*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
NIB: 0036 0283 99100034521 85; NIF: 509 580 432
Caso pretenda aderir ao MIL, envie-nos um e-mail: adesao@movimentolusofono.org (indicar nome e área de residência). Para outros assuntos: info@movimentolusofono.org. Contacto por telefone: 967044286.

NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).

Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).

Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 30 de agosto de 2015

Introdução a um Estudo Ensaístico da Doutrina da Cidadania Social - A Doutrina do Quinto Império

Naturalmente quando nos estamos referindo de forma estrutural à Doutrina da Cidadania Social levando-a a um desenvolvimento global que passa pelas seguintes e diferentes fases de desenvolvimento e que são: - 1 – A Doutrina  Eco-Social; 2 – O Espiritualismo Científico; 3 - O Cooperativismo - Cooperativismo Sindicalista; 4 – A Educação Científica da Vontade (Zoismo); 5 – A Nova Figura Institucional do Partido Político Português; 6 –Uma Breve Análise das filosofias do Despertar e Vanguardas Artísticas! -7 – A Principiologia e a Ordem Universal


Vejamos:

1 - A Doutrina Eco-Social
A desconstrução do pensamento Moderno, ao nível social, Daniel Bell (sociedade pós industrial) ou François Lyotard (sociedade pós moderna), significou a conceptualização de um mundo, da Modernidade, que ao reinventar-se com tanta regularidade nos planos científicos e tecnológicos, criando um novo mundo planetário de comunicação, sistemas, informática, robótica, comunicações instantâneas, cultura sem identidade (globalizada), varre o ideal que a Modernidade tentou sempre legitimar, da Revolução Social, da Libertação pela afirmação dos Direitos e das Liberdades (sejam na via Reformista ou Revolucionária).


A Tecnologia uniu o Mundo, mas separou no universo da Noosfera humana, cultura-política, coletivo-sujeito, Estado-Identidade. Com isso recriou um outro processo de socialização, liberto das amarras esquerda/direita, progresso/conservadorismo. Porque a ideologia desaparece como centro da informação/pensamento e cultura, e entra o objeto posse, a tecnologia do momento, de uma cultura? Non engagé? Mas de entretenimento, subliminar, elaborada no plano visual e dos média, mas pobre no sentido e na estrutura de vida, história e pensamento. Da saúde à lei, da educação à justiça, desmantela-se a noção de poder e direito, de democracia representativa e de subida social, por uma socialização instrumental, de aquisição, ou nas palavras de Baudrillard e Lipovetsky uma dissolução do social, na medida em que instaura uma rutura com uma tradição intelectual e cultural, que provém do Renascimento, mas tem o seu auge com a Revolução Francesa, em que o sentido da ação está ligado à instrumentalidade da mesma.



A instrumentalidade, nas palavras de Touraine (1994), é gerida pelas empresas, económicas ou políticas, em concorrência entre si nos mercados; o sentido tornou-se puramente privado e subjetivo. Tudo é possível nas escolhas privadas, porque o público desaparece enquanto instrumento de regulação ética, de comunhão de um coletivo (seja a classe, o grupo, a religião, a nação). Neste sentido, a política que é sobretudo um sentido de ação coletiva, perde referência, e limita-se á pragmática da gestão do quotidiano, abdicando de mudar o mundo, projeto da Modernidade. O único fator, desencadeador, de uma solidariedade global, é o pensamento ecológico, no sentido (que principalmente a ação do Green Peace foi decisiva), em que a ação destruidora da tecnologia e do consumo, pôs em causa o equilíbrio ambiental, mas também em consequência, o equilíbrio dos recursos e portanto a equidade social, intergeracional e entre nações e continentes, assim como da organização económica orientada para exploração global.


Das três tendências do nosso tempo (touraine, 1994), a instrumentalidade tornada ação estratégica, o refúgio na vida privada e a globalização ecologista levantados pelos problemas da exploração tecnológica, só o último poderá ser tendência para a recondução do sentido e da ética humana.


Porque enquanto avança esta decomposição social, em simultâneo, o caos, a exploração dos mercados sobre países, regiões e pessoas, cavando fossos enormes de posse e acesso, cresce a consciência que só um novo pensamento, Eco-Social, que integra a os direitos sociais e ação ecológica (no seu relevo global), pode recuperar o sentido, reorganizar o coletivo, refazer ação política, alterar a conceção de democracia, facilitar políticas Eco-sócio-económicas novas de equidade, redistribuição e ecologicamente sustentáveis.


Para isso é necessário é necessário um aumento de consciência da mudança de estilo e padrões de vida, tomando, simultaneamente consciência do vazio e possibilidade de radical empobrecimento que o consumismo doentio conduz cada ser humano nesta sociedade (Fromm). Esta tomada de consciência está a ser dolorosa, pela via da pauperização de quem antes tinha acesso a todo o objeto de consumo.

A brutalidade acumulativa está a criar o axioma fundamental, uma economia suficiente- uma economia saudável, uma economia livre do consumo doentio. Esta mudança não ocorre por decreto, mas no quadro de um movimento, inspirado nesta nova consciência, movimento que na prática possa se apropriar dos meios de produção, ou que possa definir, como Movimento, influenciar, o que não é mais necessário como consumo de massas, princípio aliás também a abolir.


Neste contexto, as finalidades passam, decisivamente para um processo de empoderamento dos cidadãos sobre a sua consciência de consumidor, das suas necessidades efetivas, através de organizações que limitem o poder das multinacionais, influenciem o Estado e os governos e na forma de democracia económica participativa, com a ajuda de peritos determinem os factores alienação consumista e destruição do Ser (Fromm).



