*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).

Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A escravatura, aqui e agora


Recentemente, passaram nas nossas televisões imagens chocantes, se é que ainda é possível, no século XXI, falar de imagens chocantes. No essencial, viram-se africanos a serem leiloados como escravos. Num país africano, ou no que resta dele: falamos da Líbia.

Estranhamente (leia-se: como seria de esperar), as muitas vozes sempre prontas a apontar, da forma mais ruidosa, o dedo aos portugueses de há séculos por terem praticado a escravatura ficaram caladas. Bem compreendemos esse silêncio: habituados que estão a pensar por “clichés” politicamente correctos, a imagem de, em pleno século XXI, ver africanos a escravizar outros africanos não é de todo compreensível.

Na sua visão do mundo, a escravatura é ontologicamente só praticável por europeus em geral e por portugueses em particular sobre africanos. Que há séculos como ainda hoje existam africanos que escravizem outros africanos só pode ser uma impossibilidade ontológica. Por mais evidências que existam dessa prática.

Que essas vozes insistam que Portugal deve hoje pedir desculpas por algo que se passou há séculos e nada digam sobre os mesmos factos que se estão a passar aqui a agora, também é infelizmente bem compreensível. Há muita gente que é capaz de se manifestar contra a fome no outro lado do mundo mas nada fazer se alguma vítima da fome for um vizinho do seu prédio. O “heroísmo” à distância, no espaço e no tempo, é, de facto, para muita gente, bem mais realizável.

Quanto às desculpas que devem ser pedidas aqui a agora, essas vozes nada dirão. Se falassem, acusariam, quanto muito, as potências europeias de terem semeado o caos em África, o que explicaria ainda as imagens da Líbia. Não compreendendo que esse é um argumento que insiste na menorização dos africanos e que, no limite, legitima até, a posteriori, o colonialismo. É tempo dos africanos serem responsabilizados por aquilo que se passa nos seus países. Sem mais alibis.

E a saída para isso também não passa certamente por acolher todos os refugiados que chegam à Europa. Um outro exemplo: recentemente, noticiou-se que membros do exército regular iraquiano estavam a pedir asilo em países europeus, para fugirem ao Estado Islâmico. Que se aceitem, em situações de catástrofe, crianças, mulheres e homens que já não podem combater, nada a opor. Quanto a todos aqueles que ainda podem combater essa catástrofe cada vez maior, a ordem só pode ser: “voltem para os vossos países e lutem pelo vosso futuro!”. Deixar que toda uma geração desista dos seus países é desde já desistir do nosso futuro comum enquanto Humanidade.

2 comentários:

Maria Afonso Sancho disse...

Clarifiquemos ideias acerca da escravatura. E não só...
Fiz shere. Para meditarmos
Obrigada Renato Epifânio.
AbraçoMIL

GT disse...

Caríssimo Professor, num cadinho resumiu tudo o que, em boa verdade, constitui um preconceito inaceitável, contra os Portugueses, e a sua administração de vastas áreas administrativas no Ultramar. Bem como, colocou o dedo na ferida. A Irresponsabilidade e a cupidez dos políticos e da política na hodierna África. O Neo-Colonialismo já lá está, de feição asiática e africana, e é brutal e degradante. Bravo pela coragem de ser incómodo, em tempos de indiferença. GLB.