As obras do novo aeroporto internacional de Luanda vão ser retomadas no princípio de 2021 e serão concluídas no prazo de dois anos, garantiu o ministro dos Transportes, Ricardo d"Abreu, acrescentando que não vai ser necessário recorrer a financiamento adicional, pois o empréstimo aprovado para concluir as obras, no valor de 1,4 mil milhões de dólares, " é mais do que suficiente" para finalizar o projecto
"Fechámos acordo com o grupo empreiteiro para retomar as obras no início do próximo ano", armou Ricardo Viegas d"Abreu, num encontro com jornalistas.
"Foi necessário reavaliar o projeto, assegurámos que fossem feitos ajustes técnicos e chegámos a acordo quanto à necessidade não haver financiamento adicional, conseguiu-se acomodar", reforçou o ministro.
O governante informou que depois da conclusão das obras, o novo Aeroporto Internacional de Luanda terá ainda de passar por um período de testes e de certificações, antes da entrada em funcionamento.
As obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda, entregues a uma empresa chinesa, tiveram início em 2005, com financiamento da China, mas a sua conclusão tem vindo a ser adiada. Antes destas declarações de Ricardo d"Abreu, a última data avançada pelo Governo projectava a inauguração para 2022.
Em Março de 2019, o ministro dos Transportes anunciou que o curso das obras do novo Aeroporto Internacional de Luanda ia ser alterado com a introdução de correcções de engenharia e na sua funcionalidade de forma a adequar a infra-estrutura às exigências de um aeroporto moderno e confortável, estipulando como meta para a conclusão deste trabalho 2022.
Com um investimento inicialmente, mas oficiosamente, previsto em cerca de 5 mil milhões USD, já largamente ultrapassado, este projecto, localizado no Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, a cerca de 40 quilómetros de Luanda, financiado pela China, foi analisado pelo Tribunal de Contas que detectou graves falhas na construção, desde a qualidade dos materiais aos acabamentos defeituosos bem como problemas estruturais de engenharia.
Várias notícias davam conta de problemas estruturais graves na infra-estrutura, tanto em questões de segurança como de qualidade da obra, tendo mesmo esta sido retirada à companhia que a iniciou, sendo a CIF substituída pela também chinesa AVIC, um conglomerado ligado à indústria aeronáutica militar.
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