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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Estados Unidos da América - Emigrante portuguesa dá aulas de cozinha tradicional

A portuguesa Anabela Viralhadas, que vive na Califórnia desde 2016, lançou a série ‘online’ “Cooking with Bela” para ensinar culinária tradicional aos americanos interessados em aprender a fazer pratos típicos de Portugal

“A quarentena chegou e eu estava a sentir as pessoas muito tristes”, disse à Lusa Anabela Viralhadas, explicando que foi por isso que teve a ideia de começar a dar aulas de cozinha usando a plataforma Zoom. “Muita gente aderiu logo, porque gostam muito da minha comida”, acrescentou.

O público-alvo é sobretudo o americano e inclui pessoas com alguma ligação à comunidade portuguesa, que não têm grandes conhecimentos de cozinha. “Tenho muitas que dizem que a sogra é portuguesa e gostavam de lhe fazer uma surpresa”, explicou, ou em que “o marido é português e não sabem fazer nada”.

Desde maio, Anabela Viralhadas já ensinou a fazer pão, feijoada à portuguesa, sangria, pão de ló, pão com chouriço, serradura e queijadas de leite, entre outros pratos típicos.

“Ver um sorriso na cara de uma senhora de 60 anos que pela primeira vez conseguiu fazer pão na vida dela é fantástico”, admitiu a portuguesa, que vive em Brentwood, norte da Califórnia. “Acho que as famílias americanas são muito desconectadas nesse sentido”, frisou.

A maior dificuldade que sentiu foi a adaptação dos ingredientes. “Houve um desafio muito grande que era traduzir as receitas portuguesas para a qualidade dos produtos em vários países, o que não é fácil”, explicou.

“Aqui a farinha é pesadíssima em relação à farinha portuguesa e o açúcar é três vezes mais doce”, apontou, frisando que a manteiga e o leite também não são iguais. Para fazer as receitas normais, “e dar a conhecer a cultura portuguesa”, foi preciso experimentar e ajustar constantemente.

Nem sempre essa adaptação é possível, reconheceu. “Há uma coisa que não consegui: adorava a minha tarte de maçã em Portugal e aqui é difícil arranjar maçã reineta”.

Após a experiência dos últimos meses, Anabela Viralhadas está a começar a alargar o seu plano e a pesquisar alternativas sem glúten e vegetarianas, que irá abordar no futuro. Pretende também criar um formato individual.

“Agora estou com uma ideia nova de dar aulas particulares, porque notei que as pessoas ficam com vergonha de dizer que não sabem quando estão 20 pessoas numa classe de Zoom”, adiantou a portuguesa, notando que pode ser difícil para alguém com muito poucos conhecimentos acompanhar uma aula de grupo. “O que eu gosto mesmo é ensinar àquela pessoa que não sabe nada. O meu alvo são essas pessoas”, vincou.

Com as aulas a crescerem em popularidade junto do público norte-americano, Anabela começou também a ter alunos de outras partes do mundo, incluindo África do Sul e mesmo Portugal.

“Estou também a ter público português”, afirmou, o que a deverá levar a traduzir o seu ‘site’ e blogue, atualmente em inglês. “Mesmo portugueses de Portugal estão super interessados nas minhas coisas”, assegurou, algo que considerou notável e não planeado.

A periodicidade das aulas “Cooking with Bela” deverá passar a ser repartida entre grupos e particulares, com a portuguesa a apontar para três vezes por semana.

Antes da pandemia de covid-19 obrigar ao confinamento, Anabela estava a estudar contabilidade, um plano que agora está em suspenso. As aulas de culinária marcaram uma mudança na sua vida que foi inesperada.

“Gosto muito de conviver e tive sempre muitas amigas que gostavam da minha comida, dava festas, fazia comida para toda a gente e tentava explicar e ensinar”, contou. “A minha paixão pela cozinha esteve sempre em mim”, concluiu. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo

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