Enquanto
movimento cultural e cívico, o MIL: Movimento Internacional Lusófono não
apoiou, nem tinha que apoiar, nenhuma das listas que se apresentaram às
Eleições Europeias, que decorrerão no dia 25 de Maio. Nem por isso, porém, o
MIL deixou de acompanhar a campanha eleitoral, na expectativa de que alguma
dessas listas defendesse uma visão de Portugal e do Mundo próxima da nossa.
Sem
surpresa, isso não aconteceu. Como já se tornou manifesto ao longo desta
campanha, nenhuma das listas equaciona a integração de Portugal no espaço
europeu em articulação com a nossa integração no espaço lusófono, como seria
desejável. Mesmo aqueles que se assumem como mais reticentes à integração de
Portugal no espaço europeu, não tomam tal posição em prol de uma maior
integração no espaço lusófono, pelo aprofundamento, a todos os níveis –
cultural, social, económico e político –, da CPLP: Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa.
Não
sendo contra a integração de Portugal no espaço europeu, o MIL é assumidamente
a favor de uma maior integração de Portugal no espaço lusófono, sendo, a nosso
ver, a partir desta que aquela se deve equacionar. No mundo que sairá da crise
global que atravessamos, o papel de Portugal na Europa será tanto mais forte
quanto mais estreitos forem os laços com os demais países e regiões do espaço
da lusofonia, sem esquecer as várias diásporas
É
nos momentos de crise, como o que vivemos, que mais importa ter em
consideração, ao escolhermos os representantes de Portugal no
Parlamento Europeu, qual é a visão estratégica para o país em que cada um
dos candidatos faz assentar o seu programa. Lamentamos constatar que
continua a faltar essa visão estratégica. Cada vez mais, os debates políticos
resumem-se a uma retórica oca e bacoca, em que as poucas propostas apresentadas
têm apenas em vista o futuro imediato. Mesmo o fim do chamado “período da troika”
não propiciou, como seria exigível, uma prefiguração do país a médio-longo
prazo. Resta perguntar: até quando?
Urge,
cada vez mais, uma profunda renovação da nossa classe política. O sistema
partidocrático, refém do sectarismo ideológico esquerda-direita, inviabiliza, à
partida, essa necessária renovação. Como o MIL de forma pioneira defendeu numa
Petição entretanto apresentada na Assembleia da República, importa, entre
outras medidas, permitir as candidaturas independentes à Assembleia da
República. Como então dissemos: “Só assim, com Deputados que livremente
representem aqueles que os elegeram e que não sejam apenas uma caixa de
ressonância dos respectivos Partidos, teremos uma verdadeira Democracia
Representativa.”.
MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL
LUSÓFONO
MIL_Portugal
13 comentários:
Estou de acordo.
Importa ressalvar 3 pontos importantes:
1) inexistência de uma estratégia nacional: falta de rumo e objectivos concretos e objectivos
2) Portugal enquanto porta de entrada numa Europa envelhecida e também ela sem conceito estratégico definido
3) A questão endógena da qualidade da classe política e do acesso da sociedade civil e do cidadão altruísta e que quer participar por dever, esquecendo os interesses e ambições partidárias que têm desconfigurado a política, o político e o Pais.
Concordo com o essencial do texto. Portugal, para se regenerar, tem que mostrar sempre uma imagem de universalidade.
Eduardo Aroso
de acordo
Concordo com o teor e a orientação da declaração. Portugal, para manter a sua identidade e reforçar a sua posição na Europa e no mundo tem necessariamente de reforçar os seus laços históricos e de cooperação com os países lusófonos.
José A. Sequeira Carvalho
EU PARTICIPO E APOIO A IDEIA DE CANDIDATURAS INDEPENDENTES, POR OUTRO LADO, NÃO SEIS SE AS LEIS CONSTITUIDAS NA UE PERMITEM ESTE TIPO DE CANDIDATURA AUTONOMA. ENTENDO AINDA, QUE OS PARTIDOS POLÍTICOS NÃO SÃO OS DONOS DA NAÇÃO, SENDO CERTO QUE OUTRAS MANIFESTAÇÕES SOCIAIS, POR VEZES SÃO MAIS REPRESENTATIVAS DO POVO DO QUE PROPRIAMENTE OS PARTIDOS POLÍTICOS.
Certeiro.
Concordo com a declaração. Apenas uma nota, escrita com um sorriso: não diria que existe propriamente um «sectarismo ideológico esquerda-direita», porque, ao nível dos partidos «do sistema», verifica-se mais a existência de uma «esquerda hard» e de uma «esquerda light»... ;-)
Concordo com a declaração.
Não se compreende como é que tendo Portugal um pensamento e uma filosofia tão próprios com provas dadas em épocas como a Fundação do país os Descobrimentos e mais recentemente o Estado Novo, quaisquer destas fases, principalmente as últimas duas, com repercussões extremamente benéficas sobre extensas regiões do Globo, se tenha deixado enlear por matrizes estratégicas avessas ao Espírito Nacional e comprovada e reiteradamente assassinas do Homem em toda a integridade do seu ser. As provas estão à vista de todos e tendem a piorar. Os Portugueses têm noção destas realidade? Têm. Quais são afinal as dificuldades que os governantes encontram para poderem desenvolver as suas estratégias? Quem é que vos "cuida" da imagem que faz com deixeis de ter confiança em nós e nós em vocês?
Concordo que Portugal devia reforçar os seus laços com os países de língua portuguesa, além da sua integração na Europa.
Vão 600 anos que Portugal prestou ao mundo, (entre muitos) o valioso contributo da "UNIVERSALIDADE".
Provam as comunidades portugueses em todos os cantos do mundo.
Os valores que perduram, língua, cultura e religião, superiores a todos os discursos dos que tentam apagar a história, ou porque a desconhecem.
Concordo e não inventamos nada. O mundo global já foi a inquietação dos mortos gloriosos lusofonos. Que a memória não apague as inquietações de cada um de nós no presente,como bandeira pela construção da LUSOFONIA.
Bem hajam
Luisa Timóteo
Concordo. Gostaria de ver o MIL a liderar uma candidatura a eleições em Portugal.
Aceitam uma sugestão? Eu seu que o MIL não é um partido político mas, para ver o seu sonho de união lusófona mundial realizado, é necessário interagir com os políticos, com os parlamentos nacionais dos países da CPLP, começando pela Assembleia da República em Lisboa, em seguida, o Congresso Nacional em Brasília, e assim por diante. Se o MIL já estiver se relacionando com os deputados em Portugal, então é necessário persistir. O próprio primeiro ministro Passos Coelho já percebeu a importância da Lusofonia global, da CPLP, quando viu o Japão, a Índia, a China, a Turquia e outros países não-lusófonos estarem tão interessados na CPLP. O momento de fazer propaganda da Lusofonia é oportuno, mas é necessário ir até os políticos, os deputados.
Espero ter ajudado com a minha sugestão.
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