Equívocos não levam a lugar nenhum, posições preconcebidas, ideologicamente motivadas, partindo de pressupostos falsos ou discutíveis, tampouco levam a lugar algum. Estudo sério, experiência ("saber de experiências feito"), respeito pelas idéias dos outros, desde que respeitosas também e fundamentadas - isto sim, pode levar-nos a avançar, na busca de soluções, integração, cooperação.
A comunidade dos países de língua portuguesa, incluindo os lusofalantes da diáspora (diáspora brasileira, portuguesa, angolana, caboverdiana, principalmente estes) aproxima-se rapidamente dos 300 milhões de falantes da língua portuguesa, devendo alcançar em duas ou três décadas a casa dos 500 milhões. É um número de respeito.
Língua é um modo de ser, de estar no mundo, de encarar e refletir sobre a realidade. São 300 milhões, logo mais 500, que partilham e se entendem, e às vezes se desentendem, em uma língua comum. A língua comum é um espaço comum de convivência, de redução de barreiras. Cabe a nós tirarmos deste fato concreto algumas consequências, que beneficiem este contigente enorme de seres humanos, que os una para contribuir para um mundo melhor, de compreensão, respeito e cooperação. Ora isto é possível. Sim, é possível. Mas é preciso abandonar preconceitos, quaisquer pressupostos de suposta superioridade, deixar de lado ideologias.
Sim, existem especificidades, no Porto, nas diferentes regiões de Portugal, nas diversas regiões do Brasil, nos diversos países que se expressam nesta mesma língua. Existem variantes, que só enriquecem a língua, e que nos possibilitam olhar para os diversos falares e concluir como é bela e rica e diferente ou diferenciada a língua que falamos, uma vez que nela se incorporam a infinidade de experiência e vivências de cada um, de cada comunidade, mais restrita ou mais ampla, e de cada povo.
Sim, do Minho ao Timor, passando pelo Brasil, pela Africa lusófona, pelo Timor Leste, que a História não se repita, isto é, que não repitamos os erros do passado, mas que aprendamos com eles, para corrigir rumos que precisem ser corrigidos, que olhemos, objetivos e transparentes, esperançosos e altruistas, para o futuro, não um futuro divisionista, aprofundador de divergências, mas unificador e cooperativo, com respeito à identidade de cada parceiro.
João Jorge Peralta
1 comentário:
A língua é a Alma dwe um povo, que não sendo estritamente "português" é lusófono, no sentido em que a Lusofonia se cumprirá não na raça ou no credo, mas na comunhão irmã de povos que pelo acaso da História a língua uniu, e que dará a semente ao resto do mundo de uma união mundial que começará primeiro pela União Lusófona que consta nos objetivos do MIL.
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