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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 29 de dezembro de 2019

França - Comunidade lusófona tenta salvar a língua portuguesa na rádio

A redação em português da Radio France Internationale (RFI), que emite para países africanos de expressão portuguesa, vai sofrer cortes, segundo um novo plano estratégico e uma petição já com mais de 200 assinaturas da comunidade lusófona em França.

“O medo é a redução da redação em português, que, a pouco e pouco, vai desaparecendo. Esta redação emite para os países lusófonos em África e parece que eles querem reduzir ao máximo a redação de português, até que um dia haja só Internet, sem emissões, e depois acabe”, afirmou Luísa Semedo, conselheira das comunidades portuguesas em França, em declarações à Lusa.

Luísa Semedo foi a autora da petição online “Não à Morte da RFI em português”, lançada em 24 de dezembro, depois de o consórcio público que detém a rádio, a France Medias Monde, ter anunciado no início da semana a intenção de cortar pelo menos 30 jornalistas nas redações da RFI em árabe, português e inglês, através de um plano de despedimentos voluntários.

“O plano de despedimentos voluntários ao qual a empresa não pode fugir tendo em conta a sua estrutura orçamental, e que será ainda negociado com os representantes do pessoal, vai ter impacto em 30 jornalistas e não haverá qualquer despedimento compulsório”, respondeu fonte oficial da France Medias Monde às questões da Lusa.

A mesma fonte acrescentou que “o projeto prevê a supressão de cerca de 20 postos de trabalho de jornalistas em árabe, sete ou oito em inglês e dois ou três jornalistas em português”.

A France Medias Monde agrega a RFI, que difunde rádio em diversas línguas para diferentes pontos do globo sempre com atualidade ligada à francofonia, a estação de televisão France 24, também difundida em várias línguas, e a rádio Monte Carlo Doualiya, em árabe, ouvida em várias regiões do Médio Oriente e do Norte de África.

Também os trabalhadores se questionam se este é o fim da redação em português para África da RFI.

Esta redação conta atualmente apenas com oito jornalistas fixos e quatro em regime de trabalho independente, tendo chegado a ter 15 jornalistas fixos.

A produção e emissão da rádio em português acontece diariamente e é ouvida desde São Tomé e Príncipe até Maputo, em Moçambique.

“Os efetivos são já muito limitados e é a condenação a curto prazo da redação. O projeto visa passar para uma redação de Internet, mas nem todas as partes do Mundo estão suficientemente desenvolvidas para cortar a difusão por onda curta e o FM”, afirmou Elisa Drago, representante do sindicato Force Ouvriére na Comissão de Trabalhadores da empresa e jornalista há mais de 30 anos na rádio francesa.

A petição recebeu até agora mais de 200 assinaturas, tendo entre os primeiros subscritores algumas das principais figuras das comunidades lusófonas em França, mas, segundo lembra Luísa Semedo, a responsabilidade de lutar pela manutenção do número de jornalistas em português na RFI não pode ficar apenas a cargo da sociedade civil.

“Se a France Medias Monde sentir que há do outro lado uma procura e que as pessoas se preocupam com isto e não é uma questão acessória, eles podem abrir os olhos. Isto pode vir da sociedade civil, mas também tem de vir da parte da diplomacia”, indicou a autora da petição. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”

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