A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai apoiar a
candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança
das Nações Unidas em 2015, disse hoje o secretário executivo do bloco
lusófono, Murade Murargy.
"O Conselho de Ministros (da CPLP) adotou uma resolução apoiando
Angola, à sua entrada no Conselho de Segurança das Nações Unidas" em
2015, declarou à Lusa por telefone Murade Murargy, que se encontra em
Moçambique.
Esta decisão foi tomada pelos Estados membros da CPLP durante a XIII
Reunião do Conselho de Ministros do bloco, em Maputo, que ocorreu na
sexta-feira.
"Este é um apoio em que, quando chegar o momento exato, os oito
países estarão unidos no apoio a Angola. Não foi uma questão
controversa, foi uma decisão unânime", acrescentou Murargy.
O secretário executivo da CPLP sublinhou "a importância de ter um
Estado membro ou um país amigo no Conselho de Segurança da ONU",
sobretudo para dar visibilidade e continuidade às questões que envolvem o
bloco naquele órgão.
"A questão da Guiné-Bissau ainda está no Conselho de Segurança e não
sei quanto tempo ainda vai permanecer", disse Murade Murargy.
"De toda maneira, estando Angola, ou Portugal, ou outro país, mesmo
que não seja da CPLP, mas que seja nosso parceiro, é extremamente
importante para o apoio das resoluções que passam pelo Conselho de
Segurança", afirmou.
A Guiné-Bissau já sofreu inúmeros golpes de Estado, sendo o último em
abril de 2012, quando foram depostos pelos militares o Presidente
interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior,
que atualmente vive em Portugal.
O Governo de transição da Guiné-Bissau marcou eleições para novembro deste ano.
O Conselho de Ministros da CPLP anunciou, em Maputo, que vai designar
um representante permanente na Guiné-Bissau, para "conferir outra
capacidade de acompanhamento" da situação sociopolítica no país.
Na XIII Reunião do Conselho de Ministros da CPLP participaram todos
os chefes da diplomacia, à exceção de Portugal - que foi representado
pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação,
Francisco Almeida Leite - e da Guiné-Bissau.
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