona da área da Saúde, enquanto Médico e Professor.
Post Scriptum: A cerimónia de entrega deste Prémio decorrerá na sede da SEDES, em Lisboa, no dia 20 de Novembro, ao final da tarde, no termo do 4º Encontro do Observatório SEDES da CPLP/ XI Congresso MIL da Cidadania Lusófona, uma vez mais em parceria com a PASC: Plataforma de Associações da Sociedade Civil/ Casa da Cidadania.
Renato Epifânio
Presidente do MIL: Movimento Internacional Lusófono
Coordenador do Observatório SEDES da CPLP
Presidente da PASC: Plataforma de Associações da Sociedade Civil/ Casa da Cidadania