*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Declaração do MILGaliza sobre a Iniciativa Legislativa Popular “Paz-Andrade”



A Iniciativa Legislativa Popular “Paz-Andrade” para promover a língua portuguesa e os vínculos com a lusofonia foi hoje (14.05.2013) discutida no parlamento da Galiza e aprovada por unanimidade pelos quatro grupos parlamentares que nele têm representação. A notícia é de grande importância para a cidadania galega, que, através dos 17.000 signatários da iniciativa, demanda dos seus órgãos de governo legítimos que a lusofonia se converta num desígnio estratégico para o país e que legisle para que tal objetivo seja cumprido.
A iniciativa visa três campos de ação preferentes: o ensino, as relações exteriores e os meios de comunicação audiovisual. No primeiro, a introdução num prazo de quatro anos do português em todos os níveis de ensino regrado. No segundo, a participação em todos os foros lusófonos e a organização de eventos com pessoas e entidades de toda a lusofonia na comunidade autónoma galega. No terceiro, o real cumprimento da diretiva comunitária para a receção aberta em território galego das televisões e rádios portuguesas.
O triunfo desta iniciativa da sociedade galega insere-se na longa tradição democrática do movimento galeguista. Desde que tal movimento de restituição da vida em comum tomasse corpo no século XIX, sempre procurou solução aos conflitos do país por vias legítimas e cívicas e sempre os viu frustrados por vias violentas. Este movimento tem agora na lusofonia um programa de regeneração integral da Galiza, sem descuidar nenhum aspeto, desde o económico, uma das principais linhas argumentativas dos promotores da iniciativa, aos culturais, sociais e linguísticos, agora que, como nunca, a língua própria da Galiza está seriamente ameaçada por duas vias: a real perda de falantes, a maior na sua história num lapso de trinta anos, e a castelhanização crescente da língua.
Trata-se agora de que os cidadãos lusófonos compreendam que o que hoje conseguiram os cidadãos galegos no seu máximo órgão de soberania é um sinal e um motivo de alegria para todos. O português está a ganhar, legitimamente, um espaço que lhe foi negado sistematicamente nos últimos séculos, no seu espaço matricial, por utilizar um adjetivo especialmente caro a Paz-Andrade, figura que dá nome à iniciativa. Como disse esta manhã na tribuna parlamentar José Morell, quem apresentou a iniciativa em nome da comissão promotora, "este é o dia em que em Galiza rompemos uma fenda histórica ou voltamos a unir o que a história separou". É muito o que ainda temos por fazer. Relativamente à iniciativa, falta ainda que os grupos parlamentares apresentem nos próximos dias as suas emendas até a redação do texto definitivo. Aos que a apoiamos, continuarmos com o nosso lavor de pedagogia e ação dentro e fora da Galiza. À cidadania galega, que saiba encontrar o seu espaço na lusofonia e com ela regenerar-se, destruindo barreiras mentais e construindo discursos que não descuidem nenhum aspeto da vida do homem: o cuidado e respeito da terra, o amor ao outro, o nosso incansável hábito de imaginar. Essa visão integradora da vida do homem tão própria da nossa cultura e da nossa maneira de estar no mundo será, se calhar um dos melhores contributos que possamos dar à grande família lusófona que agora está a nascer.
Os lusófonos também têm uma palavra a dizer. Para começar, assumir a Galiza como território próprio, inalienável e inegociável, da grande cidade lusófona espalhada pelo planeta, sem complexos nem tabus. Sentir que é do interesse comum o que aos galegos diz respeito é um exercício de lusofonia. A história será aquilo que queiramos que seja. A questão da lusofonia não é uma questão de identidade, pelo menos num primeiro momento, mas de garantirmos condições reais de liberdade e de paz. Ponhamos o foco nessa procura. Os cidadãos galegos estão a fazer gestos neste sentido. Ninguém com mais legitimidade que eles para dar esse sinal de verdadeira fraternidade entre todos nós. Disso também se trata: de descobrirmos o que nos legitima e de agirmos pacifica e lealmente. Por último, não ter receio das reações contra. Elas virão, dentro e fora da Galiza, e nós saberemos responder. Temos razões e argumentos suficientes para nos sustentarmos e não desistir.  
Cidadãos, os tempos são chegados.

MIL: Movimento Internacional Lusófono
MILGaliza

16 comentários:

Paulo Pereira disse...

Muito bem! Apoiado.

