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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 15 de maio de 2019

África – Língua portuguesa está a expandir-se

Um grupo de investigadores de políticas linguísticas defendeu, num colóquio em Macau, que 'o português europeu' está a expandir-se nos países africanos lusófonos, sobretudo através do fenómeno de nativização, do contacto com línguas indígenas



O crescimento do uso da língua portuguesa como primeira e segunda língua verifica-se pelo menos em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, ex-colónias de Portugal, afirmaram os linguistas lusófonos num colóquio que decorreu na Universidade de São José, dedicado às variedades emergentes do português em África.

A escolarização tem tido contribuído decisivamente para a disseminação do português, «mas tem-se imposto pela nativização pelo facto de muitos professores não dominarem a norma europeia, mas serem falantes de variedades nativizadas do português», exemplificou, o professor Feliciano Salvador Chimbutane, da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo.

«É crescente o número de falantes e o domínio de usos da língua portuguesa em Moçambique», que tem uma população de quase 30 milhões, onde são faladas mais de vinte línguas africanas do grupo bantu e apenas cerca de metade fala o português, sublinhou.

«As políticas linguísticas definidas no período pós-colonial e contacto do português com línguas autóctones têm influenciado o processo de expansão», sustentou o investigador da relação entre a língua, educação e cidadania, e da política e planificação linguística em Moçambique.

Já o professor Alan Baxter, da USJ, investigador em línguas crioulas, do português afro-brasileiro e do português de São Tomé e Príncipe, destacou o crescimento histórico do português rural de ilha de São Tomé, muito pelo contacto com as áreas urbanas e do movimento crescente para a cidade, igualmente através da assimilação linguística autóctone.

A migração, a escolarização em massa e o contacto com a comunicação social tiveram um papel-chave para a difusão do português, destacou o docente da Universidade de Macau Gabriel Antunes, da Universidade de Macau, investigador da língua portuguesa transplantada em África, Ásia e Brasil, e de línguas crioulas de base portuguesa.

Por seu lado, a professora do Instituto Politécnico de Macau Liliana Inverno, investigadora do contacto linguístico e do português de Angola, afirmou que «é indiscutível que os falantes do português estão a aumentar e que há uma mudança em curso no interior do país, uma situação que no litoral está consolidada». In “Revista Port. Com” - Portugal

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