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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 31 de março de 2022

Projectos cabo-verdiano e português divulgam Travessia Aérea Atlântico Sul de há 100 anos

 


Lisboa – O projecto “Travessia 100”, de Cabo Verde, e o projecto “Lusitânia 100”, de Portugal, têm trabalhado de forma coordenada para a divulgação da Travessia Aérea do Atlântico Sul, que completa hoje, 30 de Março, 100 anos. 

Para celebrar o centenário da Travessia Aérea do Atlântico Sul, que se iniciou a 30 de Março de 1922, entre Portugal, passando por Cabo Verde, até o Brasil, o projecto de Cabo Verde, coordenado pelo jornalista, empreendedor e investigador sociocultural, Ildo Fortes, e de Portugal, coordenado pela Associação Lusitânia 100, prestou uma homenagem aos dois pilotos que efectuaram a travessia, hoje, no Monumento da Travessia em Belém, Lisboa. 

A viagem, efectuada há um século pelos oficiais da Marinha Portuguesa, o comandante Artur Sacadura Freire Cabral e o almirante Carlos Viegas Gago Coutinho, teve início a 30 de Março e terminou a 17 de Junho de 1922, no Rio de Janeiro (Brasil).

Em declarações à Inforpress, Ildo Fortes explicou que objectivos comuns dos dois projectos são a divulgação da travessia de 1922, dos seus intervenientes e dos “profundos impactos” sobre os respectivos países”.

O coordenador do projecto lembrou que em 2021 foram também organizadas, conjuntamente, cerimónias públicas evocativas do 99º aniversário da partida de Lisboa (30 de Março), e da chegada a Cabo Verde, 05 de Abril, em São Vicente, e 17 de Abril, em Santiago (Calheta de São Martinho), para, no dia e 18 de Abril, partirem para o Brasil, numa “etapa mais difícil”.

“No quadro da divulgação da travessia teremos ainda aulas abertas nas universidades, escolas secundárias e básicas para explicar aos mais jovens a importância desse acontecimento histórico para Cabo Verde”, contou Ildo Fortes.

A mesma fonte indicou que deve começar no dia 05 de Abril um programa semanal, na Rádio de Cabo Verde (RCV), fruto de parceria com a empresa RTC para a divulgação da parceria. 

Por ter sido a primeira ligação aérea entre a Europa e a América do Sul, tendo os aviadores passado por Cabo Verde, Canárias (Espanha) e Brasil, ficou sempre imortalizada, também pela utilização de um método inovador de navegação aérea desenvolvido pelos portugueses. 

“Tratando-se de um acontecimento marcante para Cabo Verde, os órgãos públicos da comunicação social, a RTC e a Agência Inforpress, têm sido parceiras importantes, a Embaixada de Cabo Verde, em Lisboa, e o gabinete do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, que têm dado um grande apoio institucional para implementação do projecto junto das autoridades portuguesas e cabo-verdianas”, frisou.   

As actividades comemorativas promovidas pela Marinha e a Força Aérea portuguesas da viagem a bordo do hidroavião Fairey III, batizado “Lusitânia”, e que percorreu 4.527 milhas em 62 horas e 26 minutos sobre o Oceano, começaram desde Janeiro e abarcam exposição itinerante, cerimónia militar, desfile aeronaval, palestras, conferências, teatro e concertos.

Para hoje, dia em que se assinala os 100 anos da primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul levada a cabo por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, houve uma largada simbólica junto à Torre de Belém e ao Monumento Lusitânia e, no Centro Cultural de Belém, realizou-se um concerto pela banda de música da Força Aérea portuguesa. 

No dia 31 Março, no Museu do Ar, em Pêro Pinheiro, está programada a entrega aos capitães dos veleiros de uma moeda comemorativa, cunhada pela Casa da Moeda de Portugal, bem como o lançamento de uma emissão filatélica e de um livro institucional sobre a primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul. 

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) inscreveu o Relatório da 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul, no Registo da Memória do Mundo, a 27 de Julho de 2011, que a partir desta data é considerado Património da Humanidade. In “Inforpress” – Cabo Verde

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