Polanyi (cit in Caldas, 2010) diz-nos em 1944 que o projeto de disseminação do mercado, ou dos mercados, como forma de gestão económica do mundo (visão mutiladora esta), como utopia então da terra plana, era uma distopia, ou seja, porque causaria uma destruição social e ambiental tal que levaria á reação de contra movimentos contra esta utopia (á época nem ele pensou que a própria natureza fosse ela mesma a grande opositora!). Na verdade mais prosaicamente essa utopia está realizada hoje e se chama globalização, e os sofrimentos se concretizaram de modo dilacerante no campo social e no campo ecológico


Se todos somos os sofredores com as alterações climáticas, e portanto a intervenção é global, aqueles que se situam, e muitos são, hoje, nas franjas alargadas da sociedade, mais ainda sofrem as consequências desta doutrina de mercado que Polany identificou como contrária á própria existência humana.


O universo emergente do alternativo, não está ainda ao alcance do universo social da maioria da população. As práticas ambientais exigem não só reeducação, hábitos, mas investimento. Partilha comunitária para a renovação do parque habitacional, da rede de transportes, do aproveitamento energético, para a vida quotidiana. Não podem ser apenas os condomínios privados a possuir formas inovadoras de reaproveitamento energético (lixo, águas residuais, tratamento esgotos, transformação em aquecimento, etc.). Em interligação com a economia, não podem mais continuar a serem escravos de um mercado


As limitações que Polanyi (2000) nos indicou á terra planagem mundial, pelo mercado, aparecem hoje de forma radical.

O Mercado não é solidário. O Mercado não promove a participação. O Mercado não aprofunda a democracia, pelo contrário aprisiona.
O foco é como ir mais além face a este quadro reconhecido e conquistado no propósito do empowerment ecológico que é sociopolítico das populações. A reconstrução económica é essencial. Vimos em Boff (1996) que um dos movimentos essenciais é contra a economia do ilimitado, mas por uma economia do suficiente, num contexto de recursos escassos, mas ilimitadas alianças entre a ciência, a tecnologia, a natureza e o ser humano.


O coletivo toma novamente importância pela organização de comunidades de economia suficiente solidária? Sem desperdícios, avessa á acumulação, á competividade, á exploração humana. Partilha é a base.

Atacar a solidão, do idoso abandonado, por uma nova política de comunidades, utilizando as redes tecnológicas de alerta, utilizando uma espécie de sentinelas permanentes; mas também atacar a solidão daqueles que se refugiam por assumirem na psicoesfera dominante que foram os perdedores do mercado; unindo os sobre endividados em grupos de partilha e comunidades de mercado solidário, assumindo em grupo os processos de mudança para uma vida útil, suficiente, não orientada para o consumo e de combate aos mercados, aos agentes financeiros á agiotagem. Cooperativas, associações, mutualidades, todo o tipo de organizações, cujo escopo e fim é a reintrodução do princípio da crença na bondade, na comunidade contra a exploração e pelos princípios da não acumulação, da liberdade sem ter como condição a adesão ao mercado usurpador da mesma, da solidariedade real na conquista de processos coletivos identificadores de pertença.

Requalificação humana por um ethos consistente que afirme na práxis a alternativa da participação real, da libertação do mercado pela construção de mercados alternativos, de produção conjunta de energias renováveis ao serviço de todos e não de elites de condomínio.

Diz, Álvaro Santos (2011) a ética não é um mero código normativo? Ética é o instrumento pelo qual a profissão reflete sobre o mundo onde está inserida? Nesse sentido e tendo em conta os princípios éticos, e a análise social, que em Tony Judt (2011), nos indica que? Há algo profundamente errado na maneira como hoje vivemos. Durante trinta anos consideramos ser uma virtude a procura da satisfação material: de facto, essa procura constitui agora o que resta do nosso sentido de vida coletiva?

Mas, se o que nos resta é só isso, é porque perdemos a noção do bom, justo, correto em proveito de um projeto neoliberal que iniciou a ascensão nos anos 70 do século passado, e hoje pagamos a longa fartura. Ecologicamente, sociologicamente, politicamente, economicamente, imbricadas que estão as áreas, temos o dever de repensar que o que apresentávamos como objetivo, o progresso humano tem de ser redefinido, redimensionado, não meramente para uma concepção materialista, mas acima e sobretudo de realização global do ser humano, que no mínimo passará por um mercado suficiente, controlado por comunidades exigentes e solidárias e portanto, refundadas.

Antes pois, de propormos, deveremos repensar a formulação do que significa progresso humano, hoje, á luz de uma narrativa liberal que oferecia felicidade = consumo, confundindo-se com progresso.

Um Modelo Eco-Social é pois um modelo que nos vincula a uma mudança do olhar sobre o ser humano e a forma como está/ ou sê no Mundo e no Universo. Porque nos implica total, uma visão de uma humanidade que só existe numa teia de relações, de relações inclusivas (Boff, 1996).

Numa interdependência que contraria a lei do mercado (do mais forte), pelo contrário evidencia a profundidade do elo que cada ser representa na cadeia eco-social, a começar pelos mais pobres e marginalizados. Porque o Modelo Eco-Social responde ao que fundamentalmente está em crise o modelo de sociedade. O Modelo Eco-Social é o que releva no centro, como o maior problema ecológico, na organização socio-tecnológica atual, a pobreza, fruto do desequilíbrio da posse e exploração de recursos e humana. O Modelo Eco-Social, substitui os conceitos dominantes de posse, pelo de cooperação.


Joaquim Paulo Silva - Coordenador da ACPC (Academia do Conhecimento Portus Cale)


2 – O Espiritualismo Científico

Naturalmente quando nos estamos referindo de forma estrutural à Doutrina da Cidadania Social são levados a um desenvolvimento global daquela mesma doutrina, a qual passa por diferentes fases desse mesmo desenvolvimento, os quais são: 1 – O Cooperativismo Eco-Social que acima já tivemos a ocasião de referir de forma objetiva; 2 - pelo Espiritualismo Científico; 3 - pelo Cooperativismo Sindicalista; 4 - pela Educação Científica da Vontade (Zoismo) 5 - e por um aprofundamento das filosofias do Despertar e Vanguardas Artísticas!

