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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 30 de março de 2021

Moçambique - Acordo para treino de tropas especiais assinado no fim de Abril em Lisboa

 

Lisboa – Os ministros da Defesa português e moçambicano assinam no final de Abril, em Lisboa, o acordo-quadro para formação das forças especiais de Moçambique até 2025, anunciou Gomes Cravinho, que defende uma “resposta multifacetada” à situação naquele país.

Hoje, chegou a Maputo o brigadeiro-general Francisco Duarte, que irá comandar a missão de formação de tropas especiais, prevendo-se o envio de duas equipas avançadas de formadores portugueses em meados de Abril, adiantou o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, em declarações à Lusa.

O governante disse que a assinatura do acordo-quadro de cooperação bilateral para o período de 2021-2025, para a formação e treino de forças especiais, fuzileiros e comandos, terá lugar em Lisboa no final de Abril, durante uma visita oficial do seu homólogo moçambicano, Jaime Neto.

Além da formação de forças militares especiais, disse, o acordo inclui outras linhas de cooperação militar no âmbito da formação, nomeadamente as “componentes terra-ar” e informações.

“E acredito também que há muito a ganhar em trabalharmos com drones, que oferecem uma capacidade de recolha de informação que pode ser preciosa. E a nível de informações é outro domínio que vai ser trabalhado”, acrescentou.

O ministro da Defesa sublinhou que a missão em preparação não é uma Força Nacional Destacada mas sim uma cooperação entre dois países soberanos que mantém relações próximas e fraternas.

Quanto à actual situação naquele país, Gomes Cravinho defendeu que a resposta ao que se passa em Cabo Delgado “tem de ser securitária, com recurso à força armada, tem de ser desenvolvimentista, com apoio de cooperação para o desenvolvimento internacional e tem de ser humanitárias socorrendo os 700 mil deslocados”.

“Eu acredito que Moçambique não vai tornar-se um Mali, acredito que o governo e as autoridades moçambicanas possam voltar a administrar rapidamente todo o território, a ser plenamente soberanos em toda a extensão do país”, afirmou.

A resposta ao que se passa na província de Cabo Delgado “requer uma abordagem multifacetada e não se resolve de um dia para o outro mas no horizonte de um par de anos começando pela situação securitária porque esta é a base para qualquer desenvolvimento, e prestar socorro humanitário às populações afectadas”, defendeu.

A contribuição de Portugal para a formação e capacitação das forças moçambicanas prevê o treino de “sucessivas companhias” das forças armadas, em três a quatro meses, durante três anos, o que representa um “triplicar” do investimento português em projectos de cooperação com aquele país, que existe desde 1988.

Quanto aos locais de trabalho, está previsto que os militares portugueses estarão no sul do país, em Catembe, perto de Maputo, (fuzileiros) e no centro (comandos), disse Cravinho. Em meados de Abril seguirão para Moçambique duas equipas-avançadas para dar início, no terreno, às acções formativas.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da Organização das Nações Unidas, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”

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