Uma casa e dinheiro para aguentar a velhice é aquilo a que se referem os elementos das Forças Armadas da Guiné-Bissau quando falam de “condições condignas” para irem para a reforma, defendeu hoje uma fonte do Estado-Maior General do Exército guineense.
“Condição condigna é o que está no documento estratégico da reforma. Que um antigo combatente (veterano de guerra) que vá para reforma tenha um tecto e dinheiro suficiente para se aguentar de forma condigna com a sua família. Se houver isso, podem crer que muita gente sai da tropa”, disse a fonte do Estado-Maior das Forças Armadas.
“Mas, isso não é nada de novo. Todo mundo sabe quais são as pretensões de muitos militares sobre a reforma. Muita gente quer sair, mesmo que seja amanhã, desde que haja essa condição”, acrescentou a fonte.
A fonte referiu que, pelas informações de que dispõe “falta ainda muita coisa por fazer”, para que a reforma possa avançar, nomeadamente a constituição de um fundo de pensões e construção de casas para entregar aos reformados.
“Muito dos combatentes estão aqui (nas Forças Armadas) vai para mais de 30 anos, muitos já não têm força para construir a própria casa. Ora, se serviram a Pátria durante toda vida, e agora é chegada a altura de irem descansar, é justo que a Pátria lhes dê um tecto e dinheiro para aguentar a velhice”, destacou a fonte.
“No passado, foi feita a reforma, mas deu-se às pessoas tambores de aguardente e pipa de tabaco. Ora isso não é uma reforma condigna”, sublinhou a fonte do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, referindo-se à primeira tentativa de o poder político levar a cabo uma reforma no exército guineense nos anos 80.
“Voltou-se a tentar (a reforma) no âmbito do PDRRI, mas também não deu em nada, porque deram às pessoas um dinheirinho que não dava para um chefe de família manter a sua família de forma condigna”, afirmou a fonte do Estado-Maior.
A propósito do encontro entre os presidentes brasileiro e guineense, hoje, em Brasília, no qual Lula da Silva e Malam Bacai Sanhá deverão debater a participação do Brasil numa eventual força de estabilização a operar na Guiné Bissau, a Lusa noticiou que a reunião foi precedida de intenções da chefia militar guineense em passar à reserva, mediante condições de sobrevivência.
Segundo fontes diplomáticas dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o novo chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, concorda que, caso se faça uma reforma de defesa e segurança, condigna e haja condições adequadas de sobrevivência aos militares, ele e os seus companheiros aceitariam ir para a reserva
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Fonte: Notícias Lusófonas
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