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Inteiramente de acordo com o MIL Galiza.
Excelente para a Galiza e para a Lusofonia.
Os irmãos Galegos estão de parabens!
Abraço Lusófono.
Jorge da Paz Rodrigues

João Paulo Barros disse...

Muito bom! Os meus parabéns aos Galegos! Totalmente de acordo.

cvr disse...

Parabéns aos nossos irmãos galegos pela forma como assumiram a lusofonia. Cabe-nos a nós manter essa chama e torná-la cada vez mais ardente e viva.
Abraços MIL
Carlos Vieira Reis
C/C

Anónimo disse...

Concordo genericamente com o texto. Mas gostaria de saber quem é o seu autor. Claramente, foi redigido por um galego. Parecendo exprimir um ponto de vista português (assumido pelo MIL), tem por origem um «MILGaliza». Desejava-se um pouco menos mistura de pontos de vista.

Fernando Venâncio, Amsterdam

Flávio Gonçalves disse...

Concordo. Isto vai irritar os castelhanos como efeito secundário.

Korsang di Melaka disse...

Viva a Galiza que em todos os tempos resistiu ao sentimento comum Lusofono.
Só com a alma Lusa se nasce e se vive, acreditando que o mundo onde todos temos que viver, passa pela construção do homem novo irmão de todos os homens.

Aprovo totalmente a declaração

Um afetuoso abraço
Luisa Timóteo - Malaca

Roberto Moreno disse...

Minha Pátria é a GEOLÍNGUA
... ou seja, o Galego luso-brasileiro!

O Galego começou a ser Luso em 27-6-1214, com o testamento de D. Afonso II, terceiro Rei de Portugal e, brasileiro, a partir de 1500, com o descobrimento do Brasil) – Portanto, a Galiza é o berço da língua mais poderosa do Planeta - a futura GEOLÍNGUA, e que une 800 milhões de pessoas em todo o universo da Iberofonia, em 30 países e nos 5 continentes. - No futuro a Espanha & Brasil poderão acordar para este potencial e adotar, como língua oficial - a GEOLINGUA (uma espécie de Esperanto II ou Galego 3.0, um diamante bruto lapidado durante 8 Séculos à partir de Portugal)

GEOLÍNGUA – a língua do Quinto Império

O Quinto Império será o Império do Diálogo, via uma língua comum. - Um Império com base nos valores da ascensão espiritual, na valorização de uma ética com o objetivo fundamental de levar a modificações na moral, com aplicação universal e orientando, racionalmente, a vida humana para promover a Justiça suportada na verdade factual.

Nesta óptica, e com base científica e histórica, a Fundação Geolíngua promove, desde 1992, uma União Iberófona entre os 700 milhões de pessoas nos trinta países de língua oficial portuguesa e espanhola, num processo de auto estima pela sua língua e cultura.

O Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista português, que conseguira o “fim” da União Ibérica, a partir do século XII.

Entretanto, desde o século XIII ninguém salientou a importância da Língua enquanto matéria-prima da Informação, como o maior pré-requisito para que haja um novo Império, com base no Diálogo bilingue. E, é nesta óptica que se propõe “ressuscitar” (o certo é que nunca morreu) o Galaico-português, porem, com o nome de Geolíngua.

Portanto, Geolíngua é o nome adotado pela Fundação Geolíngua para designar o galaico/português/brasileiro que se fala nos dias de hoje, pois é a única língua natural (desde o ano de 1214) capaz de “substituir” o Esperanto (uma língua artificial criada em 1887) e o inglês, (pseudo língua universal) cuja aprendizagem, promove o monoglotismo no anglófono, e que irá perdurar enquanto manter-se a falta de auto-estima do Iberófono.

Ora, visto que, e como se poderá comprovar por estudos filológicos fonéticos e orais, a percentagem necessária para que uma língua seja diferente de uma outra, é de 20%.

A diferença entre o português de Portugal e o galego, hoje, fica nos 7%, e, entre o português e o “brasileiro” fica nos 3%, portanto, e nesta base, científica, a língua portuguesa foi criada por “decreto” de D. Afonso II (terceiro rei de Portugal) através de seu testamento de vida, numa situação geopolítica e sociocultural totalmente compreensível e necessária, com o firme propósito de delimitar fronteiras na Península Ibérica, deixando o Galego para a Espanha, porem, valorizando-o através da fonética oriunda dos países que Portugal foi desbravando, durante séculos e séculos, Ámen!

