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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Venezuela - Portugueses unidos para ajudar quem mais precisa

 


“É a última ação que estamos a fazer este ano. Eu pedi a ajuda de alguns empresários na área do setor dos supermercados para doar alimentos, tendo em conta a quadra natalícia e a situação de muitos luso-venezuelanos. Mais uma vez a comunidade portuguesa na Venezuela demonstrou a sua grande generosidade e grande solidariedade”, explicou o diplomata à agência Lusa.

A distribuição, explicou, começou na segunda-feira, com uma visita a uma cantina onde uma ONG venezuelana prepara alimentos para quase 11 mil crianças.

“É óbvio que não podemos fornecer mantimentos ou alimentos para esse número, mas é uma pequena gota para tornar o mês de dezembro um bocadinho melhor para essas crianças e também para algumas das famílias”, disse Carlos de Sousa Amaro, precisando que “são meninos pequeninos, num dos bairros mais desfavorecidos de Caracas”.

No dia seguinte, disse, junto com representantes da ONG luso-venezuelana “Regala una Sonrisa” (Dê um sorriso) foi “visitar vários lares de portugueses que estão com grandes dificuldades financeiras, levar o equivalente a um cabaz de Natal com elementos básicos, para também os ajudar”.

O diplomata foi também ao Lar da Terceira Idade Padre Joaquim Ferreira, que acolhe 60 idosos portugueses, “doar alimentos” e “para ajudar a administração do lar, que tem também grandes problemas financeiros”.

“Devo acrescentar que o Estado português também tem ajudado, com um conjunto de contribuições, e a comunidade portuguesa tem-se juntado para angariar fundos também para apoiar o lar”, explicou.

Segundo Carlos de Sousa Amaro, “há todo um trabalho conjunto a que a Embaixada se associou este ano, porque de facto, ao contrário do que às vezes se possa pensar, de que há muitos portugueses com muito ou grande sucesso na Venezuela, há também portugueses que infelizmente, por variadíssimas razões, não tiveram tanto sucesso e precisam muito de apoio”.

“E, foi nesse sentido que tentámos contribuir um bocadinho, à nossa maneira, para aliviar essas dificuldades”, sublinhou.

Questionado sobre quais os motivos para estas dificuldades atuais, tendo em conta que a Venezuela é um país com amplos recursos naturais e produtor de petróleo, explicou que o país está em crise desde há vários anos.

“Como nós todos sabemos, a Venezuela vem atravessando uma crise económica profundíssima já há pelo menos cinco, seis ou sete anos, e a comunidade portuguesa, como toda a população da Venezuela, não está imune aos efeitos dessa crise económica”, disse.

Segundo o diplomata, “há parte da comunidade que tem conseguido ir vivendo com esta crise, mas há muitos que perderam os empregos” têm problemas de saúde, num país onde há “grande dificuldade para obter alguns medicamentos e tratamentos, e as condições dos hospitais não são as melhores”.

“Devo dizer que tem havido um esforço da parte das autoridades portuguesas através da Embaixada, dos consulados, para trabalhar com algumas organizações como por exemplo a organização que esteve connosco (Dê Um Sorriso) às que pedimos para identificar elementos da comunidade portuguesa que necessitem de facto do nosso apoio”, disse.

Carlos de Sousa Amaro sublinhou ainda que desde que chegou à Venezuela (em 2017) pediu ajuda “para que não houvesse nenhum português a viver sem abrigo, debaixo da ponte”.

“E temos algumas organizações que trabalham nessa área e que andam à noite a prestar apoio, com médicos e enfermeiros, a pessoas sem abrigo e que quando identificam algum português, passam então essa informação para o consulado e nós tentamos ajudá-los”, concluiu. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”

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