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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da Educação


Ágora, Alejandro Amenábar, 2009

9 comentários:

Renato Epifânio disse...

O filme até é curioso - ainda que, historicamente, por aquilo que tenho lido, bem falso...

Klatuu o embuçado disse...

É uma ficção histórica; os historiadores discordam acerca dos motivos que levaram ao assassínio de Hipatia, sabe-se que foi morta por cristãos, mas não há certeza acerca dos motivos e dos mandantes - o que parece certo é que a sua morte foi cruel, apedrejada, esfolada, esquartejada.

A parte astronómica é pura ficção, nenhuma obra de Hipatia sobreviveu - mas o filme é parcial, é um filme político, que faz uma opção por um modelo de civilização. É evidente que podemos colocar a hipótese de até onde o modelo sapiencial alexandrino - que incluía já a investigação e o enciclopedismo - poderia ter chegado no conhecimento do mundo se se tivesse perpetuado mais uns séculos...

Política à parte, concordo com a tese essencial do filme: a queda da civilização helénica com o fim do Império Romano do Ocidente dá origem a um declínio de civilização. E nisto a maioria dos investigadores concordam nos motivos da queda do Império: a pressão dos «bárbaros», o empobrecimento económico à medida que o Império ia encurtando e a disseminação interna do cristianismo, que foi abalando a mentalidade pagã, fazendo-a oscilar nas suas convicções e enfraquecendo-a. A vitória de Aécio nos Campos Catalónicos é o último alento do espírito pagão; a Cidade de Deus de S. Agostinho a certidão de óbito da Roma Eterna, humana e terrena.

Klatuu o embuçado disse...

De qualquer modo, hoje educa-se muito mal as mulheres no Ocidente.

Klatuu o embuçado disse...

... O fundo de secundarização da mulher, comum às religiões abraãnicas. Só nas sociedades em que as mulheres puderam, em tempos remotos, tomar parte na guerra, lhes permitiu, mais tarde, tomarem parte na política e no saber - ou seja, no paganismo. Mas este é um termo pejorativo e equívoco, que oculta um milhar de religiões, em que algumas apontam no sentido do Deus Único, sem que este seja um «déspota dos céus» sobre a história humana; aliás a maioria dos paganismos não são politeísmos, são polilatrias, em que um único princípio divino é adorado sob muitas formas.

Klatuu o embuçado disse...

NOTA: Excelente no filme as tomadas «omniscientes», como se de satélite, a mostrarem o bando devorador de formigas tontas lá em baixo... E a reconstrução arquitectónica do que Alexandria poderá ter sido!

Klatuu o embuçado disse...

E disto tenho funda convicção: sem o Renascimento estaríamos a viver num Afeganistão qualquer!

Casimiro Ceivães disse...

O que é que tem que ver a queda do Império do Ocidente com Alexandria??? Os Imperadores de Roma ficaram na Grécia até ao século XV.

Klatuu, as "mulheres oprimidas" da Idade Média são um mito. As aristocratas não eram virgens trémulas à sombra dos maridos. Pensa só na nossa rainha Teresa e na sua irmã Urraca. É também clarissimo no Fernão Lopes que Leonor Teles agiu como quis (aliás, as acusações de 'terem amantes', que se aplica a Teresa e a Leonor, reflecte essa independência).

O estatuto das mulheres romanas é que era muito complicado; ou melhor, era muito simples: simples propriedade do marido.

Foi Roma que contaminou o cristianismo, e não o contrário.

Abraço!

Casimiro Ceivães disse...

Mas quanto ao problema do post: a mulher como objecto e mercadoria também era impensável antes da burguesia, como Marx explicou ;)

Klatuu o embuçado disse...

Alexandria é no Egipto, certo? Do que se tratou foi do encolhimento da civilização helénica - a glória Grega estava há séculos ultrapassada pelo esplendor que perdurava nas suas ex-colónias.

Não falei na Idade Média - mas foi só porque sabia que virias aí LOL -, a história de senhoras singulares não me interessa. Isto sim interessa: após a queda do Império Romano do Ocidente, a população na Europa Ocidental declinou imensamente a sua qualidade de vida: acabou o policiamento das cidades, acabou um exército unificado, acabou a iluminação pública, os esgotos, a água «canalizada», a Justiça, a saúde pública, etc, etc; a maioria dos europeus passou a viver em palhotas, no meio da merda, sua e das alimárias, sujeito ao lixo, à doença, ao crime, etc.

Roma contaminou o cristianismo?! Se sim, só lhe pode ter dado algo de bom... :)

E a coisa perdurou... dizem os historiadores que o cheiro a merda de Versallhes se podia cheirar a quilómetros.

Quanto à mulher, é muito mais do que isso... Roma era mais falocêntrica que os helénicos, é facto, mas mesmo assim o estatuto civil da mulher romana superava as demais civilizações: sabiam ler e escrever, e muitas bastante mais, e o seu poder de influência política era considerável; acho mesmo que foram elas que inventaram o lado mais esconso da diplomacia e da intriga política...