Em termos teóricos quando se deu a explosão primordial do “Big Bang”, uma fabulosa energia se expandiu onde as forças centrípetas e centrífugas universais ficaram presentes e atuantes e assim e no tempo de Isaac Newton, a metáfora para o Universo era de um relógio. O Universo seria um mecanismo imenso com rodas dentadas e nele se impunham leis imutáveis. Era o determinismo absoluto; entretanto, Darwin veio a alterar tudo com a sua investigação sobre a “Origem das Espécies”. A metáfora de Charles Darwin.

Era exatamente a oposta! Não havia “determinismo”, sendo tudo acaso e seleção natural. Entretanto a Mecânica Quântica veio reforçar o papel do acaso e por isso mesmo Albert Einstein não gostava dela! Aparentemente esta crucial questão poderia ser posta na seguinte forma: - Uma nova metáfora poderia ser produzida, sendo descrita como: - “ um processo universal criativo” e assim sendo todo o Universo está em evolução!

Vejamos, uma simples e pequena bolota é a base do nascimento de um carvalho que de forma determinada vai dar origem a uma gigantesca árvore que poderá atingir os mil anos ou mais de existência. Trata-se efetivamente de um processo criativo e assim e comparativamente todo o Universo está em evolução, assumindo em termos de futuro formas já determinadas, tal como a bolota do castanheiro, sendo que as próprias leis físicas que regem o Universo evoluem dentro daquela estrutura criativa e expansiva e aqui as leis que assistem os movimentos centrípeto e centrífugo universais atuam de forma determinada dando origem a leis que não são imutáveis, mas sim constantes, que na sua ação vão formando estruturas que ao desdobrarem-se criam novas estruturas ou propriedades emergentes totalmente novas, mas internamente coerentes entre si, teremos, portanto de concluir que existe efetivamente um “determinismo criativo universal que assiste o Universo na sua expansiva imensidade contido num modelo pré-embrião, tal como a bolota do carvalho que contém em si o modelo pré-configurado de uma enorme e milenar árvore que em conformidade com o tempo e o ambiente exterior vai tendo o seu crescimento mais bem-sucedido ou menos, o que nos vai levar à conclusão de que o Universo tem vindo a ter uma expansão acelerada conforme as ainda recentes descobertas científicas dos investigadores norte-americanos, laureados com o Prémio Nobel da Física em 2011 – Saul Perlmutter; Brian Schmidt e Adam Riesse!

Essa mesma expansão acelerada do Universo que deu origem à existência do espaço/tempo preenchido por seres e coisas e simultaneamente à constituição das múltiplas dimensões ou planos onde ocorreram manifestações de formas de vida e todas detentoras de evolução própria! Aqui poderemos concluir o seguinte: de que existe um determinismo universal, cujo modelo é pré-existente que obedece a um “processo criativo”. A palavra “processo” captura o facto de ele ser orientado no tempo, do menos para o mais complexo e a palavra “criativo” reconhece que o acaso não existe sendo possível conhecer o futuro embora este se mostre sempre com cenários dinâmicos e alternativos em função das ações e reações que no tempo presente vão ocorrendo!

No plano científico/espiritualista está hoje já comprovado de que A MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA e que a VIDA EXISTE FORA DA MATÉRIA! Sabemos que tal realidade pode ser comprovada cientificamente e que a Humanidade é observada por um número incontável de entidades que na Terra já viveram em corpo físico. Na realidade o planeta Terra detém duas humanidades, mas o que é mais surpreendente e lamentável é que uma humanidade desconhece a existência da outra!

O ser humano passa por sucessivas transformações na matéria orgânica de que é formado o seu corpo físico e por evoluções por parte da outra componente que é o espírito ou alma.

Enquanto o ser humano não se conhecer na sua composição física, psíquica e espiritual de forma ávida e incansável estará na sua curta existência física a correr atrás das riquezas, dos gozos e dos faustos que a ilusão da matéria lhe vai proporcionando, mas quando se dá o desenlace com o fenómeno chamado morte tudo fica na Terra, riquezas, poder, prestigio levando apenas consigo os seus atributos espirituais que foi desenvolvendo ao longo de sucessivas reencarnações!

É nesta escola que é o mundo Terra que temos a oportunidade de desenvolveresses mesmos atributos que são: - a força de vontade, a disciplina, a capacidade de reflexão, o amor, a amizade, a honestidade, o valor moral, o trabalho, a solidariedade e tantas outras capacidades ou qualidades da alma humana!

O nosso grande Luiz de Camões tinha o conhecimento intuitivo da realidade de que a morte não interrompe a VIDA e revela-se nos Lusíadas – Canto I – 2 que transcrevemos:



E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;




E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.



