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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 22 de setembro de 2024

Suíça – Comunidade portuguesa é a terceira maior estrangeira no país

 Há gerações, a Suíça tem sido um lar acolhedor para um grande número de estrangeiros que se estabelecem e encontram trabalho no país alpino


Atualmente, os residentes não suíços representam 27% dos 8,9 milhões de habitantes da Suíça. A maioria vem de países vizinhos, como Itália e Alemanha, mas há também uma significativa população portuguesa, além de outras nacionalidades. A swissinfo.ch analisa a composição dessa população estrangeira e os motivos que a levam a escolher a Suíça.

Factos

No final de 2023, cerca de 2,3 milhões de estrangeiros viviam na Suíça. A imigração líquida aumentou 11,7% no ano passado, em comparação com 2022, com as novas chegadas superando as partidas em 98.851 pessoas.

A proporção de estrangeiros vivendo na Suíça é muito maior do que há um século, quando esse grupo representava apenas 10% da população total.

Esse número caiu drasticamente durante a II Guerra Mundial, mas voltou a crescer logo depois e ganhou um novo impulso em 2002, quando a Suíça abriu as suas fronteiras para a União Europeia (UE), adoptando o princípio da livre circulação de pessoas.

Os trabalhadores da UE ou da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) constituem o maior grupo de imigrantes a cada ano, representando 72% de todos os recém-chegados em 2023.

Quem chega?

A imigração no período pós-guerra foi impulsionada, inicialmente, pela chegada de italianos que procuravam melhores condições de vida em comparação com o seu país devastado pela guerra.

Os italianos ainda constituem a maior proporção de estrangeiros residentes na Suíça (14%), seguidos pelos alemães (13,4%), portugueses (10,6%) e franceses (6,8%).

Não é surpresa que a maioria dos imigrantes venha de países que fazem fronteira com a Suíça, aproveitando tanto a proximidade geográfica quanto o idioma em comum.

Por exemplo, a Suíça é o destino preferido dos alemães que optam por viver no exterior. O número de alemães que cruzaram a fronteira para viver e trabalhar na Suíça aumentou significativamente após a assinatura dos acordos entre a Suíça e a UE.

Os portugueses também beneficiaram do acordo com a UE, especialmente após a crise financeira de 2008 e a consequente recessão. Entre 2008 e 2012, o número de imigrantes portugueses na Suíça cresceu 20%.

Entretanto, a proporção de imigrantes portugueses na Suíça diminuiu desde então, de 12% de todas as nacionalidades em 2013 para 5,2% no ano passado, de acordo com o Observatório da Emigração. As estatísticas suíças também mostram que, em alguns anos desde 2015, mais portugueses têm deixado o país do que chegado.

Os trabalhadores dos chamados “países terceiros”, como Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido, representam pouco menos de 10% do total da imigração. O número de vistos de trabalho para pessoas fora da UE/EFTA é limitado a cerca de 12 mil por ano.

Outra categoria de imigrantes são os refugiados. No ano passado, a Suíça concedeu asilo temporário a mais de 18 mil ucranianos e aprovou cerca de seis mil outros pedidos de asilo.

Por que a Suíça?

A Suíça é sede de muitas empresas multinacionais e é considerada um dos melhores lugares para se viver e trabalhar, segundo diversas pesquisas com expatriados.

Os entrevistados dessas pesquisas citam como vantagens os altos salários, a natureza, a infraestrutura eficiente, estabilidade e a segurança. No entanto, alguns também apontam o alto custo de vida e a dificuldade de interação com os habitantes locais como desvantagens.

Opinião em relação aos estrangeiros

Como em muitos países, as opiniões são divididas. Por um lado, a economia vê os imigrantes como essenciais para suprir as carências do mercado de trabalho e impulsionar o crescimento económico.

Por outro lado, a crescente proporção de estrangeiros também gerou protestos de sindicatos, preocupados com o “dumping salarial”, e de partidos políticos de direita, que temem a diluição da identidade nacional.

Em 2014, os eleitores aprovaram uma proposta do Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão) para restringir a imigração, o que resultou em tensões entre a Suíça e a UE que ainda não foram completamente resolvidas.

Seis anos depois, outra tentativa de restringir a imigração da UE foi rejeitada em referendo. No entanto, o debate sobre a imigração continua. Balz Rigeninger – Suíça in “Swissinfo”

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