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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Pirataria ameaça rotas marítimas no Golfo da Guiné

Um relatório da organização International Maritime Bureau descreve as águas ao longo da costa nigeriana como extramente perigosas. Reforço de segurança das embarcações implica custos extra para empresas de transporte



De acordo com o relatório do International Maritime Bureau (IMB), a Nigéria já registou 22 incidentes nos só nos primeiros três meses do ano. Dos 11 navios que foram atacados, oito estavam a cerca de 40 milhas náuticas da costa nigeriana, incluindo um petroleiro com a capacidade de 300 mil toneladas métricas. Em 2017, a organização já tinha registado cerca de 20 ataques a embarcações na mesma área.

Kabeer Adamu é um analista de segurança, presidente de uma firma de consultadoria na Nigéria. Concorda com o relatório que diz que a pirataria no Golfo da Guiné é um grande problema. O analista considera que a monitorização do International Maritime Bureau tem um papel importante, pois se não se conhecesse a realidade, seria um "problema ainda maior".

"Do ponto de vista da segurança, é um desafio. Tudo isto traduz-se em custos adicionais para o transporte, devido ao valor que se tem de pagar para ter mais segurança", explica Adamu.

De acordo com o IMB, os ataques no Golfo da Guiné têm como alvo vários tipos de navios. Já houve tripulações reféns tanto em navios de pesca, como petroleiros. A organização diz estar a trabalhar com as autoridades nacionais e regionais no Golfo da Guiné para dar apoio e coordenar ações anti-pirataria.

"Sei que a marinha nigeriana já fez umas quatro operações na região, algumas delas na Nigéria, outras por todo o Golfo da Guiné. Já adquiriram novos meios, incluindo barcos com armamento", explicou o analista à DW.

Adamu acrescentou que também foram criados postos de controlo. Qualquer embarcação que deixe a Nigéria tem de passar por lá para verificar se tudo está de acordo com os regulamentos em vigor.

Desemprego pode ser causa do aumento de ataques

Um dos principais objetivos da pirataria é obter dinheiro, como explicou um antigo pirata à DW. Um ataque pode ser bastante lucrativo para os criminosos.

"Participei nuns 15 ataques. Um resgate, dependendo do tipo de barco, pode variar entre 400 mil euros e 2 milhões de euros", contou o ex-pirata à DW.

Para Femi Adesin, conselheiro especial para os media e publicidade do Presidente nigeriano Muhammadu Buhari por trás deste aumento dos ataques está o desemprego que afeta aquela região. A pirataria é vista como um recurso para a população.

 "Quando as pessoas veem que não há nada de onde possam tirar benefício, sentem que têm de se desenrascar e acabam por causar problemas a atividades económicas que estão a trazer dinheiro para o país", afirma Adesin.

Com a ameaça, empresas de transporte que operem na região e queiram usar terão de investir significativamente mais em segurança.

Entre março e abril deste ano vários países participaram num exercício aeoronaval no Golfo da Guiné, no âmbito do combate à pirataria e narcotráfico. Entre os participantes estiveram também Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe. In “DW” - Alemanha

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