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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 29 de março de 2010

Em Angola...

Associação das autoridades tradicionais proclamada em Luanda

A Associação das Autoridades Tradicionais (ASSAT) de Angola foi hoje proclamada em Luanda, numa cerimónia testemunhada pelo rei Ndumba Mwatchissengue-Wa-Tembo, soberano do reino dos Lundas Tchokwé.

A ASSAT, segundo os seus estatutos, é uma associação de carácter social, voluntária, filantrópica, apartidária, não governamental e sem fins lucrativos, constituída por todos os sobas (autoridades tradicionais) de Angola.

Em Angola, os sobas trabalham em cooperação com o Governo na área social, sensibilizando a população para os projectos sociais, nomeadamente saúde e educação.

Em declarações à Agência Lusa, o dirigente nacional da ASSAT, soba grande Virgílio Jorge, disse que as autoridades tradicionais ainda hoje desempenham um papel importante na organização das comunidades”.

Segundo Virgílio Jorge, existem no país aproximadamente um número de 39 650 autoridades tradicionais, entre sobas grande, sobas e sobetas.

Entretanto, o soba grande Virgílio Jorge disse que têm surgido nos últimos tempos vários sobas “infiltrados” no seio das autoridades tradicionais, que acusa mesmo pertencerem a partidos políticos, com o intuito de desestabilizar a “boa cooperação existente com o Governo”.

“Essas pessoas não são autoridades tradicionais, mas militantes de partidos políticos que utilizam uma política enganosa no seio da população para que estas não aceitem os projectos que o governo tem estado a desenvolver para o povo”, frisou.

As acusações de partidos da oposição, de que a relação entre os sobas e o partido no poder, MPLA, são muito próximas vêm de há muito, mas o soba grande Virgílio Jorge defende-se reiterando que “o poder das autoridades tradicionais é independente”.

“Temos vindo a registar algumas acusações de alguns partidos políticos da oposição, mas as autoridades tradicionais são independentes. O MPLA é que dirige o país. Dá apoio até aos próprios partidos da oposição, então apoiar ou não os sobas isso para nós não constitui crime”, frisou.

De acordo com o líder da ASSAT, nas comunidades o papel exercido pelos sobas tem sido de grande valia para a implementação dos projectos sociais do governo, nomeadamente as campanhas de sensibilização contra as doenças transmissíveis, entre outros.

“Somos nós que temos o poder de mobilizar a população lá nas comunidades para por exemplo as campanhas de vacinação. Muitas pessoas apresentam sempre desconfiança em relação a coisas que não conhecem e somos nós que temos o dever de esclarecer a população”, disse.

Em declarações à Lusa, o rei das Lundas Tchokwé Ndumba Mwatchissengue-Wa-Tembo considerou importante a proclamação da ASSAT e pediu apoio do Estado para que a associação consiga desempenhar bem as suas actividades.

O poder tradicional é exercido com base no poder hereditário. Em caso de morte de soba ele é sucedido por um membro da mesma linhagem familiar, que podem ser um sobrinho, filho da irmã, ou um neto, filho da sua filha. Na ausência desses dois membros pode suceder o soba no cardo, o seu filho, quando há consenso na família.

Fonte: Notícias Lusófonas

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