3 - COOPERATIVISMO - O COOPERATIVISMO SINDICALISTA

A nova doutrina denominada “Quinto Império” assenta em quatro importantes pilares – a Espiritualidade; a Sobriedade; a Solidariedade e a Cooperação! Dentro destes importantes princípios morais e espirituais deve ser assente uma nova ideologia económica autossustentada que idealmente deveria ser prosseguida por todos os países em vias de desenvolvimento e outros ditos avançados tecnicamente que no plano social mantêm igualmente importantes “bolsas de miséria”! Torna-se premente chamar a atenção do cidadão comum de que ele é principalmente a célula que constitui a base da humanidade e assim como a família é outra importante célula que dá autossustentação à vida humana na Terra! Temos de reconhecer de que na atualidade e face aos conhecimentos científicos e técnicos conquistados pelos seres humanos é tempo de começarmos a reconhecer que na fase atual e evolutiva da Humanidade o Capitalismo está sendo ultrapassado! Novos ideais; novos conhecimentos, novos conceitos existem na vida universal onde todos nós estamos naturalmente inseridos! E aqui um novo conceito político surge que apesar de ser novo na nossa atualidade é já velho em relação a outras gerações humanas de um passado histórico e aqui estamo-nos referindo às ordens militares de cavalaria que existiram ao longo da Idade Média, estamo-nos referindo principalmente a Portugal quando recordamos o forte braço lusitano da Ordem do Templo e da nossa prestigiosa Ordem de Cristo! São estas duas importantes e nobres Ordens exemplos vivos de valor espiritual e patriótico que animaram os nossos ilustres antepassados, os quais por si próprios representam uma enorme fonte de estímulo para todos os jovens portugueses e daí a necessidade urgente de ser criado um novo modelo institucional de partido político em terras portuguesas! E aqui podemos inferir da necessidade de ser de novo restabelecido o serviço militar obrigatório para todos os jovens que sendo aquele uma escola de formação de futuros homens e mulheres com carácter e elevada moral, preparando-os para o enfrentamento de novas e imprevistas situações de guerra ou defesa dos nossos valores culturais, históricos, língua e bens materiais contidos no nosso espaço geográfico (mar, ar e terra) da nação portuguesa e que tudo indica que já estão eclodindo novos e tormentosos conflitos!
Teremos de reconhecer de que o sindicalismo português no presente tem urgente necessidade em imprimir uma nova dinâmica face ao desenvolvimento social, político e económico dos tempos atuais e essa mesma dinâmica passa pela aplicação prática da doutrina cooperativista! Podemos afirmar que na realidade o verdadeiro motor da economia fundamenta-se no trabalho e ação do trabalhador que tem nas suas mãos o verdadeiro poder económico face à sua força de trabalho, ao seu conhecimento e experiência e daí a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização emancipadora pela via do cooperativismo e que já liberto da “ganância do lucro” poderá o trabalhador vir a construir novas condições de vida, de progresso e de estabilidade e onde a economia social virá a ser uma sólida realidade!

Assim, o movimento sindicalista português deverá chamar a si uma inovadora estratégia criando as necessárias condições para uma mais completa formação pedagógica, técnica e tecnológica dando ao povo trabalhador a possibilidade de formar as suas próprias empresas cooperativas e daí conseguir-se a desejada independência, libertando-o definitivamente da exploração do capitalismo retrógrado e ganancioso e daí surgir a necessidade do sindicalismo português chamar a si uma nova dinâmica inovadora `sob a sigla de um novo nome que seria – o “Sindicalismo Cooperativo”. Eis, pois uma razão fundamental que justificará plenamente uma reformulação da própria Constituição da República Portuguesa introduzindo um novo regime político onde o sector privado deverá ver reduzida a sua importância e incrementados os sectores cooperativo e público, reforçando-os como os modelos mais adequados e a seguir em favor de um verdadeiro e natural progresso e bem-estar sociais do Povo Português.

4 – Educação Científica da Vontade (Zoismo)

Naturalmente poderemos incluir o estudo da Ciência do Zoismo que é igualmente uma ciência iniciática, mas com a característica de não ser mística em relação às diferentes ciências místicas conhecidas como a Alquimia; a Teosofia e a Cabala que os diferentes ritos maçónicos ao longo do tempo têm vindo a adotar e sendo precisamente o estudo do Zoismo a importante inovação a introduzir nos estudos complementares da Maçonaria para o Século XXI


O estudo do Zoismo dá-nos a técnica dessa mesmo conhecimento! E à medida que o estudante for progredindo nos seus estudos irá conquistando para si uma maior autonomia individual e liberdade de pensamento. Na nova Maçonaria Operativa e em paralelo com as componentes tradicional e ritualística maçónicas estará aliada uma nova ciência denominada Zoismo – Educação Científica da Vontade que tem como seu símbolo precisamente a Letra “Z”, que significa silêncio e portanto os seus praticantes serão chamados de Mestres do Silêncio! Consequentemente o 1º Grau Zoista, corresponde ao 4º. Grau – Mestre Secreto, Alto Primeiro Grau da Loja de Perfeição que vai do 4º. Grau ao 14º. Grau do Rito Escocês Antigo Aceito.

O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há milénios, tendo sido adotado no início do Século XX na América e na Europa, dividiu-se em cinco grandes partes podendo ser estudado em pouco mais de três meses ou em cerca de três anos. A primeira parte – iniciação, ensina-nos o autodomínio pela Educação Científica da Vontade e a disciplina do pensamento, o equivalente ao “desbastar da pedra bruta” que corresponde aos dois primeiros graus simbólicos do REAA; a segunda parte – Império Mental, habitua-nos a confiar em nós próprios ao executarmos exercícios práticos de domínio e de imposições ao meio; a terceira – Zoismo Elementar, adestra-nos praticamente no robustecimento diário das faculdades nobres do ser; sendo a quarta – o Zoismo Superior, põe-nos em contacto com os maiores problemas da vida, ensinando-nos a atuar na existência no sentido do Bem e do Belo e proporcionando-nos exercícios práticos admiráveis de imposições e de exteriorizações do pensamento.

Quanto à última e quinta parte – Estudos Complementares, onde nem todos poderão chegar! O estudante Zoista terá que provar que é uma pessoa honesta, séria e digna, pois ao atingir a 5ª. Fase da Ciência do Zoismo, porque esta fase é apenas destinada aos que “podem esmagar, mas não esmagam”, porque ignoram a inveja, desprezam o ódio e detestam a vingança!

Qual a finalidade prática que se pretende obter com o estudo do Zoismo? O estudante pretenderá alcançar uma maior capacidade de clarividência através do desenvolvimento do autodomínio pessoal; da autoanálise; da capacidade de concentração mental; e maior capacidade de exteriorização do pensamento consciente e direcional; maior capacidade de observação e finalmente a obtenção de uma maior capacidade de memorização!

Uma vez chegados até aqui, dispomos finalmente dos elementos necessários que vão permitir a criação de uma ideologia a que achámos por bem chamar – Doutrina da Cidadania Social, que tem como suportes quatro pilares que são: a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e a Espiritualidade.

Princípios espiritualistas mais avançados apontam para realidade espiritual do ser humano e que justificam plenamente uma alteração drástica perante os grandes, graves e dramáticos problemas quando nos referimos às consequências originadas pelas economias consumistas que estão delapidando rapidamente os recursos naturais do planeta que são limitados e que a espécie humana está consumindo, daí a plena justificação de uma Acão ecológica a nível global que urgentemente terá de ser implementada!

