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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 22 de março de 2021

Livro sobre a emigração portuguesa na Califórnia

 O empresário e realizador Nelson Ponta-Garça publicou o livro “Portuguese in California: The History of Generations” com base em mais de 300 entrevistas que documentam a história e o legado da comunidade portuguesa na Califórnia


Partindo do seu documentário “Portuguese in California”, realizado em 2013, Ponta-Garça escreveu um livro que regista histórias de vida inéditas no estado com a maior comunidade de origem portuguesa nos Estados Unidos.

“A comunidade portuguesa deu um contributo incrível à Califórnia, começando com [João] Rodrigues Cabrilho em San Diego até ao João Rocha em Los Angeles”, disse à Lusa o autor. “É uma comunidade que deu uma contribuição muito maior do que aquela que hoje em dia lhe é reconhecida”.

Ponta-Garça sublinhou que a comunidade lusa no estado é quase invisível quando comparada com outras comunidades imigrantes, e que o seu impacto justifica uma perceção diferente.

“Espero que este livro seja um contributo para que a história dos portugueses na Califórnia seja reconhecida”, afirmou, referindo que a obra inclui tanto pessoas em cargos de destaque como famílias de origens humildes, emigrantes que saíram sem nada de Portugal, chegaram em botes baleeiros ilegais e transformaram-se em grandes empresários.

“Portuguese in California” mereceu a atenção do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou no lançamento tratar-se de um livro “importante” que não só conta a história da comunidade lusa como também “ajuda a estabelecer pontes com uma comunidade mais vasta que inclui todos nós”.

O chefe de Estado afirmou que o livro confirma a ideia de que Portugal é “um país que não se limita às suas fronteiras físicas, mas que está presente onde estiver um português”.

Nelson Ponta-Garça explicou que a primeira edição, com número limitado de exemplares e em inglês, está focada no mercado dos Estados Unidos e Canadá, encontrando-se à venda na livraria online Amazon. “O alvo é toda a gente que está interessada na história e na cultura portuguesa”, afirmou.

O autor revelou também que os projetos da saga “Portuguese In” (que além da Califórnia incluem Nova Inglaterra e Havai) têm atraído em particular o interesse de mulheres entre os 40 e os 65 anos, “normalmente com nomes que não são portugueses, que procuram a sua identidade e querem mostrar aos filhos as suas raízes”.

Em conversações com editoras em Portugal para publicar uma versão portuguesa, Ponta-Garça referiu que o livro serve igualmente como “o mais atual e mais completo diretório da comunidade portuguesa” na Califórnia, uma dimensão interessante dos dois lados do Atlântico.

A obra inclui muitas entrevistas que foram feitas após a conclusão do documentário, como é o caso de Ângelo Garcia, presidente da divisão de imobiliário da Lucasfilm.

“São mais de 300 portugueses, em áreas desde a tecnologia à agricultura a Hollywood. Do cidadão que é presidente da Filarmónica ao mais ilustre português na Califórnia”, descreveu Ponta-Garça.

O livro está dividido em capítulos por zonas geográficas e começa por contar como os portugueses chegaram à costa oeste, partindo de João Rodrigues Cabrilho, que em 1542 foi o primeiro europeu a atracar na baía de San Diego.

Ponta-Garça reiterou que Cabrilho era português ao serviço da coroa espanhola, e não espanhol, como trabalhos recentes têm defendido.

Entre as entrevistas que mais o tocaram, o autor mencionou um português de São Jorge que perdeu o seu negócio de vacaria três vezes e conseguiu recuperá-lo “do nada”. Noutra ocasião, entrevistou um senhor em Sacramento e só no fim da conversa se apercebeu que ele era cego.

“Uma parte destas pessoas já faleceram”, disse Ponta-Garça. Sem este trabalho, “perdiam-se aqui histórias de vida incríveis, que não tinham sido documentadas”.

Já com uma segunda edição a ser trabalhada, o autor explicou que financiou pessoalmente todo o projeto porque quis fazê-lo “livre de restrições e orientações comerciais de editores”, chamando-lhe um “projeto de coração”.

“Foi um grande desafio lançar o livro no meio da pandemia”, afirmou.

Este não será o único, uma vez que já há entidades interessadas no Havai em patrocinar um livro baseado no documentário “Portuguese in Hawaii”, que estreou em 2019.

Ponta-Garça gostaria que o lançamento do segundo livro coincidisse com a passagem do navio-escola Sagres pelo Havai. Se tal não for possível, a intenção será lançar em outubro.

Depois, seguir-se-á o livro baseado no outro documentário dedicado a Nova Inglaterra.

Conselheiro das comunidades, fundador da NPG Multimedia, produtor e realizador, Nelson Ponta-Garça nasceu na Califórnia e cresceu nos Açores, tendo regressado em adulto. A sua intenção é viver entre Portugal e a Califórnia. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo

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