*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um novo Médio Oriente?

Após 18 dias de protestos, e embora ainda no dia antes tivesse reforçado a posição de que não estava disposto a abandonar o poder, a verdade é que na passada sexta-feira Hosni Mubarak, o ditador que há 31 anos presidia aos destinos do Egipto abandonou o poder. Vem aí a democracia? Mais ou menos, de momento ainda é cedo demais para o afirmarmos com toda a certeza, afinal Mubarak entregou o poder aos militares e, embora animados com a “vitória”, os manifestantes egípcios ainda não arredaram pé das ruas uma vez que aguardam ainda a demissão de Omar Suleiman, o actual vice-presidente.

O receio de muitos manifestantes e analistas é o mesmo: trata-se de uma mudança de liderança, ou de uma mudança de regime? Por vias das dúvidas no próprio dia em que se anuncia a demissão de Mubarak os EUA e Israel decidem encerrar as respectivas embaixadas e evacuar os seus diplomatas, estando o poder entregue aos militares, que no decorrer da revolta ainda não se sabe exactamente de que lado estavam e urgindo a maior força da oposição, a Irmandade Muçulmana, que o poder seja entregue a um governo civil o mais rapidamente possível, é natural que as representações diplomáticas dos mais influentes intervenientes nas querelas do Médio Oriente (EUA e Israel) prefiram jogar pelo seguro até terem certeza do que se passa.

Uma das primeiras nações a regozijar-se com a saída de Mubarak foi a República Islâmica do Irão, cuja representação diplomática em solo luso, por coincidência, levava a cabo uma recepção no mesmo dia em que era entregue o poder aos militares egípcios.

A percepção dos persas, indicou-nos uma fonte da embaixada, é de que o Egipto pode bem ser o primeiro passo na mudança da balança do poder na zona, para a maior parte dos governos da área o regime egípcio era visto como pró-Ocidente (pró-americano, entenda-se), a cair o regime (o que recordo ser ainda incerto, de momento só se afastou a sua figura de proa) isso será encarado como fruto da vontade popular numa nova realidade geopolítica, uma realidade na qual surjam novos líderes (islâmicos, ou não) que não sejam vistos como meros lacaios dos EUA ou de Israel mas como legítimos representantes dos povos e das nações do Médio Oriente. A ver vamos.

O Diabo, Jornal Independente
15 de Fevereiro, 2011.

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