O Governo planeia avançar ainda mais a cooperação com os países lusófonos através de vários projectos comerciais. O Chefe do Executivo revelou que está a trabalhar para a criação do Centro de Serviços Económicos e Comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa (e de Língua Espanhola), bem como o estabelecimento de um Fundo de Desenvolvimento Económico e Comercial China–Países de Língua Portuguesa, com um montante inicial de mil milhões de renminbis.
Os projectos foram apresentados por Sam Hou Fai no seu discurso proferido na recepção da Celebração do 76.º Aniversário da Implantação da República Popular da China, na passada quarta-feira, que contou com a presença de 1320 convidados. O líder do Governo assumiu que Macau vai, assim, desempenhar melhor o papel de “interlocutor de precisão” no âmbito de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O plano de criar o centro de serviços económicos e comerciais sino-lusófonos foi iniciado por parte do Governo em Março deste ano, com intuito de começar as operações até ao final do ano, oferecendo serviços de formação, correspondência de recursos internos e externos, consultoria, tradução linguística, serviços jurídicos e auditoria financeira. O centro será gerido conjuntamente por Macau e Hengqin.
Além dos projectos relacionados com a cooperação sino-lusófona, Sam Hou Fai disse ainda estar prevista, neste trimestre, a entrada em funcionamento de canais automáticos de inspecção integral de reconhecimento facial, que não exigem a exibição de documento de identificação, no Porto de Hengqin, facilitando a sinergia de desenvolvimento entre Macau e Hengqin.
No seu discurso sobre o Dia Nacional da RPC, Sam Hou Fai mostrou-se bastante optimista ao desenvolvimento nacional e de Macau, frisando que a China apresenta este ano uma estabilidade e uma vitalidade inovadora da economia e da sociedade e o “poder nacional está cada vez mais forte”.
“Macau vai aproveitar as oportunidades do desenvolvimento nacional para continuar a alcançar uma nova conjuntura de desenvolvimento de alta qualidade do princípio ‘um país, dois sistemas’, e concretizar com empenho a desejada perspectiva de uma Macau alicerçada no Estado de Direito, dinâmica, cultural e feliz”, indicou.
Ao mesmo tempo, Sam Hou Fai não esqueceu os elogios à actual situação da RAEM, referindo que o desenvolvimento socioeconómico de Macau apresenta uma “evolução estável e positiva” e caminha para uma nova fase da recuperação ao desenvolvimento de alta qualidade, “conseguindo salvaguardar a sua harmonia e a estabilidade global”. Catarina Chan – Macau in “Ponto Final”
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