Deus Escreve Direito por Linhas Tortas fundamentando-se numa nova conceituação cooperativista para a Lusofonia e porquê? Porque ao analisarmos a já longa história do Povo Português verificamos que a necessidade de sobrevivência dos Portugueses tem vindo a ser sempre uma constante na vida deste povo secular. A necessidade de expansão do Condado Portucalense, iniciado pelo Conde D. Henrique e prosseguido e consolidado pelo seu filho D. Afonso Henriques, veio definitivamente a definir as fronteiras naturais, geográficas e politicas de Portugal. Tratando-se de um povo bloqueado pela imensidão oceânica do Atlântico e pela poderosa barreira representada pelos territórios de Castela, tinha naturalmente de lutar face às necessidades de sobrevivência territorial procurando expandir-se através do imenso e desconhecido mar atlântico, Uma vez que a conquista de Marrocos lhe foi vedada em 1578, na famosa batalha dos Três Reis – em Alcácer-Quibir.
Na verdade é com o nosso Rei D. Dinis que começa a ser delineado um projeto de expansão marítima que iria permitir ao povo português poder sobreviver movido por uma ingente necessidade, sendo na verdade que graças à imposição da necessidade dramática e dai surgindo uma poderosa e esmagadora força obrigando os Portugueses a um enorme esforço de vontade, sacrifício, sofrimento, abnegação e inteligência a descobrir novos mundos para o mundo e dai, efetivamente começou a surgir a origem da Lusofonia.
Tem sido sempre a necessidade imperiosa de sobrevivência dos Portugueses que ao longo da sua Historia, os tem vindo a levar a tomar diferentes iniciativas, como por exemplo: as sempre crescentes emigrações param diferentes partes do mundo, levando conhecimentos, capacidade de trabalho e de iniciativa indo beneficiar os diferentes povos situados na África, Ásia, Américas e na própria Europa!
Tal como em séculos anteriores, ciclicamente o povo português, mais uma vez está emigrando de uma forma quase maciça, somando ou alcançando um número cada vez maior de pessoas que deixam o país. A atual crise que assola Portugal tem estado a levar a um sucessivo empobrecimento que na nossa opinião trata-se de uma ação planeada pelo atual governo de maioria neoliberal, que obedecendo a um plano previamente estabelecido por si numa clara perspetiva de mudança ideológica, sustentado e orientado pelo atual poder vigente em Bruxelas, caracterizado por uma ideologia neoliberal, de natureza economicista, fria e implacável perfeitamente enquadrada nos planos de um capitalismo desumano, insensível e selvagem, apenas visando o lucro para satisfação de uma minoria de seres humanos exploradores e portadores do grande capital representado pelos mercados financeiros especulativos e tendo como sua policia as agencias de notação;
O atual poder politico que governa Portugal, formado por uma tríade, onde o Presidente da Republica; o Primeiro-ministro e o Vice-Primeiro Ministro são o rosto português do verdadeiro poder dominante em Bruxelas.
Perante este circunstancialismo que está envolvendo de forma dramática o povo português e face a esse mesmo circunstancialismo gerador de miséria, de fome, desemprego de milhares e de milhares de cidadãos quer mais jovens e ou menos jovens levando-os como único recurso a emigrar, procurando novos países onde venham a recuperar a esperança perdida, emigrando para as antigas colónias africanas, Américas, Ásia e Europa indo enriquecer aqueles diferentes países e empobrecendo o seu próprio pais, enfraquecendo-o e despovoando-o e dai poder resultar uma possível extinção de Portugal como nação soberana e independente!
E assim e ao longo da Historia o Povo Português tem vindo a repartir-se devido às crises sucessivas que se têm vindo a abater sobre o seu próprio país, regra geral por ação, diremos criminosa e intencional de alguns dos seus indesejáveis e imaturos governantes e políticos que têm vindo a funcionar como autênticos “detonadores psíquicos” levando os respetivos governados a situações de grande conflitualidade, crises, sofrimentos e necessidades dramáticas, levando-os a alterar todo o contexto social, cultural, económico e politico, histórico e tradicionalmente vigente.
De facto esses mesmos indesejáveis governantes e políticos de forma intencional, mas inconsciente sobre as realidades sérias do seu país estão contribuindo naturalmente para que as leis naturais que regem o próprio Universo funcionem, obrigando o ser humano a alterar a sua forma de conduta e de pensar, sempre através do sofrimento devido à imposição da necessidade dramática que de forma determinante opera e funciona no formidável mecanismo da evolução que é dominante no mundo e que perante a maldade e estupidez de alguns homens vem a estabelecer a ordem no caos, caos esse criado por aqueles mesmos infelizes indivíduos que na verdade são meros instrumentos das formidáveis forças que regem a criação e a expansão do próprio Universo! É o facto afirmativo de que “Deus escreve direito por linhas tortas”!
Jacinto Alves – Texto extraído do livro - "Os Arquitetos do Universo - História do Homem Futuro" a publicar muito brevemente. Autor dos livros já publicados - "Operação: Quinto Império" Editora Ecopy/Porto e " Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império" - Chiado Editora.
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