A Lusofonia é uma das saídas para a grave crise económica e financeira a que Portugal está hoje submetido. A expressão é do insuspeito professor alemão André Thomashausen, da University of South Africa e foram proferidas recentemente numa conferência em Joanesburgo.
André Thomasshausen classificou a crise portuguesa como sendo "uma catástrofe económica, social e cultural" identificando a origem profunda deste cruzamento de crises naquele que já consideramos (noutras publicações no Quintus) como sendo o Nó Górdio do nosso desenvolvimento: o processo de integração europeia. Thomasshausen também acrescentou um ponto crucial e compatível em pleno com as nossas crenças e com os princípios do MIL: Movimento Internacional Lusófono. Segundo o professor alemão, as raízes de um “Portugal viável” estão “em África e no universo português, que não tem fronteiras” por oposição à opção europeia que tem sido a estratégia quase mono-temática da nossa diplomacia política e económica desde 1986.
Thomashausen acrescenta que "para o crescimento da economia de Portugal – que é uma economia muito pequena para poder concorrer, a pé de igualdade, com as grandes indústrias europeias – penso que vale a pena repensar o alinhamento de Portugal com os países de expressão portuguesa”.
A língua portuguesa tem junto dos quase 50 milhões de africanos que a dominam um importante peso económico: "A língua portuguesa é realmente a língua que se pratica. Muito pouca gente pratica o inglês nos países de expressão portuguesa. Existe toda a indústria de processamento de dados; hoje em dia não há atividade que não passe pelo uso dum computador. E, nos países de expressão portuguesa, são computadores que funcionam com base na língua portuguesa. Toda a adaptação do software passa pelo Português, e é aí que Portugal já tem uma indústria muito desenvolvida, mundialmente reconhecida, e poderá penetrar mais nos países de expressão portuguesa – possivelmente em parceria com grandes empresas brasileiras, que têm mais força para uma tal expansão”. Recordando assim a importância que a florescente e dinâmica indústria portuguesa de software pode vir a ter no aprofundamento dos laços de Portugal com a África lusófona e na recuperação económica do nosso país.
Fonte:
DW
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
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