Ainda sobre Vasco Graça Moura,
salientemos aqui a sua obra A Identidade
Cultural Europeia, publicada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, no
final de 2013. Não tanto pela sua extensão, mas, sobretudo, pela sua densidade,
lemos esta obra como uma espécie de “testamento espiritual”, na sua apologia
desassombrada da Europa enquanto “identidade cultural”. Decerto, a proximidade
da morte acentuou ainda mais esse seu característico desassombro, bem evidente
em várias passagens da obra – a título de exemplo, atentemos nesta: “Não pode
tolerar-se que o politicamente correcto ou um mal disfarçado propósito de, em
nome de outras orientações pretensamente racionalizadas, equipare um totem da
Papuásia e um quarteto de Beethoven ou a uma obra de Piero della Francesca” (p.
33).MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Desde 2008, "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia
Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/
"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silvaquinta-feira, 2 de outubro de 2014
Ainda sobre Vasco Graça Moura
Ainda sobre Vasco Graça Moura,
salientemos aqui a sua obra A Identidade
Cultural Europeia, publicada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, no
final de 2013. Não tanto pela sua extensão, mas, sobretudo, pela sua densidade,
lemos esta obra como uma espécie de “testamento espiritual”, na sua apologia
desassombrada da Europa enquanto “identidade cultural”. Decerto, a proximidade
da morte acentuou ainda mais esse seu característico desassombro, bem evidente
em várias passagens da obra – a título de exemplo, atentemos nesta: “Não pode
tolerar-se que o politicamente correcto ou um mal disfarçado propósito de, em
nome de outras orientações pretensamente racionalizadas, equipare um totem da
Papuásia e um quarteto de Beethoven ou a uma obra de Piero della Francesca” (p.
33).
4 comentários:
Muito discutível...
Para mim não existe identidade europeia.
Em termos de identidade Noruega, Suíça ou Canadá estão para mim absolutamente equidistantes. Existe uma identidade chamada cultura ocidental. Digo mais, sinto-me muito mais identificado com o Canadá culturalmente do que com a Letônia.
A Europa (UE) é o produto do axioma da contiguidade geográfica impostos por certos grupos globalizadores. Essa imposição existe desde a segunda guerra mundial e serviu tanto pra a formação de novos blocos regionais como para a formações das independências. Quase todas as regiões contíguas se independentizaram num só país.
Por isso na minha opinião a UE é um contraponto à CPLP e não uma via paralela. Poderia ser se tivesse nascido em outro contexto e com outras intenções.
“deve notar-se que cada americano é capaz de bater no peito e de se declarar pronto a morrer por ‘the Nation’, seria bizarro esperar-se a mesma atitude da parte de um europeu. Ninguém se mostra disposto a dar a vida pela Europa…”
Isto diz muito.
Eduardo Aroso
Sobre o assunto
"PAZ À SUA ALMA"
Outros mortos gloriosos me acompanham dia a dia, sendo um deles muito recente, que devemos falar e debater
"Nelson Mandela"
Enviar um comentário