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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 9 de março de 2020

Faleceu Oliveira Sales, referência do desporto e da união dos macaenses

Faleceu, na sexta-feira, aos 100 anos, Arnaldo de Oliveira Sales, um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong. Manuel Silvério, antigo presidente do Instituto do Desporto de Macau, fala de “uma grande perda” dado o seu papel na criação de regulamentos e na criação de importantes estruturas para o desporto. Já José Luís Sales Marques recorda o que aprendeu com Oliveira Sales quando começou a desempenhar funções no antigo Leal Senado e frisa o seu papel na comunidade macaense



Morreu, na sexta-feira, Arnaldo de Oliveira Sales. Tinha 100 anos e foi uma das figuras mais relevantes da comunidade portuguesa de Hong Kong, tendo estado à frente do Club Lusitano ao longo de mais de três décadas e pertencido ao extinto Conselho Urbano de Hong Kong, ao qual presidiu entre 1973 e 1981. Foi também o homem que conseguiu que Hong Kong pudesse participar nos Jogos Olímpicos e chefiou a delegação durante 11 edições consecutivas. Presidente do Comité Olímpico de Hong Kong durante vários anos, ficou conhecido como o “senhor desporto”.

Manuel Silvério, antigo presidente do Instituto do Desporto de Macau, fala de “uma grande perda” uma vez que Oliveira Sales foi “um homem das leis” que criou uma estrutura importante. “Para o desenvolvimento do desporto é muito importante que haja pessoas a trabalhar nos regulamentos, nas leis, e no apaziguamento dos conflitos existentes entre os mais diversos países”, frisou em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.

“Era um homem muito firme, conhecedor de todos os assuntos desportivos”, acrescentou. “No movimento olímpico internacional também era uma pessoa muito respeitada por todos, exactamente porque muitas vezes fazia a balança dos mais diversos interesses. Apesar de ser um homem firme, duro, por vezes, até diria austero, as pessoas acabavam por lhe dar razão”.

“Para mim ele foi um mestre, um homem que me inspirou em vários momentos. Na minha actividade no desporto aprendi coisas com este senhor, além do meu primeiro presidente do Comité Olímpico de Macau, Joaquim Morais Alves, também já falecido. Ambos eram muito amigos e recordo com muita saudade momentos em que nós os três passámos a falar de assuntos do desporto”, recordou Manuel Silvério.

Por sua vez, José Luís Sales Marques foca a importância de Arnaldo de Oliveira Sales “na criação da ideia de comunidade macaense espalhada pelo mundo”.

Todo o peso de Oliveira Sales devido aos cargos que desempenhava “serviu para unir e criar essa ideia dos encontros macaenses, já nos anos 80”. “Nessa altura que Arnaldo de Oliveira Sales era a referência máxima do encontro, ajudou muito também a unir os macaenses espalhados pelo mundo e teve um papel muito importante, por exemplo, nos Estados Unidos, mas não só, um pouco por todo o mundo”, destacou Sales Marques em declarações à Tribuna de Macau.

“Como actual presidente do Conselho das Comunidades Macaenses quero relevar a importância que teve para essa ideia da consolidação das comunidades macaenses espalhadas pelo mundo e da necessidade de trabalharmos em conjunto e realizarmos os encontros e ter essa ligação forte a Macau”, sublinhou Sales Marques.

“É uma grande perda. É uma grande referência e uma figura maior de Hong Kong também. Ele gostava sempre de identificar como um português do Oriente. Nunca me hei-de esquecer dessa frase num dos discursos de abertura de um dos Encontros”, acrescentou.

De um ponto de vista mais pessoal, apontou Sales Marques, “além de uma amizade prolongada e dos laços familiares, ele teve um papel muito importante” quando passou a desempenhar funções no Leal Senado. “Quando fui para o Leal Senado, o maior problema que tinha para resolver era o da limpeza de Macau e posso dizer que a experiência de Arnaldo de Oliveira Sales como presidente do Conselho Urbano foi fundamental a partir do momento em que tive uma conversa com ele sobre essa matéria”.

José Luís Sales Marques esteve presente na celebração dos 100 anos de Arnaldo de Oliveira Sales, no dia 13 de Janeiro. “Nesse dia não pensava que ele fosse embora tão depressa mas a partir de uma certa altura a saúde é muito frágil. Mas ainda tive essa alegria e oportunidade de estar com ele quando celebrou os 100 anos”, destacou.

Por sua vez, o presidente da Associação dos Macaenses, referiu que Arnaldo de Oliveira Sales era um nome máximo da “diáspora macaense” e “uma figura de destaque da comunidade portuguesa de Hong Kong”. “Recordo os primeiros encontros das comunidades macaenses” em que Arnaldo de Oliveira Sales era “a figura da diáspora macaense”, disse Miguel de Senna Fernandes à agência Lusa.

Nascido em 1920 em Cantão, Arnaldo de Oliveira Sales foi um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong, tendo sido presidente desta instituição em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, marcados pelo homicídio de 11 israelitas por parte de um grupo terrorista palestiniano. “A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas. Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram” em soltá-la, recordou Miguel de Senna Fernandes.

PR enaltece trabalho em nome de Portugal

Também o Presidente da República portuguesa lamentou a morte do comendador Arnaldo de Oliveira Sales, recordando “uma das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa” em Hong Kong. O Chefe de Estado apresenta “as mais sentidas condolências à família” e acrescenta que “a sua memória ficará sempre” associada “ao mundo desportivo, nomeadamente ao desporto olímpico”. Marcelo Rebelo de Sousa recorda ainda “a lealdade às origens portuguesas e o trabalho que desenvolveu em nome de Portugal”.

A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam prestou igualmente homenagem ao homem que se “empenhou no desenvolvimento do desporto em Hong Kong ao longo da sua vida e fez grandes contributos”.

Já o secretário-geral honorário da Federação Desportiva e Comité Olímpico de Hong Kong frisou que Oliveira Sales esteve “comprometido para com o desporto de Hong Kong, mesmo a custo dos seus próprios negócios”. “Nunca vi alguém assim tão dedicado”, salientou Ronnie Wong, que também que integrava a equipa olímpica de natação de Hong Kong nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Olveira Sales recebeu as mais altas condecorações de Portugal e de Hong Kong, ambas no final da década de 1990, mas recusou ser nomeado cavaleiro britânico por implicar abdicar da nacionalidade portuguesa. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau” com “Lusa”

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