Com base nos princípios desenvolvidos pelo já citado e ilustre investigador Boaventura de Sousa Santos, as democracias quer a representativa quer a participativa terão que vir a ter uma Acão mutuamente conjugada e tendo como sustentação os princípios representados pelo Humanismo e pelo Universalismo que dando origem a uma nova ideologia materializada numa doutrina reforçada com fundamentos da filosofia cooperativista de António Sérgio, poderão servir de fonte de inspiração para um mais amplo desenvolvimento do conceito de cidadania que numa composição de alquimia semântica nos poderá levar a uma nova fórmula de CIDADANIA SOCIAL, onde os tradicionais partidos políticos perdem grande parte da sua expressão dando lugar a um novo estatuto em que o cidadão comum assumirá uma maior e mais direta responsabilidade social, caracterizando-se e distinguindo-se pelos seus atributos que são: -



1 - A Força de Vontade;
2 - A Consciência de si mesmo;
3 - A Capacidade de percepção;
4 - O Poder do Raciocínio;
5 - A Faculdade de Concepção;
6 - O Equilíbrio Mental;
7 - A Lógica;
8 - O Domínio de si mesmo;
9 - A Sensibilidade;
10 - A firmeza de Carácter

São estes, pois, os atributos do cidadão, atributos que serão desenvolvidos ao longo das suas sucessivas reencarnações em corpo físico na aprendizagem nesta Escola a que chamamos planeta Terra, contudo, tal aprendizagem terá as suas bases através da Educação dos Jovens, mas para isso torna-se absolutamente necessário que a célula chamada FAMÍLIA, se mantenha sempre íntegra na sua grande missão em formar espíritos que no futuro virão a ser homens e mulheres de grande valor social, intelectual e espiritual dando origem à formação de uma nova sociedade, onde o factor espiritualidade será sempre uma expressão comum!

Surge a necessidade premente de em Portugal ser criada de uma nova doutrina de cariz ideológico que envolva simultaneamente princípios político/económicos de base espiritualista, onde o factor cidadania assume uma importância relevante e nomeadamente no que toca a uma nova divisão da sociedade que passaria pelo seguinte enquadramento social: -


1 - Cidadãos Infantes;
2 - Cidadãos Estudantes;
3 - Cidadãos Obreiros;
4 - Cidadãos Conselheiros.

Em conformidade com os princípios desenvolvidos pelo ilustre investigador francês, Henri Durville, autor do interessante livro - “A Ciência Secreta” 1926 – Editora Pensamento, referia-se aos ciclos de vida do ser humano que são: a infância; a juventude; a maturidade e a velhice que por sua vez correspondem às quatro estações do ano – Primavera; Verão; Outono e Inverno!

– Os Cidadãos Conselheiros – o 4º. Ciclo da vida humana – a velhice e que corresponde ao Inverno, irá ter nas futuras sociedades do Século XXI, envolvendo uma Acão verdadeiramente determinante para a futura evolução do ser humano no planeta Terra!

Agora, no Século XXI, já dispomos de conhecimentos de base científica que nos vão permitir ter uma compreensão mais consciente do mecanismo das leis naturais e que nós seres humanos no plano físico devemos procurar um maior equilíbrio do nosso relacionamento com a Natureza, sendo portanto, certo fazermos uma comparação entre as estações do ano e os ciclos de vida do ser humano! Certamente que é e será sempre através do estudo e do raciocínio que intelectual e intuitivamente iremos alcançar uma maior evolução e portanto um conhecimento mais lúcido e direto do porquê da nossa existência como seres vivos e da relação que temos com o próprio Universo!

Naturalmente que na Doutrina da Cidadania Social, serão pesquisados e desenvolvidos novos conceitos de ordem científica que irão permitir ao cidadão conforme já afirmámos de prosseguir no seu próprio desenvolvimento social, intelectual e espiritual, desenvolvimento esse que irá contribuir de forma substancial para que seja possível formar uma sociedade mais avançada, feliz em perfeita consonância com as leis naturais e consequentemente respeitando a própria Ação da Evolução Universal que a todos assiste e rege!




5 - A NOVA FIGURA INSTITUCIONAL DO PARTIDO POLÍTICO PORTUGUÊS

O PARTIDO POLÍTICO INICIÁTICO


Este meu artigo é especialmente dedicado a todos os jovens portugueses raparigas e rapazes que amam a sua Pátria – Portugal e que verdadeiramente estão preocupados com o futuro do seu país, pois, naturalmente deles está inteiramente dependente a Pátria Portuguesa! Uma falsa globalização tem vindo a ser instalada a nível planetário por vontade e orientação expressas das elites económicas dominantes e que na verdade são uma muito reduzida expressão da própria Humanidade. Eis, pois, uma boa razão para que o cidadão comum – o trabalhador, comece a conquistar uma nova postura quanto à sua importante missão no seio da comunidade em que se encontra inserido.

.
Nós, cidadãos comuns ao longo de muitos séculos temos vindo a ser manipulados por outros indivíduos humanos que apesar da sua reduzida expressão em número, mas detentores e donos dos principais meios de produção representados pelo poder do “deus dinheiro” ou seja: pelo Capital começam a ver finalmente o seu império a reduzir-se e a limitar-se, mas ainda no Século XXI com suficiente poder para gerar conflitos armados, miséria e morte em países visados pela sua avidez desmensurada na captação de riquezas e poder pessoais, de famílias, etnias e de grupos! Somos de plena opinião de que sempre existiu um governo mundial invisível que deu origem à 1ª. e 2ª. Guerras Mundiais e que vão dar origem à terceira guerra o fenómeno do jihadismo e do conflito ucraniano são efetivamente as primeiras sementes que já estão germinando e que irão dar origem a um novo conflito armado a nível planetário.


O Clube Secreto dos Poderosos.

