No que diz respeito especificamente na
Historiografia Portuguesa à origem e desenvolvimento do Mito do Quinto
Império Português divide-se por aqueles que o defendem e aqueles que o
consideram pós 25 de Abril de 1974, como meio e fim esgotados e segundo
Oliveira Martins, considera que com as liberdades cívicas, o avanço dos
costumes e o progresso técnico realizados pelo Liberalismo deram-no como
findo, considerando-o uma relíquia do passado ou ainda uma espécie de
chancela cultural, mítica e mitológica do pretérito histórico de
Portugal! Igualmente nas perspetivas de Lúcio de Oliveira e António
Sérgio que com as ocorrências do republicanismo; o positivismo e o
racionalismo, esgotaram e mataram o Mito do Quinto Império e com ele,
naturalmente o Sebastianismo! O nosso ilustre escritor e historiador
Miguel Real, no livro de sua autoria – Nova Teoria Sobre o Sebastianismo
– – 1ª. Edição – D. Quixote, faz uma extensa análise na base da
Historiografia Portuguesa sobre o Mito do Sebastianismo/Quinto Império
em que duas correntes de opinião se dividiram entre os investigadores e
historiadores portugueses. Diremos que ambas as partes têm a sua razão,
sendo perfeitamente válidas as respetivas teses que defendem, contudo,
na nossa opinião e na realidade configura-se uma terceira via a qual dá
pleno fundamento ao Mito do Sebastianismo, uma vez que historicamente a
introdução da Inquisição em Portugal por D. João III; as Invasões
Francesas, no início do Século XIX, dizimaram cerca de 10% da população
portuguesa e a Ditadura de mais de 40 anos em Portugal durante o Século
XX, pesaram profundamente no espírito coletivo do Povo Português. Na
Historiografia Portuguesa quanto à verdade sobre a consistência,
natureza e razão válida que defendem tal mito, agora transformado em
teoria e essa teoria convertida em doutrina – a Doutrina da Cidadania
Social versus Doutrina do Quinto Império ou seja: a Doutrina da Verdade,
cuja apresentação e desenvolvimento é feito no meu segundo livro – “
Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império- Uma Nova Perspetiva Social –
2013 – Chiado Editora.
Dando a devida razão a ambas as partes
defensoras e não defensoras do Mito do Quinto Império, procurámos
desenvolver uma terceira via que efetivamente passa pelo desenvolvimento
da espiritualidade do ser humano que apoiado plenamente pela
investigação científica se procura a descoberta e conhecimento do
mecanismo das leis universais, as mesmas leis naturais que regem o nosso
próprio mundo e do Universo na sua imensidão cósmica, contendo em si um
número incontável de mundos e sistemas estelares, os quais e em
conformidade com essas mesmas leis assistem numa escala própria um
número, diremos quase infinito de vidas inteligentes. A transformação e a
Evolução, são os elementos básicos que dão sustentabilidade à Força
Criadora ou Inteligência Universal, a suprema Causa de tudo quanto
existe!
O ser humano ao longo de muitos
milhares de anos e sempre sujeito a uma constante transformação do seu
corpo somático e a uma progressiva evolução do seu espírito passou por
uma longa e dolorosa fase de animalidade compreendida pelo instinto e
volvidos esses mesmos milhares de anos veio a conquistar um novo
atributo espiritual conhecido pelo “livre arbítrio”, portanto, passando a
ser detentor da capacidade do raciocínio passando a ter a liberdade de
tomar decisões por si próprio, ultrapassando assim as barreiras naturais
de um universo tridimensional, conseguindo cognitivamente alcançar uma
nova dimensão não já física, mas sim pertencente a outras e superiores
regiões do Universo! Em face da constante evolução espiritual do ser
humano, este já está, agora em pleno Século XXI, próximo de se libertar
da condição do “livre arbítrio” não precisando deste, e deixando de se
debater entre o ser e não ser; o certo e o errado, pois em termos de
natureza cósmica o espírito humano atingiu um estado de grande
desenvolvimento moral e intelectual que lhe vai permitir pela via da
intuição alcançar um conhecimento de si mesmo e do próprio Universo,
sabendo perfeitamente qual a sua responsabilidade e função na própria
organização universal, o que numa nova perspetiva tornou-se por direito
próprio num Arquiteto do Universo!
Extraído do livro (em perparação) "Os Arquitetos do Universo - História
do Homem Futuro". Jacinto Alves, autor dos livros - "Ensaio Sobre a
Doutrina do Quinto Império - Chiado Editora; "Operação: Quinto Império" -
Editora Ecopy/Porto.
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