Roberto Moreno, geo-cidadão, assume-se nas palavras de Fernando Pessoa – “Se plural, como o universo” e na de Mahatma Gandhi - “Seja a mudança que quer ver no mundo”. E, acrescenta as sábias palavras do último profeta, Bahai-ula (morreu em 1892) e que afirma o seguinte: - “O Mundo é um só país e o ser humano o seu cidadão - e, acrescenta - “Haverá no mundo um idioma universal auxiliar, além do materno” dizia, a um século e meio atrás, prevendo a globalização solidária, via diálogo. – Bahai-ula possui, como mérito maior, o de ter redigido, de próprio punho, o que nenhum outro profeta escreveu nos últimos 5 mil anos. (de Krishna - 3.228 a.C. até os dias de hoje) com excepção de Fernando Pessoa e que referiu o seguinte: “Só há três línguas com um futuro popular - o inglês, o espanhol e o português ”.

Entretanto, se Pessoa cá estivesse, hoje, e ao vislumbrar o Mercosul (e o seu acordo de diálogo bilingue, português/espanhol) além do BRICA – Brasil, Rússia, India, China e Angola, não hesitaria em reafirmar o poder que a língua “portuguesa” possui neste contexto geopolítico e sociocultural, denominando-a de Língua da Terra – Geolíngua!

Renato Epifânio disse...

Saudando genericamente todos os pareceres, esclareço apenas o Fernando Venâncio:
- o texto foi redigido pela Maria Dovigo, cidadã galega e coordenadora do MILGaliza;
- tal como aconteceu com a recente Declaração do MILBrasil, redigida pela Mariene Hildebrando (cidadã brasileira e coordenadora do MILBrasil),o MIL assume-a como sua, afirmando pois "um posto de vista lusófono".
- de resto, o propósito do MIL é mesmo esse: agregar todas as diversas perspectivas lusófonas em prol de uma visão comum...

Maria Afonso Sancho disse...

:) <3 :)

Nuno Sotto Mayor Ferrao disse...

Congratulo-me com esta posição oficial do Parlamento da Galiza e com a determinada vontade de estreitar laços com as Comunidades Lusófonas e, também, com a abertura do núcleo MIL da Galiza, expressão dessa ânsia de liberdade e de paz nesse Espírito de comunhão que nos une!

Cordial e fraternalmente,
MIL-ilitante - Nuno Sotto Mayor Ferrão

Anónimo disse...

Parabéns à Galiza e parabéns ó resto do mundo lusófono também, nom sei quem é o maior beneficiário de esta declaraçao.
Apertas Mil.

Mário Lopes disse...

Muito Feliz por esta conquista da Galiza, este é o brotar de um caminho longo a trilhar, mais que certamente com a ajuda mutua de todos poderemos acelerar o processo e dar asas a sua materialização, concordo com o teor da declaração, só somente de opinião que deveria constar o nome do representante que a escreveu , nesse caso a representante, para que quando fosse divulgada a posição oficial, possa dar a conhecer a Galiza e não só que a "tal determinada pessoa" responde pela Galiza ou outro território sobre o auspicio dos princípios plasmado no MIL

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com a declaração e, felicito o povo galego por esse dia que vai ficar na história. São anos de uma batalha árdua que foi coroada com êxito. O mundo lusófono está de parabéns. Cada vez mais nos tornamos uma realidade crescente.
Abraços,
Mariene Hildebrando

V. Fortes disse...

De tudo quanto foi dito nos comentários anteriores, retira-se o que é considerado a hunanimidade na aceitação da proposta do MIL Galiza que com diz o Roberto Moreno "O Galego começou a ser Luso em 27-6-1214, com o testamento de D. Afonso II". Portanto não há quem possa contrariar a vontade de um povo. Viva a Galiza Lusófona. Viva a Lusofonia. Victor Fortes - MIL Angola

Martins Mapera disse...

Os fundamentos da proclamação da língua portuguesa como património imaterial da Galiza reforçam a ideia de que o espírito de lusofonia não é - e nunca poderá ser - cerceado pelas fronteiras políticas. Antes de ser uma região política, a Galiza constitui uma «kosmogonia» social por reinventar. E a língua surge como elemento que modeliza essa esfera antropológica e imaterial do homem. Noutro entendimento, poder-se-á afirmar que a «lusofonia não é uma questão de identidade ... mas de garantirmos condições reais de liberdade e de paz», como bem disse no seu texto, a autora Maria Dovigo.