Cristina Martín Jiménez, jornalista e escritora espanhola é a autora do livro “Clube Secreto dos Poderosos, publicado em 2014, destaca que de entre os três objetivos a que se propõem os “Senhores do Poder” foi a criação de uma nova e única religião para todo o planeta defendendo o pensamento de que não podendo ser destruída a fé das pessoas que fosse criada uma nova religião, uma religião desenhada e controlada pelos “Senhores do Mundo”, mostrando estarem inspirados na religião única criada por Hitler no seu Estado nazi!


O Pensamento para a criação de uma religião única

O pensamento para a criação de uma religião única é já muito antiga e dista dos tempos bíblicos e que já no Século XVII, em Portugal o Padre António Vieira na sua obra “História do Futuro” ali defendia a criação do “Quinto Império” onde um diferente conceito começa a ser definido sendo Portugal a nação incumbida para fundar no planeta Terra uma nova doutrina espiritualista que iria unificar todas as nações, raças e povos. Simplesmente este novo conceito em relação ao estabelecido pelos “Senhores do Poder” agora no Século XXI e pela doutrina nazi no Século XX é de sinal contrário aos fins negros e nefastos destes!


É fascinante observar esse imenso laboratório que é o planeta Terra!
É fascinante observar esse imenso laboratório que é o planeta Terra, onde uma infinidade de experiências vai sendo realizada a um nível simplesmente incrível! E todos esses múltiplos acontecimentos que se vão desenrolando no dia-a-dia ou a todos os instantes das nossas curtas vidas físicas! Atualmente na Europa está ocorrendo uma crescente desacreditação dos partidos políticos e simultaneamente a degradação desses mesmos partidos políticos e o exemplo flagrante disso situa-se na tremenda queda da antiga União Soviética e o estrondoso fracasso do Comunismo e se a queda do Comunismo foi má então a derrocada do Capitalismo será dramática perante uma onda infernal de fundamentalismo que está afetando uma importante região do planeta e que se vai infiltrando através de “quintas colunas” em diferentes países do Ocidente, espalhando morte e medo. Aqui e na origem de todos estes acontecimentos terríveis e dramáticos têm a sua real causa na manipulação realizada por mentes doentes e obcecadas de indivíduos detentores do poder material fundamentado em enormes recursos financeiros que vão sendo aplicados em diferentes países e ou regiões do planeta gerando guerras, destruições e conflitos sociais de toda a ordem apenas com a intenção condenável de dominar e conquistar novos mercados na obtenção de mais lucros e onde os especuladores financeiros e as grandes empresas procuram de forma ávida sugar as riquezas das nações. O cidadão comum coletivamente representa muito mais de dois terços da população mundial e um número muito restrito de indivíduos a nível mundial controlam, dominam e exploram em seu exclusivo proveito os recursos e energias da maioria dos países existentes no mundo. Eis, pois, urgente que os trabalhadores representados pelos seus Sindicatos se unam numa “frente comum” juntando a sua experiência e conhecimentos técnicos, criando novas estruturas sociais e fabris que façam frente à monstruosa máquina do neocapitalismo, defrontando-a com iguais armas que os recursos materiais e o trabalho e engenho humanos unidos poderão desenvolver. A Constituição da República Portuguesa contempla três setores distintos de atividades – o setor privado; o setor público e finalmente o setor cooperativo e social de propriedade dos meios de produção (Artigo 80º. (Princípios Fundamentais). É chegada a altura de se repensar a importância crescente do terceiro setor agora apontado por nós e no qual vemos a possibilidade de a própria democracia ser reformulada no sentido mais humanamente social e económico e tendo como base uma mais direta participação do cidadão comum na vida comunitária quando todos os seus representantes políticos sejam eleitos pelo voto direto e individual. Assim, cada candidato terá que defender pessoalmente a sua própria candidatura a qualquer lugar político junto da comunidade em que se encontrar inserido e só assim será possível a realização plena da democracia participativa.



A nova figura institucional do Partido Político Português
Nada de novo foi inventado e o ser humano de forma sábia e consciente compreende e segue de forma racional e progressiva as lições e os exemplos extraordinários que a Natureza através das suas leis tem vindo a imprimir desde a formação do planeta e dessa mesma ação surgiu a manifestação multidiferenciada da vida orgânica e inorgânica na Terra. No caso específico do ser humano ao nascer neste mundo físico vai naturalmente ser submetido a uma iniciação adequada à sua formação e desenvolvimento estando este último sujeito a quatro fases vivenciais que compreendem em sentido evolutivo a infância; a juventude; a maturidade e finalmente a velhice, o que surpreendentemente poderemos comparar na respetiva ordem natural à Primavera; ao Verão; ao Outono e ao Inverno! Todas as fases da iniciação por que passam os seres humanos compreendem sempre a sua formação física e o seu desenvolvimento que vai contemplar diferentes campos evolutivos, tais como: o somático, o psíquico e o espiritual. Na realidade e no que se refere à nova figura institucional do futuro Partido Político igualmente poderemos considerar que o respetivo militante irá ter uma iniciação em conformidade com a natureza e estruturas ideológicas do referido Partido, passando por uma fase de formação cívica; política e de militância. Conforme afirmámos inicialmente e no campo cívico/moral o iniciado militante deve assimilar e praticar os quatro princípios básicos já referido que são exatamente – a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e finalmente a Espiritualidade, sendo este último princípio correspondente ao Inverno da vida do ser humano – estação onde aquele atinge a plenitude do seu desenvolvimento intelectual e espiritual.

