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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lavo daí as minhas mãos, diz o Estado... Sempre dão trabalho aos cangalheiros?!...

24 Abril 2010 - 00h30

Educação
“Estou farto de ser maltratado”
Agredido e insultado por alunos, docente que lecciona na mesma escola onde professor se suicidou em Fevereiro está de baixa e em depressão.

Um professor da EB 2,3 de Fitares (Sintra), a mesma onde leccionava Luís Carmo, que se suicidou em Fevereiro, está em casa de baixa e em depressão depois de uma série de casos de indisciplina e violência dos alunos. 'Fui agredido e enxovalhado, não tenho condições para ir à escola. Nunca pensei que me pudesse acontecer o mesmo que sucedeu com o Luís', disse ao CM o docente, que solicitou anonimato.

Tal como no caso de Luís Carmo, este professor acusa a escola de não punir devidamente os alunos infractores. 'Fui agredido no dia 8 de Fevereiro por um aluno que me empurrou contra um armário e me mandou para o c... O aluno não foi suspenso preventivamente como devia e isso criou-me um drama pessoal', disse o docente. A escola abriu um inquérito disciplinar, mas o professor afirma que o aluno foi ilibado. 'Passaram dois meses e meio e ainda não tive acesso ao despacho da decisão para poder recorrer'.

O docente denuncia ainda que os alunos recorrem com frequência a insultos homofóbicos. 'Por um professor ser solteiro eles chamam-lhe gay. Isto pode destruir uma pessoa. Tenho 43 anos e nunca senti esta ansiedade por ter de ir para uma sala de aula, não suporto mais isto, estou em depressão e farto de ser maltratado'.

O docente está nesta escola desde 2005 e garante que os cargos que exerceu no passado são também um dos motivos para ter sido escolhido como alvo. 'Era assessor da direcção e fui instrutor de muitos processos disciplinares, suspendi mais de cem alunos. Este aluno que me agrediu não pode comigo porque tive de o suspender várias vezes. Isto é uma escalada imparável', afirma, revelando que a directora da escola, Cristina Frazão, recusou transferir o aluno em causa da turma, que é a que lhe tem causado mais problemas.

O CM chegou à fala com a directora, mas esta escusou-se a prestar declarações, limitando-se a dizer que aguarda pela conclusão do inquérito aberto pela Inspecção-Geral da Educação ao suicídio do professor Luís Carmo.

GABINETE DISCIPLINAR SEM FUNCIONAR

Uma das críticas apontada à actual direcção da escola é o facto de ter acabado com o gabinete disciplinar criado para gerir conflitos existentes no espaço escolar, denominado ‘projecto pontos nos iii’’. Os alunos expulsos das aulas eram encaminhados para este gabinete e convidados a fazer uma auto-reflexão, sendo-lhes ainda atribuídas tarefas didácticas. Segundo professores contactados pelo CM, o gabinete deixou de funcionar. Confrontada pelo CM sobre o gabinete disciplinar, a directora Cristina Frazão afirmou: 'Não sei o que é isso'.

APONTAMENTOS

OUTROS CASOS

Houve mais casos de violência. Uma docente desmaiou depois de ter sido empurrada pelos alunos e teve um traumatismo craniano. Uma funcionária foi empurrada nas escadas.

40 POR CENTO CHUMBA

A EB 2,3 de Fitares, na freguesia de Rio de Mouro, tem cerca de 900 alunos, a maioria é oriunda de famílias com poucos recursos. Dados de 2007 indicam que no 9.º ano quase 40 por cento dos alunos chumbaram.


Bernardo Esteves
Fonte:
Correio da Manhã

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