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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 12 de março de 2010

Quem quer um tribunal para julgar as atrocidades indonésias em Timor-Leste?

O Presidente José Ramos-Horta e a Amnistia Internacional (AI) reacenderam esta semana uma velha polémica sobre a conveniência ou não de um tribunal penal internacional para julgar os crimes cometidos durante a ocupação indonésia de Timor-Leste.

O secretário-geral interino da AI, Claudio Cordone, um italiano nascido no Egipto, saudou segunda-feira a disponibilidade que lhe teria sido manifestada por Ramos-Horta de aceitar um tribunal para os crimes cometidos de 1975 a 1999.

A AI aproveitou a oportunidade para voltar a incitar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e as autoridades timorenses e indonésias a estabelecerem tal tribunal, desde há anos pedido por dezenas de organizações não-governamentais.

Desde o fim do conflito, com o referendo de 1999 em que os timorenses se decidiram maioritariamente pela independência, as autoridades de Díli têm vindo a defender que a reconciliação com a Indonésia é mais importante do que o apuramento de responsabilidades.

Terça-feira, o porta-voz das Forças Armadas indonésias, vice-marechal do ar Sagom Tamboen, declarou duvidar das posições atribuídas pela AI a Ramos-Horta, que teria acusado a ONU de “hipocrisia” por usar as posições do seu Governo como um pretexto para não criar o tribunal que tantos têm pedido.

Sagom Tamboem contou que na própria segunda-feira, logo a seguir ao comunicado da Amnistia, o embaixador timorense em Jacarta, Manuel de Araújo Serrano, foi ao quartel-general do Chefe do Estado-Maior, general Djoko Santoso, reiterar que o seu país quer relações cada vez melhores com a Indonésia, especialmente com os militares.

“Os militares indonésios são até vistos por Timor-Leste como uma referência para a criação das suas Forças Armadas”, disse o vice-marechal Tamboem.

Hoje, Ramos-Horta reafirmou a sua conhecida posição de que não está de modo algum convencido de que os interesses das vítimas “e a causa da paz e da democracia” ficariam mais bem servidos se houvesse um tribunal internacional para os crimes cometidos durante a ocupação.

Num comunicado da Presidência da República, afirma-se que a AI relatou de forma pouco correcta uma conversa que tivera dia 5 de Março com o chefe de Estado, durante uma visita deste à universidade britânica de Bradford.

“O Presidente não disse que apoia a criação de um tribunal internacional. O que esclareceu a elementos da Amnistia Internacional foi que, se o Conselho de Segurança decidir criar tal tribunal, ele não se oporá”, declara o comunicado hoje distribuído em Díli.

Além disso, sublinhou não acreditar haver um só membro do Conselho de Segurança, permanente ou não, que aceite a criação de um tribunal específico para Timor-Leste.

“Os senhores e eu vivemos em mundos diferentes!”, terá dito Ramos-Horta aos elementos da AI com quem falou em Bradford, durante uma viagem que está a efectuar a diferentes países.

As estimativas do número de timorenses que morreram durante a ocupação indonésia variam dos 60.000 aos 200.000. Um relatório elaborado para a Comissão Verdade e Reconciliação em Timor-Leste admite um mínimo de 102.800 mortes: 18.600 assassínios e 84.600 mortes por fome e doença associadas à situação de conflito.

Fonte: Público/Jorge Heitor

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