O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou segunda-feira em Maputo que a tensão política e militar que se vive no país agrava a pobreza e destrói a esperança dos moçambicanos.
"O atual clima de tensão que se vive em alguns pontos do centro do país agrava a pobreza, cria dor e luto nas famílias, para além destruir a esperança dos moçambicanos", afirmou Nyusi, falando na Conferência Nacional de Validação da Política de Emprego.
O Governo, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano, vai continuar firme na busca incessante da paz que o povo e país legitimamente anseiam.
Referindo à Política de Emprego, Filipe Nysi declarou que deve ser estimulada a criação de micro, pequenas e médias empresas para a geração de mais postos de trabalho.
"Além de ser um direito que assiste a todo o cidadão, o emprego é uma das faces visíveis de acesso à riqueza, uma vez que propicia um rendimento e contribui para a melhoria da vida pessoal e familiar de cada trabalhador e permite o desenvolvimento do país como um todo", enfatizou Nyusi.
Alguns pontos do centro de Moçambique têm sido nos últimos meses palco de confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado do principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), e vários troços da principal estrada do país são alvos de ataques atribuídos àquele movimento.
A Renamo exige governar as seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, como condição para o fim do conflito armado.
Na segunda-feira, o Executivo moçambicano e o principal partido de oposição alcançaram um consenso em torno da proposta de agenda para o diálogo visando o fim dos confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Renamo.
"Durante este período em que estivemos reunidos, conseguimos, ao nosso nível, consensualizar a proposta de agenda que vamos remeter às nossas lideranças e, depois desta remessa, teremos a proposta definitiva", disse, em declarações aos jornalistas, José Manteigas, deputado e membro da delegação da Renamo.
Diário Digital com Lusa
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