"As altas instâncias políticas do país têm manifestado esse interesse e parece-me ter havido um acolhimento positivo quer por parte da Galp, quer por parte da Sonangol. Penso que seria de todo o interesse que, no quadro das parcerias que o estado são-tomense pretende estabelecer quer com Angola, quer com Portugal, que essas empresas pudessem fazer parte de um consórcio com uma empresa nacional que é a Petrogas", disse Carlos Neves.
Mas para Carlos Neves, a formação desse consórcio está dependente apenas de uma decisão política.
"Esta é uma questão de natureza politica, cuja decisão não cabe propriamente à Agência Nacional de Petróleos que é apenas o órgão regulador", esclareceu o director de relações publicas da ANP.
Para Carlos Neves, um consórcio de uma empresa nacional com outras empresas que têm experiência e meios financeiros, "seria útil para o desenvolvimento da nossa própria empresa e da indústria petrolífera em São Tomé e Príncipe"
"Se a Galp e a Sonangol efectivamente vierem a constituir esse consórcio com a Petrogas isso poderá ser muito útil no desenvolvimento da nossa indústria petrolífera", sublinhou.
Adiantou que a realização do leilão em Londres justifica-se pelo facto de ser uma capital "onde se encontra a indústria petrolífera" e por ser "um dos melhores locais para fazer isso".
"Entendemos que seria útil, enquanto se faz esse anúncio em Londres, fazer também em São Tomé e Príncipe o anúncio oficial", disse Carlos Neves.
A cerimónia de abertura do primeiro leilão na zona económica exclusiva do arquipélago, na capital são-tomense, está marcada para as dez horas locais, no Palácio dos Congressos.
Segundo Carlos Neves "várias empresas" já se manifestaram interessadas nesse leilão, escusando-se, no entanto, a identificar quais.
"Não vou adiantar nomes porque não teria sentido nesta fase, mas a partir de amanhã nós estaremos muito mais habilitados a fazê-lo", acrescentou.
"Estamos com esperanças de que esse primeiro leilão na nossa zona económica exclusiva decorra da melhor forma e que possa trazer dividendos para São Tomé e Príncipe", acrescentou o director administrativo e de relações públicas da ANP, adiantando que no dia 15 de Setembro serão abertas as propostas para se saber quais as empresas que poderão iniciar o processo de negociação com o governo são-tomense.
Fonte: www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=25512&catogory=Angola
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