O Brasil vai financiar 45 novos projetos para a melhoria do ensino superior nos cinco países lusófonos africanos e em Timor Leste, em parceria com vinte universidades brasileiras, num conjunto inédito de ações.
O investimento nos projetos será de cerca de 6 milhões de reais (2,13 milhões de euros), e as instituições participantes foram escolhidas por meio de edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculado ao Ministério da Educação brasileiro.
"Já havia outros projetos, mas, pela primeira vez, há uma ação sistemática de cooperação na área educacional com África", afirmou o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vice-presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, Clélio Campolina.
A cooperação será desenvolvida em Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Cabo Verde e Timor Leste. Entre os 45 projetos estão a formação e qualificação de professores, a reestruturação e a criação de cursos, linguagem e parcerias em estudos académicos.
Participarão dos projetos a UFMG, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFC), a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade de Brasília (UnB) e outras 14 instituições.
A ideia de realizar projetos em cooperação é resultado de reuniões da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), segundo explicou Campolina.
Reitores da associação irão reunir-se entre o próximo domingo e terça-feira, em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, para seminário internacional.
"Será uma oportunidade de ampliarmos a integração entre as lusófonias e entre nossos programas conjuntos, tanto de mobilidade de professores como de alunos, e a criação de outros projetos", declarou o reitor.
Numa outra ação de cooperação, a UFMG irá ajudar São Tomé e Príncipe a desenvolver a primeira universidade pública do país. O primeiro passo é a viagem de professores e técnicos da universidade ao país, adiantou.
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