Eis, pois uma boa conclusão ao seguirmos o exemplo da Mãe Natureza, aplicando a mesma orientação seguida por aquela num novo modelo ou figura institucional de um dado partido político, indo buscar a história; a cultura do respetivo país, inspirando-se no caso de Portugal nas suas históricas e nobres Ordens Religiosas Militares, restaurando mesmo o espírito da Ordem de Cristo e insuflando-o nas mentes jovens portuguesas, desenvolvendo o amor-pátrio e mobilizando-as numa causa superior da Nação como objetivo máximo e conducente ao desenvolvimento material e espiritual de Portugal e nessas mesmas bases desenvolver então um projeto de Lusofonia integralmente virado para a cooperação e solidariedade com todos os países que falam a língua portuguesa e daí dando razão ao grande poeta Fernando Pessoa que afirmava que “ A minha Pátria é a Língua Portuguesa!” De facto, nós Portugueses dispomos de material riquíssimo que nos poderá permitir desenvolver uma nova perspetiva de vida, partindo de novas premissas completamente soltas, livres de cansadas ideologias ortodoxas, onde poderemos optar por uma nova economia de autossustentação em que a importância do “lucro” passa a um plano inferior substituído por novos ideais de vivência e desenvolvimento sociais onde princípios como a Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e a Espiritualidade serão os pilares fundamentais de uma nova ordem social, política e económica que fundamentada no conhecimento científico iremos alargar a nossa compreensão do Universo na importante busca de conhecê-lo e sobretudo de nos conhecermos a nós próprios como entidade vivas, inteligentes e formadas por corpo e espírito, buscando, assim conhecer finalmente a verdadeira razão da nossa origem e o porquê da nossa existência no contexto universal!




6 . As Filosofias do Despertar e as Vanguardas Artísticas

Nesta área teremos de reconhecer de que o terreno a pisar será sempre escorregadio e incerto. Quando nos referimos às Filosofias do Despertar estarão estas ligadas às descobertas da Renascença eclodidas na música; na arquitetura e ainda de forma predominante na Ciência? Pensamos que sim! O Despertar estará sempre ligado ao “despertar” do ser humano para as grandes realidade da vida e do Universo! Estaremos com Fernando Pessoa no seu Poema Mensagem: -


“NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

                                       É a Hora!”

Que notável pensamento Pessoano ao mergulhar na “alma” de Portugal, onde “tudo é incerto e derradeiro” quando o ser humano se desconhece como um ser vivo, mas de natureza dupla – espiritual e material. A material a Ciência já a explica, mas a espiritual ainda está “encoberta” ao verdadeiro conhecimento científico. Um dos importantes defensores das Filosofias do Despertar e das Vanguardas Artísticas como é o caso do Ilustre Rémi Boyer, dirigente da revista francesa – L`Esprit des Choses que defende a Filosofia do Incoerismo! Certamente que esperamos a cooperação por parte do Ilustre Rémi Boyer ao dar-nos a honra de vir a contribuir para esta “Introdução a Um Estudo Ensaístico da Doutrina da Cidadania Social”. Aqui lhe deixamos o nosso repto!

Contudo, não resistimos em desenvolver uma aparente contra-argumentação precisamente sobre a Filosofia do Incoerismo que de certo modo vai ao encontro do pensamento de Fernando Pessoa no seu Poema Mensagem, tendo pleno enquadramento face ao estado evolutivo da Humanidade que desconhece quase em absoluto a sua natureza psíquica e espiritual. No entanto e no que se refere ao próprio Universo a Filosofia do Incoerismo não tem base argumentativa! Vejamos:

Em termos teóricos quando se deu a explosão primordial do “Big Bang”, uma fabulosa energia se expandiu onde as forças centrípetas e centrífugas universais ficaram presentes e atuantes e assim e no tempo de Isaac Newton, a metáfora para o Universo era de um relógio. O Universo seria um mecanismo imenso com rodas dentadas e nele se impunham leis imutáveis. Era o determinismo absoluto; entretanto, Darwin veio a alterar tudo com a sua investigação sobre a “Origem das Espécies”. A metáfora de Charles Darwin era exatamente a oposta!

Não havia “determinismo”, sendo tudo acaso e seleção natural. Entretanto a Mecânica Quântica veio reforçar o papel do acaso e por isso mesmo Albert Einstein não gostava dela! Aparentemente esta crucial questão poderia ser posta na seguinte forma: - Uma nova metáfora poderia ser produzida, sendo descrita como: - “ um processo universal criativo” e assim sendo todo o Universo está em evolução! Vejamos, uma simples e pequena bolota é a base do nascimento de um carvalho que de forma determinada vai dar origem a uma gigantesca árvore que poderá atingir os mil anos ou mais de existência. Trata-se efetivamente de um processo criativo e assim e comparativamente todo o Universo está em evolução, assumindo em termos de futuro formas já determinadas, tal como a bolota do castanheiro, sendo que as próprias leis físicas que regem o Universo evoluem dentro daquela estrutura criativa e expansiva e aqui as leis que assistem os movimentos centrípeto e centrífugo universais atuam de forma determinada dando origem a leis que não são imutáveis, mas sim constantes, que na sua ação vão formando estruturas que ao desdobrarem-se criam novas estruturas ou propriedades emergentes totalmente novas, mas internamente coerentes entre si, teremos, portanto de concluir que existe efetivamente um “determinismo criativo universal que assiste o Universo na sua expansiva imensidade contido num modelo pré-embrião, tal como a bolota do carvalho que contém em si o modelo pré-configurado de uma enorme e milenar árvore que em conformidade com o tempo e o ambiente exterior vai tendo o seu crescimento mais bem-sucedido ou menos, o que nos vai levar à conclusão de que o Universo tem vindo a ter uma expansão acelerada conforme as ainda recentes descobertas científicas dos investigadores norte-americanos, laureados com o Prémio Nobel da Física em 2011 – Saul Perlmutter; Brian Schmidt e Adam Riesse!

Essa mesma expansão acelerada do Universo que deu origem à existência do espaço/tempo preenchido por seres e coisas e simultaneamente à constituição das múltiplas dimensões ou planos onde ocorreram manifestações de formas de vida e todas detentoras de evolução própria!

