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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Goa – Naturais aproximam-se cada vez mais da língua e cultura portuguesas

 O investigador Óscar Noronha considerou que o interesse pela cultura portuguesa em Goa tem crescido nos últimos anos, uma tendência acompanhada por um aumento do número de alunos da língua de Camões



“Atualmente, pelo menos da parte do povo, há maior abertura à língua e cultura de matriz portuguesa. Ele tem melhor consciência de como é rica e única a cultura indo-portuguesa”, declarou o professor universitário goês à agência Lusa.

Por outro lado, quanto à aprendizagem da língua, “o número de alunos tem aumentado ao longo dos anos”, num contexto em que “tanto a Fundação Oriente como o instituto Camões têm exercido um papel relevante nesse sentido”.

Em 1961, a União Indiana anexou o então estado da Índia, colónia portuguesa que era constituída pelos territórios de Goa, Damão e Diu.

“Os meus pais, Fernando de Noronha e Judite da Veiga, apesar do novo condicionalismo político, continuaram, na medida do possível, com o modo de vida a que estavam habituados. Por isso é que viemos, muito naturalmente, a falar a língua portuguesa e a cultivar a literatura e a música portuguesas, sem embargo do nosso amor à língua concani”, declarou Óscar Noronha.

O seu pai inculcou na família “um amor ao idioma luso” e, a pedido dos filhos, “deixou registadas as suas memórias” em dois livros: “Momentos do meu passado” (2002) e “Goa tal como a conheci” (2018), este publicado postumamente.

“Escrevi a biografia do meu tio-avô, monsenhor Castilho de Noronha, que foi parlamentar [da antiga Assembleia Nacional do Estado Novo], além de ter sido professor do Seminário de Goa, diretor de um jornal e autor de duas obras sobre a filosofia indiana”, disse.

Como “muitos aspectos da cultura comunitária estão a desaparecer”, Óscar Noronha produz há alguns anos o ‘podcast’ “Renascença Goa” com o objetivo de “redescobrir a cultura indo-portuguesa”, além de ter traduzido e editado obras em inglês e português.

O Saint Xavier’s College, de Mapuçá, tem vindo a organizar, anualmente, o Dia da Língua e Cultura Portuguesa, com a participação de alunos de escolas de ensino secundário do estado de Goa.

Também, entretanto, passou a haver localmente “grande interesse” por fado e mandó, dois géneros musicais que o irmão de Óscar, o guitarrista Fernando Noronha, decidiu valorizar abrindo em Pangim a casa da especialidade “Madragoa”. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”

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