O aumento do número de casos de COVID-19 em Pequim fez com que as autoridades da RAEM elevassem o controlo fronteiriço. Além da inspecção às mercadorias, também as pessoas que tiverem visitado Pequim nos últimos 14 dias e queiram entrar em Macau serão sujeitas a regras mais apertadas. Além disto, na conferência diária sobre o surto epidémico, as autoridades confirmaram o lançamento de um plano de apoio ao sector do turismo
A coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença afirmou que a nova vaga de casos de COVID-19 em Pequim fez com que as autoridades locais ajustassem as medidas nas fronteiras para pessoas e mercadorias provenientes da capital. “Para todas as pessoas que tenham estado em Pequim, nos últimos 14 dias, o código de saúde será amarelo”, avançou Leong Iek Hou, na conferência de imprensa sobre o surto epidémico.
Garantiu ainda que as autoridades vão “fazer uma inspecção a essas pessoas” para apurar se estiveram nas zonas da cidade onde foi detectado o vírus. “Se for o caso, serão sujeitas a quarentena. Caso contrário, fazemos um rastreio e telefonaremos para saber mais detalhes sobre a sua condição de saúde”, esclareceu.
A responsável salientou ainda que o Instituto para os Assuntos Municipais irá reforçar o controlo sobre as mercadorias importadas de Pequim.
Durante a manhã, em declarações ao “Ou Mun Tin Toi”, Leong Iek Hou admitiu que as autoridades locais têm analisado as orientações sobre o uso de máscaras, chegando a ponderar permitir que deixasse de ser obrigatório nalgumas situações em Macau. Porém, perante o actual contexto, recuaram e mantêm a recomendação sobre o uso permanente de máscaras.
“Sabemos do incómodo do uso de permanente de máscara com o tempo quente, mas não podemos garantir que não existam pessoas assintomáticas na comunidade, nem assegurar a ausência do vírus em todos os materiais importados”, explicou, acrescentando que, “a curto prazo, os Serviços de Saúde vão continuar a apelar que a população mantenha todas as medidas, de forma rigorosa, de protecção individual”.
Por outro lado, a partir de hoje, os residentes que viram os pedidos de isenção aceites já podem atravessar as fronteiras para Zhuhai. Os 1000 residentes – quota estabelecida entre as autoridades das duas regiões – foram notificados ontem via WeChat.
Além da autorização, os residentes têm de ter um código de saúde associado ao teste nucleico bem como um resultado negativo da COVID-19. A notificação, além das regras, integra ainda o prazo de validade da isenção.
Alvis Lo Iek Long afirmou ainda que o sistema, que recebeu 7611 pedidos em apenas dois dias, irá continuar encerrado.
“Como se trata de um número muito elevado precisamos de tempo para ponderação”, disse, acrescentando que o sistema não suportou o elevado volume de pedidos de isenção em apenas dois dias de funcionamento.
15 rotas para ajudar turismo
Na mesma conferência, as autoridades anunciaram pormenores do programa “Vamos Macau”. A campanha integra 15 roteiros turísticos, destinados a residentes, para impulsionar o consumo interno no sector do turismo.
Esta iniciativa conta com o apoio da Fundação Macau, que atribui um limite de 580 patacas, correspondente a dois roteiros, por participante.
A oferta inclui seis roteiros comunitários e nove de lazer. Entre as actividades propostas estão excursões pelas zonas históricas, bem como de natureza, espectáculos e buffets nos resorts. Nas propostas que dizem respeito ao Centro Histórico, serão distribuídos vales de consumo, de 100 patacas, para os participantes usarem em restaurantes aderentes.
Todos os itinerários estarão disponíveis em Português, Inglês, Mandarim e Cantonês.
O subdirector dos Serviços de Turismo, Cheng Wai Tong, indicou que as excursões poderão arrancar na próxima segunda-feira, mas remeteu mais pormenores para uma conferência agendada para hoje. Sofia Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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