*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/zefiro-nova-aguia

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Muito lamentando o conflito em curso - também no jornal Público: "A russofonia e a geopolítica"

 

A propósito do conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia, muito se tem falado de blocos geopolíticos – quando, antes disso, se deveria falar de blocos geolinguísticos e geoculturais. Não porque o conflito em causa não tenha também contornos estritamente geopolíticos – mas, antes disso, o que que parecia estar em causa era apenas o direito da Rússia de defender as populações russófonas de Donetsk e a Lugansk.

Com a invasão total da Ucrânia, a Rússia, porém, perdeu por inteiro a face. Se a Rússia tinha todo o direito de querer a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) o mais longe possível, já não é legítimo que tenha optado por sacrificar a Ucrânia em prol desse desiderato. No início desta guerra, Putin alegava que a Ucrânia não era propriamente uma nação. Com esta invasão, nunca o sentimento nacional ucraniano foi tão fortalecido.

Se era legítimo que as populações russófonas da Ucrânia se separassem do país – como já acontecia, de facto –, não é menos legítimo que o povo assumidamente ucraniano mantenha o seu país. No mundo ideal, seria isto que deveria ser salvaguardado – inclusivamente, com o recurso a referendos, para apurar a vontade de cada uma das populações. Infelizmente, não foi esse o caminho seguido. E falamos aqui também dos “media” ocidentais, que, dia após dia, ecoaram apenas a versão das populações não russófonas do conflito em curso, como se as populações russófonas da Ucrânia nem sequer existissem.

Como este conflito igualmente atesta, um país é tanto mais estável quanto mais se sustentar numa mesma comunidade linguístico-cultural. Apenas para falar da Península Ibérica, Portugal e Espanha são, positiva e negativamente, excelentes exemplos disso – independentemente da opinião que cada um tenha sobre as tentações separatistas no nosso país vizinho. Bem sabemos que há outros países que se sustentam apenas porque são ou parecem ser “bons negócios”. Mas, em última instância, o que mais conta é a Língua e a Cultura.

De resto, é no seio de uma mesma comunidade linguístico-cultural que há real solidariedade, tanto a nível interno como externo. É desde logo por isso que, não obstante toda a retórica político-mediática, ninguém está realmente disposto a sacrificar-se pela Ucrânia. No caso de Portugal, também está fora de causa o envio de tropas para o território ucraniano. Nesse plano da solidariedade internacional, isso poderia antes acontecer de forma mais consensual, por exemplo, em Moçambique – para pacificar o território de Cabo Delgado, se, obviamente, tal fosse solicitado pelas autoridades moçambicanas. Para compreender o mundo, importa, antes de mais, com efeito, falar de blocos geolinguísticos e geoculturais.

1 comentário:

Nova Águia disse...

Caro
Renato Epifânio

Felicito-o pela lúcida, corajosa e oportuna leitura de uma realidade dominada pela propaganda mais descarada.
Com o braço amigo do
Joaquim Domingues.