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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 7 de março de 2025

Moçambique - Defendido diálogo com Venâncio Mondlane para “desligar” protestos

 Analistas moçambicanos defenderam à Lusa o diálogo com Venâncio Mondlane como uma solução a curto prazo para o fim das manifestações em Moçambique, considerando-o o “actor” que consegue “ligar e desligar” os protestos.



“Havendo tanta popularidade do Venâncio, sendo ele o actor que consegue ligar e desligar estes protestos, sendo o único actor que a população segue, eu acho que ele tem de ser incluído em qualquer mesa de negociação. Isso é óbvio já há muito tempo”, disse João Feijó, analista e pesquisador moçambicano.

Feijó defende, a curto prazo, o diálogo e discursos “menos incendiários” para pôr fim à crise pós-eleitoral em Moçambique, referindo que o Presidente da República, Daniel Chapo, tem responsabilidades acrescidas, além da responsabilidade de chamar Mondlane à mesa de negociação. “O importante é baixar a temperatura e para baixar a temperatura é preciso diálogo, é preciso discursos menos incendiários e o Presidente da República tem responsabilidades, sendo ele a governar, é dele que se espera a iniciativa para resolver isto”, referiu.

Para João Feijó, o ex-candidato presidencial é visto como um “messias” e o povo segue-o “de uma forma cega”, considerando, por isso, que ao excluí-lo do diálogo “estão a exaltá-lo perante o povo” e estão a dar-lhe “mais prisma e mais força”. “É preciso incluí-lo nessa mesa de negociações, não há como não incluir. Tem de ser acarinhado se é que queremos serenar os ânimos deste país”, afirmou o analista.

“Nós achamos, honestamente, que não são aquelas figuras que estão ali com o Presidente Chapo, na mesa do diálogo, que vão resolver os problemas do país. As pessoas olham para Venâncio Mondlane como o representante delas, o povo está a olhar para Venâncio Mondlane como o seu legítimo representante, portanto, excluir também Venâncio Mondlane do diálogo não me parece que nós possamos conseguir a paz em Moçambique”, disse André Mulungo, jornalista e editor no Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) de Moçambique.

Mulungo defende um diálogo “genuíno, sem armadilhas e o mais inclusivo possível” para o fim da crise pós-eleitoral, com a participação também da academia, organizações da sociedade civil e líderes religiosos, além dos partidos políticos que já têm estado na mesa de conversações.

“O Presidente Chapo diz que quer a independência económica de Moçambique, quer desenvolver o país, [mas] não se desenvolve nenhuma sociedade num cenário de instabilidade, de guerra, como está a acontecer em Moçambique neste momento”, referiu o analista, considerando “pouco inteligente” adiar o diálogo.

Os analistas convergem no alerta para incertezas, insegurança, caos e destruição da economia moçambicana caso prevaleçam os protestos no país, pedindo, além do diálogo, reformas para aliviar o custo de vida em Moçambique.

“Adiar o diálogo genuíno e inclusivo significa continuarmos a caminhar na incerteza, com um risco real de nós voltarmos para uma guerra civil”, concluiu Mulungo.

Moçambique vive desde Outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 9 de Outubro, que deram vitória a Daniel Chapo. Actualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais.

Desde Outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 3500 feridos durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais. O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias, durante as manifestações. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”

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