Existe assim uma contradição entre esta defesa do "Small is Beautiful" e defesa da aproximação destas empresas lusófonas? Não. Defendo com grande ardor a aproximação - a todos os níveis - dos países lusófonos e como bem recordava o professor Mendo Pereira no último debate do MIL a economia é a infraestrutura das sociedades modernas. Como defender assim a aproximação dos países lusófonos sem defender igualmente a aproximação das empresas lusófonas? Não o fazer é que seria contraditório...
Por outro lado, defender a aproximação de grandes empresas lusófonas é contraditório com a defesa de Economias Locais e do "Small is Beautiful"? Sem dúvida, mas apenas numa leitura mais imediatista... as teses do mentor principal do meu pensamento económico é - já se sabe - o professor E. F. Schumacher e este começou a sua carreira como economista ao estudar as ineficiências de uma grande empresa (a siderurgia nacional britânica) e propondo a sua divisão em pequenas empresas, mais eficientes, menos propensas a gerarem desperdícios e - sobretudo - socialmente muito mais úteis. Assim, se por um nível defendo a aproximação a todos os níveis (fusão, compra, parcerias, etc) das empresas lusófonas como forma destas ganharem escala bastante para resistirem às ofensivas de grandes empresas multinacionais, controladas pelos grupos e fundos opacos, apátridas e imorais que hoje dominam a economia global, defendo também formas de neoproteccionismo que defendam a Comunidade Lusófona contra este Capitalismo Global selvagem e imoral. Uma vez repostas as defesas proteccionistas, estas empresas lusófonas poderiam servir de alavancar para reforçar a "alma lusófona" comum que defendemos e serem divididas de forma racional e ponderada nas unidades de exploração menores que recomenda o princípio "Small is Beautiful".
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