O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje satisfatório o desempenho macroeconómico do governo da Guiné-Bissau em 2009 e anunciou um acordo preliminar de financiamento para os próximos três anos.
Em conferência de imprensa de balanço de uma missão de avaliação, o chefe da delegação do FMI, Paulo Drumond, afirmou que a instituição considera satisfatório o desempenho global em 2009, apesar das condições adversas tanto internas como externas, mas se algumas medidas forem encetadas em 2010 o país poderá ter mais apoios.
Paulo Drumond anunciou a existência de um "acordo preliminar de financiamento" do FMI ao programa do governo para os próximos três anos, que deverá ser assinado em Março.
No âmbito do programa, o governo prevê a efectivação das reformas na administração pública, no sector da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o sector privado.
Para o ministro das Finanças, Mário Vaz, alcançar as metas fixadas com o FMI constituem verdadeiros desafios para todos os guineenses.
Para o crescimento e combate ao desemprego, o governo prometeu "um forte investimento" nas áreas da educação, saúde, agricultura e infra-estruturas públicas.
O ministro das Finanças explicou que 60 por cento dos recursos gerados no país serão canalizados para financiar acções concretas nas quatro áreas.
O chefe da missão do FMI defendeu que se a Guiné-Bissau tiver "um bom desempenho" ao abrigo do acordo, terá boas hipóteses de atingir "o ponto de conclusão" ainda em 2010, ou seja a sua inclusão na lista de países beneficiários da iniciativa HPPIC (sigla inglesa para designar países pobres e altamente endividados).
A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentando, sem sucesso, cumprir com os critérios prévios para que possa ser incluída no grupo.
Paulo Drumond afirmou que se a Guiné-Bissau atingir "o ponto de conclusão", verá a sua dívida perdoada em 700 milhões de dólares.
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