Aqui poderemos concluir o seguinte: de que existe um determinismo universal, cujo modelo é pré-existente que obedece a um “processo criativo”. A palavra “processo” captura o facto de ele ser orientado no tempo, do menos para o mais complexo e a palavra “criativo” reconhece que o acaso não existe sendo possível conhecer o futuro embora este se mostre sempre com cenários dinâmicos e alternativos em função das ações e reações que no tempo presente vão ocorrendo


7 - A Principiologia e a Ordem Universal
Regressando ao ano de 2021 e precisamente no momento em que o Grão-Mestre da Ordem de Cristo, Guardiã perante uma assembleia de Mestres Zoistas dissertava sobre um importante tema intitulado – “A Principiologia e a Ordem Universal”. Vamos então ouvi-lo;

Podemos afirmar que a capacidade intuitiva humana define-se por um poder mental que se apresenta sob uma forma de síntese contida num ponto geométrico, o qual em si, poderá conter o conhecimento do Universo, tal é a importância da intuição na vivência quotidiana do ser humano.

Estas minhas reflexões têm por base num livro escrito em 2015 intitulado – Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova perspetiva Social e cujo autor é desconhecido e que apenas sabemos que foi maçom, mas o que é mais surpreendente é que este nosso antigo irmão maçom veio a influenciar com as ideias defendidas por si as bases doutrinárias da nossa Augusta Ordem!

Penso que ao escolher este tema – Uma Abordagem Teórica aos Princípios da Principiologia, a Ciência que estuda os Princípios da Ordem Universal, foi sempre fundamentado numa nova perspetiva que no seu desenvolvimento procura a explicação do conhecimento das Causas Primeiras que deram origem à formação do Universo!

Sobre este transcendente tema trata-se de uma simples abordagem teórica a uma ciência que procura de facto estudar os Princípios que regem efetivamente o Universo e a tudo aquilo que a ele está ligado ou seja a Ordem Universal.


Na verdade foi Adriano Moreira, ilustre professor universitário, politólogo e ilustre intelectual português, cuja data de nascimento foi no ano de 1922, do Século passado e que numa entrevista dada num dos Canais da Televisão portugueses já no início do Século

XXI utilizou aquele mesmo vocábulo – Principiologia, dando a esta expressão uma intencional ênfase e daí surgiu a nossa curiosidade pela análise e compreensão de tal palavra podendo a mesma a vir permitir-nos um novo desenvolvimento agora numa perspetiva que diríamos Principiológica em compreender a natureza humana e a realidade que envolve o próprio Universo!

De facto, a palavra: - "Princípio" tem a sua raiz no latim -" Principium", o que significa, a primeira formação de uma coisa; causa primária; regras fundamentais e gerais de qualquer ciência!

No alto Grau Filosófico – 30º. Cavaleiro Kadosch, do Rito Escocês Antigo e Aceite da Maçonaria Tradicional e Universal. Este alto Grau tem como legenda a expressão latina - Ordo Ab Chao – A Ordem Saída dos Caos.

Reparai bem: “ A Ordem Saída do Caos!” Vejamos: - Na Física Quântica, segundo o Princípio da Incerteza de Heisemberg, que aponta sobre a não existência de um determinismo universal, podendo-se concluir, portanto, de que o caos marca uma presença que consideramos relativa e que faz parte da própria expansão do Universo!

No referido Alto Grau – Cavaleiro Kadosch, a velha questão ainda não resolvida em termos maçónicos e que está relacionada com o livre arbítrio, ou seja ter a plena independência de pensar e agir está presente no referido Grau 30º e face ao “Princípio da Incerteza de Heisemberg”, confirma-se a validade do livre arbítrio, atributo moral máximo conseguido pelo ser humano na sua longa e difícil marcha evolutiva no planeta Terra!

A Física através do estudo e da investigação da mecânica quântica tem vindo a desbravar novas áreas que apontam para novas e desconhecidas formas de energia no universo das subpartículas do átomo, tais como: os fotões; gravitões; os quarks e outras subpartículas e respetivas antipartículas;

Há medida que a Ciência for penetrando na intimidade do Campo Quântico e com a eventual descoberta de novas e diferentes partículas como por exemplo o famoso “ Bosão de Higgs”, que na nossa perspetiva é errado ser chamada de “partícula de Deus, a Ciência irá finalmente compreender de que a “partícula de Deus” na verdade é o ser humano na sua dupla natureza – a física e a espiritual, sendo a primeira matéria e consequentemente sujeita às leis da transformação, a segunda, o espírito é pura energia inteligente que em obediência às leis da evolução e no seu trajeto cósmico retorna ao ponto Alfa, donde o Universo se expandiu e daí o pressuposto de filosoficamente sermos considerados deuses não poderá ser considerado irrelevante!

A origem do Universo teve o seu início com o “Big Bang”, uma explosão cósmica primordial e nela ter-se manifestado um determinado tipo de energia a que poderíamos chamar de “energia universal” libertada pela explosão cósmica do referido “Big Bang”. A Ciência no seu estado atual de desenvolvimento admite que essa mesma “energia universal” se apresenta sob quatro formas, a ver: - a força de gravidade; a força electromagnética; a força nuclear forte e finalmente a força nuclear fraca. Contudo, a Ciência sabe que ainda está limitada na sua abrangência universal e a sua grande meta é atingir o conhecimento global do chamado “Campo Unificado das energias do Universo.

Dessa mesma força universal, destaca-se a energia criadora que assumindo várias formas através da modelação da matéria vai ocupando posições próprias dando início à Ordem saída do Caos na respetiva formação do Universo, originando assim a transformação da matéria e a evolução da força, força esta que no planeta Terra assume a máxima expressão da Vida que é precisamente o ser humano na sua componente espiritual!

Na verdade pensamos que as Filosofias do Despertar e as Vanguardas Artísticas e que através da Filosofia do Incoerismo, tão bem defendidas pelo nosso Ilustre Rémi Boyer poderão de forma decisiva vir a completar e a enriquecer a estrutura arquitetónica da Doutrina da Cidadania Social que o MCPC – Movimento Cívico Português Para a Cooperação pretende implementar em Portugal e que irá nascer na Cidade Invicta!
                                                                                                                           Pela Verdade! Por Portugal!


Jacinto Alves, Membro fundador da ACPC    (Academia do Conhecimento Portus Cale) e autor do livro "Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império) Chiado Editora.

Sem comentários: