São Tomé – A missão técnica chinesa efectuou na noite sexta-feira mais uma ronda de fumigação espacial nocturna em dois bairros da capital de São Tomé no âmbito do programa de luta contra o paludismo no quadro da cooperação bilateral no sector da saúde.
As localidades em causa são, nomeadamente, o Bairro da Liberdade e a zona de Diogo Nunes, apontadas como as mais vulneráveis à contaminação desta doença de acordo com as declarações de Guo Wenfeng, chefe da missão do Gabinete Consultivo Chinês das Áreas Contra o Paludismo.
Em declarações à STP-Press, no Bairro da Liberdade, em plena ação de fumigação, Guo Wenfeng disse que a presente operação é para controlar esta zona, uma vez que detetamos cerca de 12 casos surgidos ainda esta semana, depois de oito meses sem nenhum caso, como resultado do tratamento em massa, na população da zona.
“Esperemos que em 2025 o paludismo esteja eliminado em todo o território são-tomense” disse Guo Wenfeng, tendo reconhecido que “ainda há muito trabalho para fazer e com a contribuição da população são-tomense”.
Na sua intervenção, o técnico são-tomense João Veigas, que opera juntamente com os chineses disse que “estamos agora a fumigar duas zonas onde detetámos alguns casos para controlá-los, porque, estamos esperançosos que o paludismo poderá estar erradicado em 2025”.
Já Vasco Guiva, um dos moradores do Bairro da Liberdade manifestou satisfação face a esta nova operação de fumigação, tendo sublinhado que “a intervenção acontece numa boa altura porque depois do tratamento em massa, ficámos oito meses sem nenhum caso de paludismo aqui nesta zona”.
“Nós, a população local, queremos colaborar com esta equipa técnica de luta contra o paludismo porque queremos acabar com esta doença aqui no Bairro da Liberdade e consequentemente em São Tomé e Príncipe”, adiantou Vasco Guiva. Ricardo Neto – São Tomé e Príncipe in “STP-Press”
2 comentários:
O comentário que fiz a esta notícia...
https://mil-hafre.blogspot.com/2021/04/cabo-verde-novo-campus-da-universidade.html
... Também se aplica à que acima é divulgada. E ainda mais: porque é que São Tomé e Príncipe tem de recorrer à China para combater o paludismo? Não há em Portugal capacidade, conhecimento e experiência para resolver aquele problema em países que foram suas colónias? Para que serve o Instituto de Higiene e Medicina Tropical? Aliás, para que serve a CPLP, se nem neste âmbito consegue coordenar uma acção?
Sim, também a geopolítica tem horror ao vazio: onde a Lusofonia recua, outras forças avançam...
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