Segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM), o Governo
moçambicano e a Renamo, principal partido da oposição, assinaram recentemente
em Maputo os três documentos essenciais para o fim das hostilidades militares
que assolam o país há mais de um ano.
Os documentos assinados correspondem a um memorando de
entendimento sobre os princípios gerais para o fim da violência militar, os
termos de referência da missão de observadores militares internacionais que vão
fiscalizar o fim das hostilidades, bem como os mecanismos de garantia de
implementação dos acordos, que incluem a aprovação de uma lei da amnistia para
procedimentos criminais que tenham ocorrido durante o período de confrontação.
Não podemos deixar de nos congratular com este Acordo que parece
pôr fim a um longo ciclo de desconfiança que, para além das trágicas mortes
provocadas, chegou a pôr em causa o próprio futuro do país enquanto espaço de
convivência pacífica entre todos os cidadãos moçambicanos. Fazemos votos para
que este Acordo seja escrupulosamente respeitado por ambas as partes, em prol
de um futuro fraterno. É essa a exigência de todos os cidadãos moçambicanos,
mais amplamente, de todos os cidadãos lusófonos.
Post-sciptum: recordamos, a este respeito, a Declaração que o
MIL_Moçambique emitiu em devido tempo:
O MIL_Moçambique segue com a maior preocupação os mais recentes
acontecimentos no nosso país – em particular, a aparente tentativa, por parte
do Governo sustentado, legitimamente, pela Frelimo, de derrubar pela força a
Renamo, o que faz temer o regresso da guerra civil de tão triste memória.
Sabemos que o Acordo Geral de
Paz, celebrado em Roma, há já mais de duas décadas (1992), que pôs formalmente fim
a uma guerra civil que durou mais de quinze anos, entre a Renamo e a Frelimo,
não preveniu devidamente todas as condições para a paz. Sabemos que, como em
todos os processos, há culpas de parte a parte.
Não podemos, porém, estar sempre
a procurar culpados – quer no passado mais recente, quer no passado mais
remoto. Se assim fosse, teríamos que de novo reavaliar todo o atribulado
processo de descolonização. Há fases da vida em que temos que sobretudo olhar
em frente, para o futuro. Por isso, apelamos a todas as partes envolvidas um
esforço suplementar em prol da paz. É esse o mais profundo desejo de todos os
moçambicanos e de todos os nossos irmãos lusófonos.
MIL: Movimento Internacional
Lusófono
8 comentários:
Dou meu voto favorável. Moyses Barbosa (Conselho Consultivo- BRASIL) Abraços Fraternos.
O POVO MOÇAMBICANO HÁ MUITO QUE NECESSITA DE PAZ E PROGRESSO, PORTANTO TOTALMENTE FAVORÁVEL À MANIFESTAÇÃO, CERTAMENTE QUE PARA A MIL SERÁ MOTIVO DE GRANDE SATISFAÇÃO, PELO SENTIMENTO DE ESTAR A CUMPRIR COM OS SEUS OBJETIVOS
VITORINO MORGADO- BRASIL
concordo com o texto
alexandre banhos
Tanto em Moçambique quanto nos demais países dos Palop onde houve guerra civil, as lideranças das diversas facções políticas devem se conscientizar de que guerras civis impedem o progresso dos países. Moçambique é um dos países que mais tem potencial de crescimento econômico e por consequência, desenvolvimento social, se fizer os investimentos certos, principalmente na área de educação escolar e universitária, de forma a ter mão de obra especializada no futuro. Os povos africanos devem deixar de lado as rivalidades étnicas ou ideológicas e começar a correr atrás do progresso econômico e do desenvolvimento social.
Mesmo aqui no Brasil, a democracia é fraca, apesar de ter a aparência de ser sólida. O que vai fortalecer a democracia em qualquer país é a participação popular, e não as armas de guerra. O bom funcionamento da democracia implica em discordância de opiniões com tolerância e respeito.
Que haja paz em Moçambique e também em todos as demais regiões da Lusofonia!
Concordo.
Cordialmente,
Jorge P. Rodrigues
O texto reflecte a realidade. Da minha parte espero que a paz não seja apenas uma miragem. O povo moçambicano não merece mais um chacina.
os políticos devem usar o bom senso.
ab
artur manso
Congratula-se a ONGD Korsang di Melaka, com o memorando de entendimento, onde a paz é o pilar do progresso de todos os povos.
No mundo onde teremos que viver, o respeito pelos direitos humanos, obrigam à paz e ao entendimento.
Pela LUSOfonia bem hajam!
Luisa Timóteo
Concordo a 100%.
VIRGÍLIO CARVALHO Dr.).
Enviar um comentário