O passado domingo 9 de Junho a iniciativa celebrou uma reunião ao abeiro do festival Traz outro amigo onde aproveitaram para adotar os primeiros acordos e aprovar os estatutos da associação
Após a junta deste mês, a Rede da Galilusofonia decide constituir-se em duas associações homónimas “para dar-lhe formato lega e oficial”. O festival de música galego-portuguesa de Cedeira, Traz Outro Amigo, serviu de cenário para a aprovação dos estatutos da associação galega e a assinatura a ata fundacional. Segundo aponta a ata, haverá uma associação na Galiza e outra em Portugal que depois serão agrupadas numa Federação internacional. Nesta reunião também foi designada a equipa diretiva, que funcionará como tal até a primeira Assembleia Geral da associação. Esta será celebrada no mês de dezembro, coincidindo com o Culturgal.
A feira das industrias culturais também acolherá as Jornadas Saramago, impulsadas pela cátedra Saramago da UVigo, que também faz parte da Rede. “A rede está iniciando a sua andaina e o que intentamos é que os esforços de cada uma das iniciativas que formam parte da rede tenham uma repercussão global mais importante, para que o público de cada uma delas forme parte dalgo mais grande”, explica Gonzalo Constela, presidente da associação galega da Rede da GaliLusofonia.
Além disto, um dos principais projetos da iniciativa será o Festival da Galilusofonia, cujo objetivo é ser celebrado em 2020 no concelho de Braga, “aproveitando que esse ano é a Capital Cultural do Eixo Atlântico”, aponta Constela. O evento, que também pretende organizar uma segunda edição emCompostela para o ano Xacobeo, contaria com três ramas: musical, teatral e literária. “Será a nossa posta de longo para fazer visível a Rede e todas as iniciativas e entidades que fazem parte dela”, afirma o presidente, que também destaca a receptividade das instituições. “Por agora só tivemos contatos informais, com o Concelho de Braga ou em Compostela, mas a recepção foi muito boa”, comenta.
Desde a Rede da Galilusofonia também não descartam a possibilidade de ampliar os âmbitos de atuação como o ensino ou o desporto. “Temos vontade de incluir todo aquilo que entre dentro dos objetivos da rede. Isto é, juntar esforços, coordenar-se e cooperar na difusão de iniciativas encaminhadas a situar a Galiza no seu espaço natural linguístico-cultural, que é a Lusofonia”, conclui.
O projeto da Rede nasceu em outubro do passado ano em Ponte Vedra, e é impulsionado por diferentes entidades galegas e portuguesas que partilham o objetivo comum de difundir a música e as artes e aproximar a língua e a cultura galegas da Lusofonia. A Rede pretende trabalhar a prol do estabelecimento de parcerias, o trabalho no reconhecimento e autenticação da língua e cultura comuns de forma multidirecional em todos os territórios, a inclusão de conteúdos curriculares em todos os sistemas educativos dos países de língua comum que evidenciem a história, língua e cultura comuns ou a recuperação, difusão e promoção do património cultural comum.
Nesta iniciativa estão presentes entidades galegas como a Associaçom Galega da Língua (AGAL), Escola Oficial de Idiomas de Santiago, Academia Galega da Língua Portuguesa, A Mesa pola normalización lingüística, Concelho de Ponte Areias, Concelho de Cedeira, a livraria Pedreira, Ponte nas Ondas ou Cantos na Maré. Na parte portuguesa participam TIN.BRA-Academia de Teatro (Braga), Associação José Afonso Portugal, Freguesia de Nogeiró, Castro Galaico Festival de Nogueiró, Livraria Traga Mundos ou Cantos d’Aqui. In “Portal Galego da Língua” - Galiza
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