O processo inicial de seleção dos voluntários foi realizado em colaboração com a Universidade de Línguas Estrangeiras de Zhejiang, a província chinesa cuja capital é Hangzhou, segundo o comunicado do Conselho Olímpico da Ásia, citado pelo jornal oficial chinês Diário do Povo. Aquela universidade é uma das 25 instituições de ensino superior da China continental que oferecem licenciaturas em português.
Até 1999, apenas a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim e a Universidade de Estudos Internacionais de Xangai ofereciam licenciaturas em português no continente chinês. No total, mais de 1500 estudantes chineses frequentam agora cursos em português no país. Timor-Leste é o único país de língua oficial portuguesa que vai participar nos Jogos Asiáticos. Macau também vai ter atletas na competição.
Segundo a organização, o evento vai contar também com intérpretes de japonês, coreano, árabe ou russo. Um total de 1640 voluntários foi seleccionado para a segunda ronda de entrevistas, de acordo com a organização.
A aposta no ensino do português reflete a crescente necessidade da China em formar quadros para trabalhar com os países de língua portuguesa, face à evolução das trocas comerciais, que só em 2022 se cifraram em 214.830 milhões de dólares, um aumento de 6,27%, em termos homólogos. O destaque vai sobretudo para Angola e Brasil, cujas trocas com a China compõem a maioria deste comércio.
Hangzhou, que tem 12 milhões de habitantes, é a terceira cidade chinesa a sediar os Jogos Asiáticos, depois de Pequim, em 1990, e Cantão, em 2010. In “Ponto Final” - Macau
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