Na verdade torna-se difícil definir o pensamento de Fernando Pessoa, quando no seu poema “Mensagem” se refere ser “chegada a hora”, muito possivelmente estava visualizando o futuro de Portugal, incitando os Portugueses a reagirem perante circunstancialismos que de uma forma penosa e humilhante estão surgindo sob o olhar surpreso do cidadão português comum, o qual no seu olhar sobre a atualidade apercebe-se do comportamento das chamadas elites portuguesas formadas por grandes homens de negócios desonestos e pelos políticos vendilhões da Pátria e alguns e importantes responsáveis dirigentes têm vindo a argumentar que o povo português tem vivido acima dos seus recursos, o que na verdade é uma monstruosa falácia, fruto de mentes moralmente doentes, eivadas de vícios e intencionalidade. A data do dia 25 de Julho de 2014, em que o histórico e último banqueiro português foi presente num dos Tribunais de Lisboa para prestar declarações sobre o colapso financeiro dum dos mais importantes e poderosos grupos económicos e financeiros portugueses, saindo desse mesmo Tribunal na condição de arguido e sujeito a humilhantes sanções é um comprovativo sólido sobre a falsidade da tal falácia acima denunciada e Igualmente a data de 25 de Julho de 2014 está associada a uma outra data – 23 de Julho de 2014, que na cidade de Díli em Timor Leste, onde foi realizada a X Conferência de Chefes de Estado da CPLP, que por via consensual admitiu como membro de pleno direito a Guiné Equatorial, país dirigido por uma ditadura cruel e odiosa! Na cidade de Díli as mais altas figuras representativas do Estado Português constituídas pelo Presidente da República e o Primeiro-ministro perante os Portugueses e o mundo foram humilhados e Portugal viu naquela cerimónia histórica o derrube humilhante da sua dignidade e prestígio como nação velha de nove séculos e a primeira nação europeia a descobrir e dando ao mundo novos mundos, orgulhosa potência militar e económica nos Séculos XV e XVI, chegando a dividir o planeta em duas partes distintas e numa delas dominando. Também o Ano de 1139, data da fundação de Portugal, guiada e sustentada pelo nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, é na verdade um ano que se contrapõe àquelas datas já anunciadas por nós, a data de 1139, início da nossa existência e expansão histórica e gloriosa como nação enquanto as outras duas datas representam a decadência de Portugal e dos Portugueses. A questão que agora se põe é a seguinte: E AGORA O QUE VAMOS FAZER? Ao povo português é chegada a altura de “abrir os olhos” e aperceber-se qual a razão ou razões da decadência do seu país.
As origens já são finalmente conhecidas por nós e essas mesmas origens estão localizadas nas chamadas “elites portuguesas” formadas por dirigentes, responsáveis situados nos diferentes sectores das atividades portuguesas, nomeadamente político, económico e financeiro. Sabemos quem são os responsáveis diretos pelo colapso português. A democracia não existe só para que os oportunistas, exploradores, traficantes, especuladores e saqueadores da riqueza social possam atuar abusivamente de forma impune, mas sim, a Democracia foi feita para que haja liberdade responsável com a qual o cidadão comum possa evoluir material, intelectual e espiritualmente contribuindo para o seu progresso pessoal e para o desenvolvimento correto da própria comunidade em que se encontra inserido. Não vamos fazer uma revolução em termos de violência com derramamento de sangue e eliminação pura e simples dos respetivos causadores do colapso português. Em termos históricos será essa a natural tendência, mas estamos no Século XXI e o povo português, povo velho de 900 anos atingiu já uma desejável maturidade moral e espiritual, nós cidadãos comuns temos de procurar uma nova solução fundamentada em genuínos princípios democráticos que só num ato eleitoral nacional poderá ser conseguido e alcançando-se uma maioria esmagadora democrática vamos alterar a nossa Lei Constitucional, onde os abusadores, exploradores e prevaricadores não terão lugar! Assim, teremos de introduzir um novo regime político fundamentado na Solidariedade; Cooperação; Sobriedade e Espiritualidade que o setor cooperativo e social contido na atual Constituição da República Portuguesa e cujos princípios gerais estão corporizados numa nova ideologia apresentada no meu segundo livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” publicado em 2013 pela Chiado Editora que detém e confere ao setor cooperativo e social uma importância mais ampla e objetiva, passando a ser predominante nas atividades gerais dos Portugueses, tornando Portugal num verdadeiro Estado Cooperativo e Social e na base desse novo regime político, económico e moral poderemos igualmente apoiar outros povos dispersos pelo mundo que estão ligados a Portugal pela História e pelos laços de sangue e então sim! A LUSOFONIA será verdadeiramente uma realidade influenciadora, benéfica e global no mundo!
Jacinto Alves
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