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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Livro conta história dos portugueses que emigraram para o Havai...

 A epopeia da emigração portuguesa para o Havai, que levou ao arquipélago no Pacífico 27000 portugueses, que trocaram a fome e a miséria pelo trabalho árduo nos campos de cana-de-açúcar, é contada no novo livro do jornalista Mário Augusto...

“É dos mais extraordinários movimentos de emigração que marcaram a diáspora portuguesa”, disse o autor à agência Lusa, a propósito da obra “Mandem Saudades”, publicada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, e que foi este sábado apresentada em Espinho.

O livro é dedicado “a todas as mães-coragem que, sem direito a opinião nas decisões de partir, seguiram os maridos nessas aventuras”.

“Seguiam doridas, mas determinadas, viram os filhos ainda crianças morrerem-lhes nos braços durante a viagem, sofreram todas as privações, reergueram-se nos campos, como pilar da família, fizeram vida e, como as árvores mais rijas, lançaram longe as raízes dos valores da portugalidade e da família que ainda hoje perduram no Havai”.

Segundo Mário Augusto, estes portugueses não foram para o Havai por opção, mas atrás de um contrato de trabalho que oferecia as viagens de ida e regresso.

“Era um tipo de emigrantes que levava a família inteira, porque eles não tinham dinheiro sequer para pagar o bilhete. Se o tivessem, iriam para outros destinos tradicionais da emigração portuguesa, como o Brasil ou as ex-colónias”, contou.

Aguardava-os uma viagem “terrível”, com mais de 1000 emigrantes amontoados num barco que enfrentava um mar difícil. Morriam às dezenas por trajeto.

Chegados ao Havai, trabalhavam nos campos da cana-de-açúcar e “a vida era tão dura que alguns não quiseram continuar”, afirmou o jornalista e escritor.

Os primeiros a chegar fizeram-no em 1878. Em 35 anos, foram 27000 a tomar esta decisão.

Mas alguns regressaram a Portugal, principalmente os oriundos do Alentejo e Trás-os-Montes que, ao contrário dos açorianos e madeirenses, não estavam tão familiarizados com a vida num território rodeado de mar.

Os que vieram depois de 1914 já não tiveram de fazer uma viagem tão longa, pois o Canal do Panamá abriu nesse ano, encurtando, e muito, o trajeto.

Segundo Mário Augusto, no Havai “os portugueses foram sempre desenrascados e facilmente ascendiam na hierarquia das plantações”.

“À medida que começavam a amealhar dinheiro e a ter a possibilidade de sair desses campos de cana, completamente isolados das cidades centrais das ilhas, começavam a tentar dedicar-se ao negócio nas cidades principais e há dados de grandes empresários na área da construção, do comércio e que rapidamente começaram também a dar a possibilidade aos filhos de estudarem”, adiantou.

A aculturação foi rápida e também a decisão de não quererem voltar a Portugal, principalmente da parte dos açorianos e madeirenses.

E são frequentes as marcas que esta emigração portuguesa deixou no território, como o ‘ukelele’, o instrumento musical típico do Havai, que mais não é do que um cavaquinho alterado por emigrantes madeirenses.

Os alentejanos e transmontanos que não regressaram a Portugal, mas optaram por deixar o Havai, aventuraram-se pelo norte, fixando-se essencialmente no estado norte-americano da Califórnia.

Mário Augusto, que esteve na fundação da SIC e em 2009 regressou à RTP, não esconde a admiração por estes emigrantes, alguns dos quais teve a oportunidade de entrevistar no Havai, contributos que podem ser lidos no livro que é hoje lançado.

Esta emigração teve “um processo completamente diferenciado de toda a emigração portuguesa que foi feita”, disse, acrescentando: “É uma emigração tão própria, especial, que faz deles uns verdadeiros heróis, sem quererem”. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”

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