Antigo Reverendo Padre Alberto, foi bolseiro (1967 - 1977) do então Governo da Província de Timor e da então Diocese de Díli (abrangendo todo o Timor Português) em Roma, onde concluiu o curso de Doutoramento em Filosofia. Nomeado pelo Estado do Vaticano para primeiro Bispo timorense de Díli, por veto da representação diplomática da Indonésia junto da Santa Sé não veio a ser sagrado prelado. Desgostoso, deixou Roma, veio para Portugal onde se casou com uma Senhora Assistente Social luso-timorense, foi pai de uma filha, hoje médica otorrinolaringologista e foi aqui professor de Filosofia do ensino secundário tendo terminado a sua carreira docente na Escola Secundária «Stuart de Carvalhais», em Massamá, Queluz. Durante anos militou em prol da causa nacional de Timor sendo Presidente de associações de timorenses e amigos de Timor como a AT - Associação Timorense e da PISCDIL – Plataforma Internacional da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona. Foi membro da Comissão Política Nacional do CNRT (antigo), eleito na Convenção de Peniche (1998), tendo sido titular da pasta da Educação no Governo Sombra que então se formou. Teve uma importantíssima ação em Lisboa, junto do Ministério da Educação português (que lhe concedeu um Gabinete nas instalações Av.ª 24 de Julho) em prol da Educação, da reciclagem de professores timorenses e da opção pela língua portuguesa em Timor-Leste durante o período que antecedeu o referendo de 30 de agosto de 1999 e o período de Transição que se lhe seguiu. Participou na Conferência de Quadros Timorenses na Diáspora, em Melbourne. Era tio do Bispo de Baucau, irmão da mãe, Senhor Dom Basílio do Nascimento e durante muitos anos foi Presidente da Direção da Associação de Apoio à Diocese de Baucau granjeando apoios materiais para aquela diocese timorense. Ultimamente, no âmbito da Academia das Ciências de Lisboa e da PISCDIL – Plataforma Internacional da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona, parceira institucional do MIL, de que era Presidente -, promovia congressos, conferências e debates, visando os quadros timorenses na diáspora, o regresso destes à Pátria e o seu contributo para o desenvolvimento de Timor-Leste.
À família e a todo o universo timorense, o nosso maior Abraço Lusófono...
5 comentários:
É uma grande perda, pois o Alberto merecia que suas ideias pudessem dar muitos frutos. - Foi uma pena o "Xanana e o Ramos Horta" nunca o ter recebido - no âmbito das suas propostas para Timor. - Eu que o diga, pois, éramos para, juntos, continuar a tentar a convencer estes dois "politicos" a nos receber. Tenho tentado, há uma década e meia, sem sucesso. - Em minha opinião e com fundamentação documental, Alberto Araujo, como pessoa e cidadão, fez e poderia fazer muito mais por Timor do que estes dois, citados. - Perdemos o corpo de um amigo, um bom homem - mas, a sua Obra fica, porque Deus quer e o Alberto (homem) sonhou, parafraseando Fernando Pessoa. - Estou triste, muito triste!! - Fica Timor, mais pobre.
Sentida perda por quem tanto fez e lutou pela causa de Timor-Leste. A Associação Cultural Coração em Malaca esteve a SEU lado em muitas ações, palestras e eventos.
A causa de Timor Leste (do POVO de Timor Leste) está para continuar... companheiro de jornada, Alberto Araújo, mas certo é que serás lembrado e permaneces entre nós.
A toda a familia as nossa sentida dor e reconhecimento.
Ao Mil obrigado pela partilha atempadamente.
É triste. Que a sua alma descanse em paz🙏
Estou no Brasil e tive boas conversas com o querido Professor Alberto Araújo. Sou privilegiado por compartilhar de seus sonhos para uma lusofonia potente.
Cada sonho, uma semente. E levaremos adiante.
Saudades.
É sempre triste e desolador perder-se um amigo, um homem bom e de bem. Alberto Araújo granjeou inúmeras amizades e deixa um legado de reconhecido valor. Em meu nome pessoal e da Liga Africana endereço ao povo de Timor, ao MIL, ao PISCDIL e à familia do Prof. Alberto Araújo as mais sentidas condolências.
Paz à sua alma.
Victor Fortes
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