Cidade da Praia – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje que a Guiné Equatorial faz parte, a partir de agora, do Fórum PALOP, como membro de pleno direito, aprovada pelos países da organização.
Jorge Carlos Fonseca fez esta afirmação à imprensa, após o final da Conferência de Chefes de Estado e de Governo do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“Nesta cimeira foi admitido como membro efectivo a Guiné Equatorial, que já é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e de acordo com os estatutos do Fórum PALOP, passa a ser uma organização de seis países africanos”, avançou.
O chefe de Estado informou também que a República de Timor Leste foi aprovada como República Membro Observador do Fórum PALOP.
Instado sobre a percepção dos chefes de Estado quanto à entrada da Guiné Equatorial enquanto membro efectivo do fórum, Jorge Carlos Fonseca referiu que “a aprovação foi pacífica e por consenso”, em que se ouviu uma intervenção do presidente Teodoro Obiang, que se exprimiu em português.
“Não havia razões para não ser aprovada e no fundo as razões são as mesmas que entraram no CPLP, acrescidas por ser um país membro africano”, declarou.
Por outro lado, sustentou que a ideia é que, estando a Guiné Equatorial, a sua integração no espírito da CPLP e do Fórum PALOP é “mais facilitada pela inclusão do que a exclusão ou afastamento”.
Avançou que durante o Fórum PALOP foram abordados vários assuntos, entre os quais, todos os chefes de Estado se referiram a questão que “afecta gravemente a soberania, a integridade territorial a paz e a tranquilidade social”, na região de Cabo Delgado, por via dos ataques terroristas que tem sido alvo esta região do norte de Moçambique.
“Naturalmente todos os países africanos de língua portuguesa manifestaram a sua solidariedade e disponíveis para assistência a apoio pela forma como Moçambique entender ser”, expressou.
Além disso, fez referência à necessidade de se aprofundar a mobilidade e livre circulação no espaço dos países africanos de língua portuguesa, em que já se deram passos significativos neste sentido.
“Para nós, uma comunidade só se afirma quando se transforma numa verdadeira comunidade de povos e cidadãos o que supõe a eliminação à restrição e circulação de pessoas, dos agentes económicos, culturais e dos bens culturais”, reiterou.
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