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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sobre a forma como a "Europa do Norte" olha para a Europa do Sul e da falta de um "Sentimento Europeu"

Todas estas notícias que agora abundam em meios anglo-saxónicos e germânicos sobre a situação financeira nos países do sul da Europa e, sobretudo, de Portugal, resulta em grande medida de um acumular de preconceitos que têm muito de racistas. É isso que acaba por dizer o embaixador de Portugal em França, Francisco Seixas da Costa, num artigo publicado recentemente no jornal "La Tribune".

Estes preconceitos contra Portugal sempre inquinaram a opinião dos países do norte da Europa contra Portugal e contagiaram agora as agências de rating e até os elementos mais imbecis da "Comissão Barroso".

O embaixador recorda que Portugal - ao contrário da Grécia - nunca falsificou orçamentos nem contas públicas e que - ao contrário de muitos países - nunca deixou de honrar todas as suas obrigações internacionais e financeiras. Seixas da Costa recorda que os europeus do norte que na década de oitenta diziam que Portugal não tinha condições para se juntar à CEE e que na década de 90 alegavam que o país não se devia juntar ao euro, são agora os mesmos que o comparam à Grécia e a Espanha... Um destes cépticos foi Jacques Chirac que terá confessado achar que os portugueses eram todos "analfabetos". Ora se esta é a gente que domina a União Europeia, agora que no Tratado de Lisboa, assume uma forma mais federalista do que nunca, então será que devemos continuar a olhar para estes europeus do norte como verdadeiros parceiros?

A Europa do Norte nunca foi capaz de olhar para a Europa do Sul com verdadeiros sentimentos de comunhão e comunidade e não o fará nunca. E se assim é, nunca haverá uma verdadeira "União Europeia", mas uma "Federação Europeia" dominada pelo diretório dos Grandes do Norte da Europa. E desta "Europa", Portugal não deve fazer parte... Abrindo assim pensamento, estratégia e motivação para buscar outras vias. Nomeadamente na Lusofonia.

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/seixas-da-costa-ataca-preconceitos-antigos-contra-portugal=f564868

4 comentários:

Renato Epifânio disse...

Discussão à parte - a questão da Europa e da União Europeia tem de facto muito que se lhe diga - queria apenas saudar o teu regresso a este espaço que também é teu, por direito.

Abraço MIL

Casimiro Ceivães disse...

PIGS, a palavra usada nos Estados Unidos, ou melhor, em Wall Street (Portugal, Italy, Greece, Spain).

De onde mais deveremos sair? :)

Abraço

Casimiro Ceivães disse...

Esse 'preconceito' tem uma história (ou melhor, uma pré-história) antiquíssima.

Mas, como disse um dia o às vezes genial Vasco Pulido Valente, "Portugal foi, no fim do séc. XVI, o primeiro país atrasado do mundo".

Pura coincidência, claro, se o Norte se tinha entretanto tornado inimigo dos católicos, e decidido a romper o grande império de Espanha (onde nos incluíamos).

Paulo Pereira disse...

Em Inglaterra, assisti a uma conferência de um Lord inglês (com cadeira na câmera), conservador e católico.

Ele se afirmava com orgulho católico. Suas ideias religiosas eram conservadoras ou se quiserem ortodoxas. Ele não era católico da geração irlandesa, mas um orgulhoso sobrevivente católico inglês.

Falou de muitas coisas interessantes: algumas para mim insuspeitadas. Referiu que os católicos em Inglaterra fizeram o papel de "judeus" já que durante um tempo lhes era vedado o acesso à propriedade de terras. Segundo eles muitos manejavam o dinheiro e dinamizavam a economia: dinheiro era a única coisa que eles podiam ter...

Fiz duas perguntas. A primeira era se concordava com a entrada na zona EURO da Inglaterra. Era contra. A segunda foi se, se ele fosse português, concordaria com a entrada de Portugal na Zona EURO. A resposta foi "I cannot imagine such a horrible thing" e não respondeu diretamente. Depois explicou dizendo que os portugueses eram o "diabo" os "inventores" da coisa "mais horrível" do mundo: o mercantilismo.

Meditemos...