Decerto, já esteve pior, no passado: simplesmente, no passado, em todos os passados, por piores que tenham sido, e alguns foram-no, houve sempre um futuro, um horizonte de futuro, uma esperança, por mais que ténue, de que a situação, mais cedo ou mais tarde, iria melhorar. Como sempre acabou por acontecer.
Hoje, ao invés, todos sabemos que a situação não irá melhorar – pelo menos, no curto-médio prazo. Estamos cada vez mais atolados numa União Europeia que é já um cadáver adiado e perdemos entretanto a liberdade de sairmos, pelo nosso pé, deste barco que se afunda…
Como sempre, há alternativas, em particular no espaço lusófono – mas mesmo essa alternativa não permite uma melhoria da situação no imediato. No imediato, só podemos contar connosco próprios. Para isso, porém, teremos que começar por ser uma Comunidade. Uma Comunidade que respeita a sua história, que tem consciência da situação presente e que, não obstante, mantém a esperança. Neste 10 de Junho, comecemos por aí.
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