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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Tailândia - Herança arquitectónica portuguesa é motivo de debate

 

Desde Ayutthaya até ao centro histórico de Phuket, passando pela capital Banguecoque. O património arquitectónico edificado de origem portuguesa carece de alguma atenção, defendeu a arquitecta Maria José Freitas ao Ponto Final. Um webinar recentemente realizado pretendeu ser mote para uma discussão mais aprofundada sobre a presença ocidental no antigo reino do Sião


Em jeito de preparação para a próxima assembleia geral anual internacional do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS, na sigla inglesa), o Comité Científico Internacional sobre Património Construído Partilhado (ISCSBH, na sigla inglesa) realizou um webinar no passado dia 3 de Setembro onde se discutiu a presença de arquitectura e património partilhado, de índole ocidental, na Tailândia, antigo reino do Sião.

“O objectivo foi o de analisar criticamente as arquitecturas europeias na Tailândia. Acompanhando a presença portuguesa e holandesa, e não só, este tipo de arquitectura atingiu um estágio de consolidação, particularmente no período da segunda metade do século XIX até à Segunda Guerra Mundial, momento histórico significativo de transformação para aquela região, antigamente denominada por Sião”, referiu ao Ponto Final a arquitecta Maria José Freitas, presidente do ISCSBH.

Há vestígios de arquitectura ocidental em diversas partes da Tailândia. A antiga capital Ayutthaya é um desses exemplos. Por ali encontram-se os Campos Portugueses, muito provavelmente resquícios da maior comunidade ocidental na cidade. Ainda hoje se pode ver aquilo que são as ruínas das igrejas de São Pedro e de São Paulo, onde jazem ossadas de antepassados portugueses. “Muito deste património está pouco preservado e carece de maior atenção”, constatou Maria José Freitas

Também o centro histórico de Phuket ou alguns edifícios na actual capital Banguecoque são “declaradamente reflexo da presença portuguesa no Sião”. “Muitos edifícios construídos neste período moderno estão actualmente em uso. Por exemplo, o edifício da Embaixada de Portugal é grande exemplo disso. Torna-se, por isso, premente olhar para todos estes exemplos, procurando soluções que passem pela sua preservação, porque são exemplos únicos. É importante ter em conta como o processo de patrimonialização – parcialmente em construção – está em constante desenvolvimento”, referiu a arquitecta portuguesa ao nosso jornal.

No webinar, para além da intervenção de Maria José Freitas que falou de Portugal e da Tailândia, bem como dos 500 anos de história partilhada e património edificado como memória presente, houve ainda lugar para a discussão da génese e razões para uma presença europeia na Tailândia, por Luc Citrinot, bem como uma visão sobre a presença europeia na Tailândia, por Peeraya Boonprasong. As presenças alemã e italiana também não ficaram esquecidas com discussões promovidas, respectivamente, por Siegfried Enders e Romeo Carabelli. “Uma espécie de ‘outra Europa’, modernidade e tecnologia do poder não colonial. Uma experiência insubstituível de cooperação para o desenvolvimento”, defenderam.

Recorde-se que, historicamente, Portugal e Tailândia têm uma história que se toca por diversas vezes ao longo de 500 anos. Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar àquele país do sudeste asiático. A relação entre os dois territórios remonta ao ano de 1511, quando Afonso de Albuquerque conquistou Malaca, território que prestava vassalagem ao reino do Sião. Para apaziguar os ânimos, o vice-rei da Índia enviou o emissário Duarte Fernandes à capital do reino, Ayutthaya, onde foi muito bem recebido. Depois, os portugueses “instalaram-se” por lá, dando inclusive origem a uma comunidade luso-siamesa que ainda hoje tem descendência na Tailândia, tal e qual Malaca. Em 2018, celebraram-se os 500 anos do Primeiro Tratado de Amizade e Comércio celebrado entre os dois países. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto Final”

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